Enquanto traficantes e assassinos gozam de relaxamento de penas, ex-empresário em indiscutível estado de loucura que falou besteira na internet é mantido preso.

Não há um único ser humano minimamente sensível e em pleno uso de suas faculdades mentais incapaz de identificar o ex-empresário Alessandro Martins como alguém extremamente desequilibrado. Por isso, a continuidade de sua prisão pelo Judiciário é desses fenômenos que explicam bem o atual estado de coisas em nosso país. A permanência de Martins é uma insanidade jurídica indiscutível tão doida quanto ele.

Mesmo que os fatos andem com a credibilidade em baixa na selva em que vivemos atualmente, é preciso reforça-los por aqui.

O DOIDO E SUAS DOIDICES

Fazendo uso de suas redes sociais, Alessandro Martins caluniou e difamou pessoas e instituições. Histórias absurdas que iam desde o roubo de suas contas, ataques contra membros do Judiciário e até uma chapa para a Prefeitura de São Luís composta pelo próprio e pela primeira-dama de Arari, Ingrid Andrade.

Na maioria absoluta das vezes as mentiras e fantasias de Martins despertavam mais risos do que qualquer outra coisa. Contudo, não se pode negar que colocassem em risco a ordem pública. Entendam ordem pública como a noção de um conjunto de regras e princípios que asseguram o funcionamento harmonioso da sociedade, mantendo a segurança, a saúde, a moralidade, a paz e o bem-estar da maioria. Certo?

O grande problema de Martins foi que sua flagrante, e inquestionável, debilidade mental atirou seus delírios contra membros do Judiciário. Então, a insegurança da ordem pública foi transmutada para insatisfação dos ordenadores públicos. Pior para Martins…

Foi então preciso caracterizar o doido de pedra como alguém verdadeiramente perigoso. Afinal de contas, ninguém iria aceitar que maluco fosse preso e a chave fosse jogada fora. Também era preciso achar um termo na moda, algo impactante.

Uma pena que o surto de Martins não o havia acometido ainda em janeiro de 2023. Assim, quem sabe, poderia ser enquadrado como terrorista altamente perigoso que tentou derrubar a República e acabar preso como a jovem Eliene Amorim de Jesus está presa até hoje. Mas, não foi o caso.

Como não poderia ser chamado do que era (doido de pedra) e nem de terrorista antidemocrático, Martins foi acusado de propagador de discurso de ódio pelos ordenadores públicos. Sim, Martins estava “propagando o ódio”.

Ao saber que o doido era acusado disso, imediatamente pensei: Alguém, por algum acaso, conhece outro alguém que sentiu ódio de um terceiro alguém por conta dos discursos de Martins em suas redes sociais? Eu lembro de ter dado várias risadas e de chama-lo de doido. Mas, vamos lá… O malucão foi preso e teve suas redes sociais bloqueadas.

Sem suas redes sociais, Alessandro Martins passou a ser é tão perigoso e oferecer tanto risco à ordem pública quanto um sonrisal no fundo do mar. Ou seja: bastava uma medida judicial que o privasse das redes sociais e do convívio público para resolver o problema. Um ofício no Instagram e uma tornozeleira no pé do biruta e PRONTO! Mas, não! Martins havia falado o que não devia e mereceria uma reprimenda significativa.

O instituto da audiência de custódia, tão útil para libertar traficantes e assassinos, não salvou Martins da prisão. As outras dezenas de benefícios também não deram as caras e o doido, desde então, é mantido em cárcere privado como se fosse um dos mais perigosos bandidos do estado.

JURIDICAMENTE, UMA LOUCURA

A prisão de Alessandro Martins pelo mesmo Judiciário que proíbe operações policiais em favelas do Rio de Janeiro é um escárnio! E não precisa ser especialista em Direito para constatar o escárnio.

Martins é doido, biruta, maluco, pirado e completamente demente. Sendo assim, pelo menos no papel que os ordenadores públicos dizem seguir, sua condição de debilidade mental o torna inimputável.

