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DESEMPENHO

São LUís 2024
Como terminaram os candidatos que disputaram as eleições 2024 em São Luís e o que o futuro lhes reserva?

SÃO LUÍS, 10 de outubro de 2024 – Como foi o desempenho dos oito candidatos que disputaram as eleições 2024 em São Luís? Abaixo, uma breve análise sobre cada um deles.

Saulo Arcangeli (PSTU): Ficou em último com 2.451 votos, que equivalem a 0,43% do eleitorado. O candidato do PSTU foi o único que não obteve votação acima dos 4 mil votos. Visivelmente fadigado pela repetição do discurso revolucionário do partido, Arcangeli ensaiou discussões mais concernentes à realidade da cidade e abandonou os malabarismos para inserir no debate local a propagação de uma revolução comunista global. Preparado, mas sem um objetivo definido. Deve continuar a cumprir este papel nas próximas eleições.

Wellington do Curso (NOVO): Conseguiu terminar na frente apenas dos candidatos de PSTU e PSOL. Chegou a 4.409 (0,77%). Sem dúvida alguma foi o maior derrotado nas eleições deste ano. Fez uma campanha apagada e não empolgou nos debates. A história mostra um derretimento acentuado do político que, há oito anos, tinha grande influência na capital. A última vez que Wellington do Curso havia disputado uma eleição foi em 2016. Na ocasião, ele obteve 103 951 mil votos. Por pouco não disputou o segundo turno naquele ano, perdendo para Eduardo Braide, que teve 112.041 votos. Em 2018, foi o segundo deputado estadual mais votado em São Luís, com 17.328 votos. Em 2020 foi impedido de sair candidato por uma manobra entre Eduardo Braide e Roberto Rocha. 2022, foi o segundo mais votado na capital. Obtendo 15.856 votos, a tragédia: Wellington obteve apenas 4.409 votos. Wellington perdeu mais de 95% do seu eleitorado para a prefeitura na capital em oito anos. Nos próximos dois anos deve trabalhar por uma reeleição complicada para o cargo de deputado estadual.

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Saiba por que a reeleição de Paulo Victor para a presidência da Câmara de Vereadores é uma excelente notícia para Eduardo Braide

SÃO LUÍS, 8 de setembro de 2024 – Passada a vitória esmagadora de Eduardo Braide (PSD) nas eleições do dia 6, a Câmara de Vereadores inicia as discussões sobre a eleição que deve definir a configuração da nova mesa diretora. Atual presidente, Paulo Victor (PSB), articula a reeleição. Pelo desempenho desastroso de sua gestão, não é custoso entender por que Braide deve ser o maior interessado na continuidade do ambiente que lhe foi tão propício.

Como presidente da Câmara, Paulo Victor acumula fracassos. Falhou em fazer oposição a Braide, afundou a candidatura de oito de seus aliados aos cargos, fracassou no suporte à candidatura de Duarte Jr, comandou a pior fase da Câmara em toda sua história, acumulou desafetos, envolveu-se em escândalos de corrupção, não conseguiu defender a imagem do Governo Carlos Brandão na capital e não conseguiu ser o “espocador de urnas” das eleições.

A verdade incontestável é que Braide venceu absolutamente todos os embates contra Paulo Victor. Nenhuma das vitórias foi simples ou apertada. Sempre que tentou confrontar o prefeito, Paulo Victor acabou o confronto humilhado.

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Necessidade de aparentar empoderamento e “consciência política” arrasta políticas, e políticos maranhenses, para o pântano da vergonha

SÃO LUÍS, 19 de março de 2024 – Poucos dias atrás a senadora Ana Paula Lobato (PSB) fez uma publicação de teor “feminista” em suas redes em que festejava as “grandes maranhenses que fizeram história”. A congressista virou motivo de chacota ao apontar o escritor Graça Aranha como uma “escritora, feminista” que inspirou gerações na literatura. Ana Paula só descobriu que se tratava de um escritor após ser ridicularizada nas redes sociais. O fato, acreditem, não é isolado. A senadora não está sozinha nessa onda de seguir assessoria e parecer “descolada” nas redes sociais. Das dancinhas de Fábio Gentil às patacoadas de Ana Paula, o que se vê é um fenômeno político caracterizado muito mais pela necessidade de parecer do que ser.

Muito mais do que elevar ainda mais seu despreparo para as coisas que tenta debater, a publicação de Ana Paula desnuda a face oculta de certo feminismo chinfrim que não é uma exclusividade dela. Ana Paula não está sozinha nessa. No Maranhão, existe uma confusão entre os direitos das mulheres e o feminismo. O impulso desenfreado para se apresentar como mulher empoderada pode levar a um mergulho desorientado em uma ideologia política complexa. Uma ideologia que, há algum tempo, não se concentra mais na defesa dos direitos das mulheres.