Alguém duvida que o ex-empresário não possui a capacidade de compreender os próprios atos? Se sim, como explicar a campanha eleitoral antecipada com a primeira-dama de Arari? É caso para o Tribunal Regional Eleitoral? Além de “propagar discurso de ódio” também deve ser multado pela Justiça Eleitoral? Soa até como piada! A lista de devaneios é grande. Mais uma ou duas semanas no Instagram, e o homem sacava uma pesquisa em que seria bem colocado nas eleições dos EUA.

Dentro do regime em que vivemos, para ser responsabilizado penalmente pelas asneiras que disse, Martins deveria ter a compressão devida das asneiras que dizia. Não tinha!

O que se espera, pelo menos teoricamente, quando do ato da aplicação da lei é que ela tenha como objetivo primário a busca do justo. Enfiar na cadeia alguém que escancaradamente não possui a capacidade de entender e controlar suas ações devido a uma condição mental debilitada é incompatível com princípios da justiça. Só isso. E, pior de tudo, manter em cárcere alguém por atos que ele não tem a plena capacidade de evitar sendo que estes atos se resumem a escrever maluquices em redes sociais.

Uma pessoa flagrante e comprovadamente doida mantida em cárcere comum por um assassinato já é algo incompatível com o sistema jurídico brasileiro. Imaginem alguém, na mesma condição, por ter escrito, entre outras coisas, que distribuiu latão de cerveja no carnaval. É mole?

É fato que Martins deveria ter suas redes sociais bloqueadas, bem como é fato que seu tratamento e internação em alguma instituição especializada também viria a calhar. Medidas em absoluto alinhamento com a necessidade de manutenção da ordem pública, em conformidade com o enfoque humanitário e terapêutico que uns e outros tanto arrotam por aí. Só que não, era preciso enfiar o doido na cadeia para servir de exemplo.

Passadas algumas semanas de sua prisão, Alessandro Martins agoniza. Aquele que já foi o maior playboy do estado, apodrece física e mentalmente em uma cela. Uma condição que já era deplorável antes mesmo da cadeia. A verdade incontestável é que o estado de loucura de Martins, antes de comprometer a ordem pública, já havia vitimado a ele próprio. O homem não chega a ser o resto do que foi um dia. Triste…

A continuidade do cárcere de Alesandro Martins, antes de ser é algo desconforme da lei, é um ato de desumanidade.

Reflexões sobre uma data isolada que talvez não seja suficiente para abrigar a essência de nossa existência.

Em um mundo em que o sentimento pelas coisas e a opinião sobre as coisas transcende a necessidade de saber o que são as coisas, é cada dia mais difícil estabelecer-se de forma segura na realidade. Situações de grande magnitude, que deveriam ser evidentes por si sós, passam a abrir espaço para debates e preferências subjetivas. Disse G.K. Chesterton certa vez “Chegará o dia em que teremos que provar ao mundo que a grama é verde”. Talvez eu não precise pegar em armas nas próximas linhas, mas com certeza irei despertar a vontade de alguns de usar algum tipo de arma contra mim. Vamos lá, o mundo é dos bravos.

Acredito que vocês, pelo menos os mais ávidos pelos mínimos critérios, defendem a tese de que algo único precisa ter características únicas. O que faz algo ser algo é sua identidade. Parece meio óbvio, certo? E é! Se todas as coisas no universo fossem pequenos círculos verdes com raio de 12 centímetros feitas especificamente pelo mesmo tipo de plástico, tudo seria uma grande repetição e não existiria realidade.

Daí não só a beleza da diferença, mas sua necessidade. Estamos conversados? Pois bem, sigamos.

Mesmo que a mulher seja algo que povoa este mundo nos últimos 2 milhões de anos, o dia 8 de março tem suas origens em um espaço de tempo, e em um certo tipo de mulher, limitado. A simbologia do dia 8 de março, que é alastrada a todas as mulheres de todos os tempos, tem suas origens em fenômenos sindicalistas do século XX. A homenagem trata-se de um tributo a trabalhadoras vítimas de um incêndio nos EUA em março de 1911.

Isso me intriga. 

Será que dois milhões de anos de existência podem ser resumidos a um evento histórico de cunho político? Será que o ser mulher, a identidade da mulher, aquilo que a faz diferente das outras trilhões de bilhões de coisas é o sofrimento no ambiente de trabalho e a discriminação? Ser mulher é sofrimento e opressão pós-Revolução Industrial? 