O feminismo deixou de ser uma jornada de todas as mulheres em busca por direitos e tornou-se ferramenta de manipulação política marxista. Não é preciso ir muito longe para ter provas disso, a própria Ana Paula, em sua cruzada “feministeen” deixa essa realidade escancarada em sua publicação.

A senadora teve três chances de homenagear mulheres que deixaram suas marcas na política, errou em duas. É claro e evidente que não poderia deixar de festejar a comunista Maria Aragão. Questão protocolar. Contudo, a fragilidade da homenagem veio nos dois outros. Enalteceu o homem Graça Aranha e uma tal de Benedita Fernandes que ninguém sabe de onde ela tirou.

Sobre colocar Graça Aranha enquanto “mulher feminista”, não cabem mais comentários. A rapaziada da internet já tratou de caracterizar devidamente o episódio. Benedita Fernandes, que nunca foi candidata e muito menos prefeita de São Luís, exaspera a ignorância que se pretende consciência política.

Lia Varela, a primeira prefeita de São Luís, era uma professora e alfabetizadora negra que foi APAGADA da história política local pelo feminismo que Ana Paula Lobato, e outras mulheres empoderadas, defendem. Eleita vereadora nos anos 1970, foi a primeira (e até hoje única) presidente da Câmara. Ao contrário do que diz Ana Paula em sua publicação esdrúxula, a mulher, educadora e negra, Lia Varela, foi a primeira prefeita de São Luís. Cargo que assumiu interinamente em 1978.

Sete anos depois, mais especificamente nas eleições de 1985, após a conquista feminina de Lia Varela, venceu em São Luís Gardênia Ribeiro Gonçalves. Ao lado de Maria Luíza Fontenele, em Fortaleza, Gardênia foi a primeira mulher eleita prefeita de capital no país.

Na vanguarda dos direitos da mulher na política nas eleições de 1985, em 1994 o Maranhão consolidou-se ainda mais ao eleger Roseana Sarney a primeira mulher governadora do Brasil.

Duvida da vanguarda? No século XIX, 100 anos antes das conquistas políticas de Lia Varela, Gardênia Ribeiro e Roseana, Ana Jansen comandou a política no estado com autoridade inquestionável. Antes de Margareth Thatcher, a tão famosa e festejada Dama de Ferro inglesa, o Maranhão já havia tido sua “sinhá”.

E por que Lia Varela, Gardênia e Roseana não são festejadas pelo feminismo que encanta tanto gente como Ana Paula? Porque não servem à causa!

Tanto Lia Varela e Gardênia (por vontade de própria) quanto Roseana (que sempre foi repudiada pela esquerda mesmo sendo esquerdista) não servem como símbolos da, vejam só, esquerda. 

Antes de ser mulher e ter história, é preciso ter uma imagem que possa ser comercializada em prol da propaganda esquerdista para ser lembrada como “grande maranhense que fez”. Se não for, não importa. Não precisa lembrar delas.

SABOTANDO A HISTÓRIA

Roseana Sarney, que se não fosse a atuação dos socialistas fabianos do PSDB teria sido a primeira mulher presidente do Brasil, foi uma mulher muito à frente do seu tempo. Governadora centralizadora que juntava a popularidade das ruas com um grande senso de autoridade administrativa, sofreu na pele o ódio dos que hoje pregam “respeito, sororidade e feminismo”.

Por toda a década de 1990, a primeira mulher governadora do país teve sua honra atacada, vilipendiada e seus méritos pessoais diminuídos pelos comunistas do PDT, PC do B e do, vejam só, PT.

O mérito de ter sido a mais exitosa na política entre outros dois irmãos era minimizado a: “Só chegou por ser filha”. A autoridade na administração a garantia a pecha de “ser mimada”. Antes mesmo da moda de pluralidade chegar, Roseana dividia lugar em sua foto oficial com vários representantes de etnias do estado.

Roseana Sarney carrega o peso de ser uma realizadora. Ela viabiliza a milhares de meninas e garotas o sonho de atingir o pico da política estadual. Por outro lado, Maria Aragão, cuja única conquista é sua filiação ao Partido Comunista Brasileiro, é alvo de todas as homenagens feministas.

Na fantasia, pode até ser que Maria Aragão seja maior que Roseana Sarney. Na verdade, a comunista não possui envergadura para lustrar o salto do sapato da atual deputada.