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O ano de 2023 foi um bom ano para os defensores da legalização do leite cru e da legalização da maconha.

Quarenta e seis estados americanos agora permitem a venda de leite cru, ou seja, leite não pasteurizado, para consumo humano, para consumo pet (não há lei contra o consumo de ração para animais de estimação), ou a distribuição de leite cru por meio de acordos de partilha de rebanho. Apenas os estados do Havaí, Louisiana, Nevada e Rhode Island proíbem a venda ou distribuição de leite cru. Os estados de Idaho, Iowa, Dakota do Norte, Utah e Wyoming relaxaram as proibições de laticínios crus em 2023.

Ainda estamos longe da liberdade alimentar nos Estados Unidos: o direito de qualquer pessoa de cultivar, criar, produzir, comprar, vender, compartilhar e comer os alimentos que escolher da maneira que escolher. Mas pelo menos as coisas estão caminhando na direção certa.

Os defensores do leite cru afirmam que a pasteurização prejudica o valor nutricional do leite e que o leite cru não só tem um sabor melhor, mas previne alergias, protege contra doenças de pele e reduz o risco de asma.

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Covid Crianças
Com a volta às aulas, governador de MG afirmou que alunos sem vacinação em dia para Covid-19 poderão frequentar as escolas do estado.

Com a volta às aulas, o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), afirmou que alunos sem vacinação em dia para Covid-19 poderão frequentar as escolas do estado.

Seguindo a mesma linha de Zema, o prefeito de Joinville (SC), Adriano Silva (Novo), também dispensou a obrigatoriedade do imunizante para matrículas na rede escolar do município catarinense.

Ambas manifestações têm sido muito politizadas e, na minha opinião, sem o menor sentido. Afinal de contas, a imensa maioria dos países domundo não adota a vacinação compulsória para Covid-19 em crianças.

Nações como Noruega, Reino Unido, Alemanha, Austrália, Espanha, Chile, Colômbia e até Argentina, do ex-presidente Alberto Fernandes, não teve a obrigatoriedade da vacina.

O Uruguai, por exemplo, não recomenda o imunizante de maneira rotineira para crianças e grupos não vulneráveis, inclusive exige receita médica. Difícil é achar o país em que a vacina seja indiscriminadamente obrigatória.

A própria Organização Mundial de Saúde (OMS) afirma que as crianças saudáveis que não integram o grupo de risco não deveriam ter a compulsoriedade da dose contra Covid-19.

O objetivo do governo federal e sua militância é manter anarrativa contra a direita e chamar aquele que é contra a obrigatoriedade denegacionista, criminoso, bolsonarista.

Aliás, foi isso que fizeram matérias de jornais com o governador Zema, por exemplo, o chamando de bolsonarista por ter tomado essa medida, que já foi adotada por inúmeros países.

Felizmente, não estamos mais em meio a uma pandemia e não émais razoável exercer esse autoritarismo. Precisamos proteger o direito dos pais, de tomar a melhor decisão junto com o médico de confiança sobre vacinarou não a criança contra a Covid.

Liberdade para os pais é fundamental e é isso o que Zema e outros governantes estão fazendo. Lamentavelmente, a vacina da Covid está sendo usada como instrumento de guerra política, por gente que ignora todas as informações citadas aqui e ainda se diz a favor da ciência.

O grande prejuízo que é garantido em manter a obrigatoriedade da vacina como condição para a matrícula em escolas é o risco do crescimento na evasão escolar, além de penalizar as crianças ao limitar o acesso à educação.

Felipe Camozzato é deputado estadual pelo NOVO-RS

Há quase dois milênios, alguns dos primeiros seguidores de Cristo em Jerusalém se organizaram de um jeito que ainda suscita a alegação de que as raízes do Cristianismo são socialistas, comunitárias ou até mesmo “comunistas”. Quando celebramos o nascimento de Jesus, devemos compreender que essa afirmação é espúria, se não blasfema.

Suas fontes são duas passagens do livro de Atos, do Novo Testamento, capítulo 2, versículos 44-45, que afirmam: “Todos os que criam estavam juntos e unidos e repartiam uns com os outros o que tinham. Vendiam as suas propriedades e outras coisas e dividiam o dinheiro com todos, de acordo com a necessidade de cada um.” Atos 4:32 declara: “Todos os que creram pensavam e sentiam do mesmo modo. Ninguém dizia que as coisas que possuía eram somente suas, mas todos repartiam uns com os outros tudo o que tinham.”

Muitos na esquerda argumentam que o ensino cristão deveria rejeitar a propriedade privada e endossar um sistema socialista de redistribuição de riqueza. Afinal, não foi isso o que os primeiros cristãos fizeram?

Examine mais atentamente essas passagens em Atos. O arranjo “comunitário” era voluntário. Não há compulsão nem menção à única instituição na sociedade que pode empregar a compulsão de forma legal, nomeadamente, o estado.

Atos 2:46 observa que esse grupo de cristãos primitivos “nas suas casas partiam o pão e participavam das refeições com alegria e humildade” (ênfase adicionada). Se ainda possuíam casas, alguns, pelo menos, claramente não venderam tudo. Aqueles que o fizeram trouxeram o dinheiro das suas vendas aos apóstolos, não a qualquer governo – romano ou judeu, secular ou religioso.

Cristãos vêem Deus como o criador de todas as coisas e, portanto, como o dono de todas as coisas. Os seres humanos são administradores da Criação, e somos chamados pelas Escrituras a fazer bom uso dela. É provável, neste sentido transcendente, que alguns dos primeiros cristãos pensassem que sua riqueza material não era, em última análise, deles.

De qualquer forma, o socialismo não é a partilha voluntária dos bens de alguém. Qualquer um pode optar por fazer isso sob a antítese do socialismo, o capitalismo. Na verdade, ocorre mais filantropia nas sociedades capitalistas do que nas socialistas, e os governos dos países capitalistas estão constantemente enviando “ajuda externa” aos regimes mais socialistas, e não o contrário.

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Francis Fukuyama
Intelectuais ligados ao sistema começam a defender, abertamente, o fim da liberdade de expressão como um valor democrático. Leia o artigo de Connor O’Keeffe sobre o assunto.

Dias atrás, um vídeo de Francis Fukuyama viralizou. No vídeo, o cientista político chamou a liberdade de expressão e um mercado de ideias de “noções do século XVIII que realmente foram desmentidas (ou mostradas como falsas) por muito do que aconteceu nas últimas décadas”.

Fukuyama então reflete sobre como um regime de censura poderia ser decretado nos Estados Unidos.

Mas a questão então se torna: como você realmente regula o conteúdo que você acha que é nocivo, prejudicial e afins — e faz isso de uma maneira que seja consistente com a Primeira Emenda da constituição americana? Agora, acho que você pode ultrapassar um pouco os limites porque a Primeira Emenda não permite que você diga o que quiser. Mas entre as democracias liberais, a Primeira Emenda está entre as mais expansivas de qualquer democracia desenvolvida.

E você pode imaginar um mundo futuro em que nós meio que relativizamos a liberdade de expressão garantida pela constituição e dizemos não, agora nós vamos ter uma lei mais próxima da da Alemanha onde podemos designar, ou melhor, o governo pode designar, algo como discurso de ódio e depois impedir a disseminação disso. Mas a questão então é, politicamente, como você vai chegar lá?

Francis Fukuyama

Deixando de lado o fato de que o regime de censura de que Fukuyama está falando já está aqui, é importante considerar a admissão por trás de suas palavras.

Francis Fukuyama é frequentemente associado ao movimento neoconservador. E isso por um bom motivo. Ele foi ativo no neoconservador Projeto para um Novo Século Americano e ajudou a liderar a pressão para a invasão do Iraque em 2003. Mas mais tarde voltou-se contra a guerra e renunciou ao neoconservadorismo, então ele talvez possa ser melhor entendido como um representante intelectual do establishment de Washington.

Fukuyama é mais conhecido por seu livro de 1992 O fim da história e o último homem. O livro argumenta que a democracia liberal representa o ponto final da evolução ideológica da humanidade e a forma final de governo por causa de sua vitória sobre o fascismo, o socialismo e sua suposta falta de contradições internas.