Não se trata de opinião, se trata de fatos: o feminismo chinfrim que faz políticas como Ana Paula Lobato de joguete trabalha arduamente para apagar Ana Jansen, Lia, Gardênia e Roseana da história. Ao mesmo tempo que enaltecem figuras débeis como maria Aragão. Ana Jansen, Lia, Gardênia e Roseana são todas infinitamente maiores que maria Aragão no mundo real. Se tivessem se filiado ao PT, PSOL ou PCdoB, também teriam maior representatividade na realidade.

Se Roseana tivesse sido do PSOL, ninguém no país iria saber quem foi Marielle Franco. 

FEMINISMO E FAMÍLIA NÃO COMBINAM

Aliás, não raro é ver as “feministas” maranhenses publicando fotos felizes com seus filhos, maridos e familiares. O que, também, mostra o estado de ilusão que o feminismo atirou essas mulheres.

Simone de Beauvoir, que poucos anos atrás foi saudada por Ana do Gás (uma feminista de calibre semelhante ao de Ana Paula Lobato) na Assembleia Legislativa, era uma confessa militante pela destruição da família. “Enquanto a família e o mito da família não forem destruídos, as mulheres ainda serão oprimidas”, disse certa vez.

Sobre a maternidade que as feministas maranhenses costumam enaltecer em suas redes sociais, Simone de Beauvoir afirmava: “As tarefas da modernidade tendem a fazer da mulher uma escrava. Eu penso que o combate deve ser contra as escravas da maternidade”. 

Certos chavões políticos são sedutores. Por isso, muito perigosos. A sensação de adequação estética em muitas vezes é uma arapuca que termina fazendo de vítimas os desavisados. 

Promovem o feminismo em suas redes sociais figuras como Ana Paula Lobato e Ana do Gás. Contudo, não seria surpresa se, ao confrontarem ideias de autoras renomadas como Simone de Beauvoir e Judith Butler, rejeitassem o apresentado.

Isso porque o feminismo da classe política maranhense é meramente estético. Ser feminista é “bonitinho”, é “legal” e soa bem nas redes sociais. É estético porque é meramente feito por aparências. Por aparências permitidas!

Porque se assim não fosse, não seriam Graça Aranha, Benedita Fernandes e Simone de Beauvoir as enaltecidas e homenageadas, mas Ana Jansen, Lia Varela, Gardênia Gonçalves e Roseana.

Intencionado lacrar nas redes sociais, cantora Wanessa Camargo divulgou vídeo em que confessa e se diz arrependida por cometer o asqueroso crime de racismo. Pena para o crime vai de 1 a 3 anos de reclusão.

BRASIL, 15 de março de 2024 – A cantora Wanessa Camargo divulgou vídeo em que confessa ter praticado o crime de racismo durante sua participação no programa Big Brother. “Eu entendo que minhas falas e comportamentos em relação ao Davi se enquadram no racismo”, disse Wanessa. Ao fim do vídeo, Wanessa tenta ocultar gravidade do crime com um pedido de desculpas. ocorre que o crime que ela confessou não prevê arrependimento como penalidade, e sim 1 a 3 anos de prisão.

O alvo do crime cometido por Wanessa Camargo é o motorista de aplicativo e participante do Big Brother Brasil 24. A cantora, inclusive, foi expulsa do programa por tê-lo agredido durante uma discussão.

O crime cometido, e confessado, por Wanessa Camargo em suas redes sociais é enquadrado na na Lei nº 7.716, de 5 de janeiro de 1989. Em seu artigo Art. 1º, a lei é clara: “Serão punidos, na forma desta Lei, os crimes resultantes de discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional.”

Vale ressaltar ainda que o crime é inafiançável e imprescritível, conforme estabelece o art. 5°, inciso XLII da Constituição Federal.

O cometimento e autoria do crime por Wanessa Camargo ficam claros quando ela afirma “Não tenho medo de me olhar no espelho e reconhecer”, afirmou ainda no vídeo.

Como forma de tentar amenizar seu comportamento asqueroso, a cantora tentou culpar toda a sociedade pelos crimes cometidos por ela durante sua passagem. “O racismo estrutural está tão enraizado na nossa sociedade, dentro de nós”.

Ao fim do vídeo, apesar de confessar o cometimento reiterado por um crime tão nojento, a cantora apelou para a impunidade. “Eu devo sim um pedido de desculpas ao Davi”.

A cantora deveria ter sido informada por sua assessoria, antes de tentar lacrar nas redes sociais, que a penalidade para o crime de racismo não é um “pedido de desculpas”, mas reclusão de 1 a 3 anos e multa.