Se houve um momento em que essa ideia ressoou, foi em 1992. A União Soviética havia desaparecido, e o governo dos EUA, recém-saído de sua sólida derrota do Iraque de Saddam Hussein, era a entidade individual mais poderosa da história.

Mas, ao mesmo tempo, um meio inteiramente novo para a informação estava surgindo rapidamente. Em 1996, um engenheiro de software chamado Dave Winer decidiu hospedar seu boletim informativo na World Wide Web. O resultado foi o primeiro web log, ou blog. Ele o chamou de DaveNet. À medida que os blogs começaram a pegar, os autores podiam alcançar seus leitores diretamente, sem filtros, editores ou restrições de espaço.

Não se pode subestimar o efeito desse desenvolvimento. Mas isso é melhor explicado por Martin Gurri em seu livro de 2014 The Revolt of the Public and the Crisis of Authority in the New Millennium. Gurri postula que ao longo da história humana “a informação não cresceu incrementalmente… mas expandiu-se em grandes pulsos ou ondas que varrem a paisagem humana e deixam pouco intocado.”

Segundo Gurri, a primeira onda de informação veio com a invenção da escrita. A segunda foi desencadeada pelo desenvolvimento dos alfabetos. Essas ondas deram origem a governos e sociedades liderados por castas burocráticas e sacerdotais letradas. A terceira onda veio com a invenção da prensa tipográfica. De repente, o monopólio do ancien régime sobre a informação foi quebrado. O resultado foi uma mudança política radical — mais notavelmente a Reforma Protestante e as Revoluções Americana e Francesa.

Central para a tese de Gurri é a ideia de que essas revoluções não ocorreram por causa de uma mudança repentina nos sentimentos do público, mas porque mudanças abruptas no espaço da informação permitiram que sentimentos que já estavam lá se espalhassem e se desenvolvessem fora do controle das classes dominantes.

A quarta onda veio com a adoção dos meios de transmissão — rádio e televisão — durante o século XX. Embora essa onda tenha sido certamente disruptiva, a dominação antecipada das ondas de rádio pelo governo tornou mais fácil para a classe política manter o controle sobre o espaço de informação.

Mas o mesmo não se pode dizer da quinta onda: a revolução digital. Apenas dois anos após o lançamento do DaveNet, outro blog, o Drudge Report, circularia pela imprensa do establishment e divulgaria a história que levou ao impeachment de Bill Clinton.

Dez anos depois, quando mais uma crise financeira tomou conta do país, a internet permitiu que verdadeiros movimentos de oposição de base se organizassem e se espalhassem — o Occupy Wall Street, à esquerda, e o Tea Party, à direita. Também permitiu que candidatos como Ron Paul fizessem campanhas populares críticas ao establishment de Washington.

A internet não permitia apenas que as pessoas vissem e ouvissem opiniões discordantes, mas também que elas vissem que essas opiniões eram populares.

E por causa disso, desde a Primavera Árabe até a passagem do Brexit, o enfraquecimento do controle político sobre o espaço da informação começou a levar a mudanças reais em todo o mundo. Mas nos Estados Unidos, depois que Donald Trump ganhou a Casa Branca, a classe política acordou para o que estava acontecendo. E eles decidiram fazer algo a respeito.

No início, era desinformação russa, depois extremistas domésticos odiosos e, mais tarde, céticos da covid. O establishment usou qualquer bicho papão ou espantalho que eles consideraram que poderia assustar o público a aceitar mais controle político sobre o espaço online. O que nos traz de volta a Fukuyama.

De certa forma, ele está certo. Era muito mais fácil para o establishment de Washington agir como se apoiasse a liberdade de expressão e a livre troca de ideias quando controlava o espaço de informação. Mas agora que a internet reverteu parcialmente seu controle, essas ideias foram “desmentidas” aos seus olhos.

Para aqueles como Fukuyama, que querem que o establishment de Washington mantenha seu intervencionismo cada vez maior no país e no exterior — financiado por dívidas e inflação insustentáveis — a revolução digital é motivo de preocupação. Mas para aqueles de nós que entendem que nossas questões econômicas, geopolíticas e culturais exigem mudanças radicais, é um motivo para ter esperança.

Artigo original aqui

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