Enquanto traficantes e assassinos gozam de relaxamento de penas, ex-empresário em indiscutível estado de loucura que falou besteira na internet é mantido preso.

Não há um único ser humano minimamente sensível e em pleno uso de suas faculdades mentais incapaz de identificar o ex-empresário Alessandro Martins como alguém extremamente desequilibrado. Por isso, a continuidade de sua prisão pelo Judiciário é desses fenômenos que explicam bem o atual estado de coisas em nosso país. A permanência de Martins é uma insanidade jurídica indiscutível tão doida quanto ele.

Mesmo que os fatos andem com a credibilidade em baixa na selva em que vivemos atualmente, é preciso reforça-los por aqui.

O DOIDO E SUAS DOIDICES

Fazendo uso de suas redes sociais, Alessandro Martins caluniou e difamou pessoas e instituições. Histórias absurdas que iam desde o roubo de suas contas, ataques contra membros do Judiciário e até uma chapa para a Prefeitura de São Luís composta pelo próprio e pela primeira-dama de Arari, Ingrid Andrade.

Na maioria absoluta das vezes as mentiras e fantasias de Martins despertavam mais risos do que qualquer outra coisa. Contudo, não se pode negar que colocassem em risco a ordem pública. Entendam ordem pública como a noção de um conjunto de regras e princípios que asseguram o funcionamento harmonioso da sociedade, mantendo a segurança, a saúde, a moralidade, a paz e o bem-estar da maioria. Certo?

O grande problema de Martins foi que sua flagrante, e inquestionável, debilidade mental atirou seus delírios contra membros do Judiciário. Então, a insegurança da ordem pública foi transmutada para insatisfação dos ordenadores públicos. Pior para Martins…

Foi então preciso caracterizar o doido de pedra como alguém verdadeiramente perigoso. Afinal de contas, ninguém iria aceitar que maluco fosse preso e a chave fosse jogada fora. Também era preciso achar um termo na moda, algo impactante.

Uma pena que o surto de Martins não o havia acometido ainda em janeiro de 2023. Assim, quem sabe, poderia ser enquadrado como terrorista altamente perigoso que tentou derrubar a República e acabar preso como a jovem Eliene Amorim de Jesus está presa até hoje. Mas, não foi o caso.

Como não poderia ser chamado do que era (doido de pedra) e nem de terrorista antidemocrático, Martins foi acusado de propagador de discurso de ódio pelos ordenadores públicos. Sim, Martins estava “propagando o ódio”.

Ao saber que o doido era acusado disso, imediatamente pensei: Alguém, por algum acaso, conhece outro alguém que sentiu ódio de um terceiro alguém por conta dos discursos de Martins em suas redes sociais? Eu lembro de ter dado várias risadas e de chama-lo de doido. Mas, vamos lá… O malucão foi preso e teve suas redes sociais bloqueadas.

Sem suas redes sociais, Alessandro Martins passou a ser é tão perigoso e oferecer tanto risco à ordem pública quanto um sonrisal no fundo do mar. Ou seja: bastava uma medida judicial que o privasse das redes sociais e do convívio público para resolver o problema. Um ofício no Instagram e uma tornozeleira no pé do biruta e PRONTO! Mas, não! Martins havia falado o que não devia e mereceria uma reprimenda significativa.

O instituto da audiência de custódia, tão útil para libertar traficantes e assassinos, não salvou Martins da prisão. As outras dezenas de benefícios também não deram as caras e o doido, desde então, é mantido em cárcere privado como se fosse um dos mais perigosos bandidos do estado.

JURIDICAMENTE, UMA LOUCURA

A prisão de Alessandro Martins pelo mesmo Judiciário que proíbe operações policiais em favelas do Rio de Janeiro é um escárnio! E não precisa ser especialista em Direito para constatar o escárnio.

Martins é doido, biruta, maluco, pirado e completamente demente. Sendo assim, pelo menos no papel que os ordenadores públicos dizem seguir, sua condição de debilidade mental o torna inimputável.

Alguém duvida que o ex-empresário não possui a capacidade de compreender os próprios atos? Se sim, como explicar a campanha eleitoral antecipada com a primeira-dama de Arari? É caso para o Tribunal Regional Eleitoral? Além de “propagar discurso de ódio” também deve ser multado pela Justiça Eleitoral? Soa até como piada! A lista de devaneios é grande. Mais uma ou duas semanas no Instagram, e o homem sacava uma pesquisa em que seria bem colocado nas eleições dos EUA.

Dentro do regime em que vivemos, para ser responsabilizado penalmente pelas asneiras que disse, Martins deveria ter a compressão devida das asneiras que dizia. Não tinha!

O que se espera, pelo menos teoricamente, quando do ato da aplicação da lei é que ela tenha como objetivo primário a busca do justo. Enfiar na cadeia alguém que escancaradamente não possui a capacidade de entender e controlar suas ações devido a uma condição mental debilitada é incompatível com princípios da justiça. Só isso. E, pior de tudo, manter em cárcere alguém por atos que ele não tem a plena capacidade de evitar sendo que estes atos se resumem a escrever maluquices em redes sociais.

Uma pessoa flagrante e comprovadamente doida mantida em cárcere comum por um assassinato já é algo incompatível com o sistema jurídico brasileiro. Imaginem alguém, na mesma condição, por ter escrito, entre outras coisas, que distribuiu latão de cerveja no carnaval. É mole?

É fato que Martins deveria ter suas redes sociais bloqueadas, bem como é fato que seu tratamento e internação em alguma instituição especializada também viria a calhar. Medidas em absoluto alinhamento com a necessidade de manutenção da ordem pública, em conformidade com o enfoque humanitário e terapêutico que uns e outros tanto arrotam por aí. Só que não, era preciso enfiar o doido na cadeia para servir de exemplo.

Passadas algumas semanas de sua prisão, Alessandro Martins agoniza. Aquele que já foi o maior playboy do estado, apodrece física e mentalmente em uma cela. Uma condição que já era deplorável antes mesmo da cadeia. A verdade incontestável é que o estado de loucura de Martins, antes de comprometer a ordem pública, já havia vitimado a ele próprio. O homem não chega a ser o resto do que foi um dia. Triste…

A continuidade do cárcere de Alesandro Martins, antes de ser é algo desconforme da lei, é um ato de desumanidade.

Procon/MA
Sob influência do deputado federal Duarte Jr, Procon/MA transformou-se em uma entidade governamental mutante sem função definida.

SÃO LUÍS, 11 de março de 2024 – O Departamento Estadual de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon), como o próprio nome diz, foi criado para defender os direitos do consumidor. Apesar da clareza de suas funções, o órgão no Maranhão tem destacado-se pela infração de sua natureza. Após promover a vacinação de animais, o órgão agora introduz em suas funções a promoção de feiras de livros.

É fato: toda e qualquer função do Procon deveria ter relação com o recebimento de reclamações, mediação e solução de conflitos entre consumidores e empresas/prestadores de serviços. Além, é claro, da formulação de medidas administrativas para evitar práticas abusivas ou punir empresas.

O que não é o caso do Procon/MA.

Atualmente, a entidade está organizando a “1.ª Feira de Livros do Procon/MA”. O objetivo do evento é proporcionar aos consumidores a oportunidade de adquirir livros a preços reduzidos. No entanto, se algum consumidor se sentir prejudicado pelos preços ou pela qualidade dos livros, não terá um órgão a quem recorrer, pois, o Procon/MA deixou de ser o fiscalizador para se tornar o fiscalizado.

Por mais que alguns achem interessante, animar feira de livros não é função dos funcionários do Procon. Cada um deles deveria estar na rua fiscalizando preços e práticas e/ou em postos de atendimento à população.

A IMORALIDADE

Como o Procon colocou livros à venda? Simples, não colocou. Muitos dos stands são de empresas privadas. No próprio site da entidade são anunciadas parcerias com as livrarias Leitura, Saci Pererê, Distelma, Coaliv, Paulus, Paulinas, CPAD, Prazer de Ler, Tempo de Ler, Fábrica de Letrinhas, Hélio Books, Vozes e Letras e Artes.

A relação de compadrio entre Procon e empresas privadas deveria ser, no mínimo, constrangedora para o Governo do Maranhão. Então o Procon escolheu editoras e livrarias amigas para gozarem de um espaço pago com recursos públicos para disponibilizar seus produtos? E as demais empresas que sentirem-se lesadas? Onde reclamam?

A coisa piora quando aparecem pistas do “custo” para a participação na feira de livros do Procon/MA.

“Quem comparecer ao evento poderá adquirir livros com os vale-livro no valor de R$ 40,00 que serão distribuídos graças à parceria do deputado federal Duarte Junior”.

Está lá, no site do governo do estado e não precisa de comentário. Detalhe: a presidente do Procon, Karen Barros, é esposa do deputado que distribui os livros na feira do Procon.

Na propaganda é evidenciado o “fato” de que o evento é financiado com recursos de emendas do deputado federal Duarte Junior. Não está claro se serão pagas horas-extra dos funcionários que devem ajudar na formulação do evento, publicidade nas redes sociais do Procon/MA ou o resto da estrutura.

E o Ministério Público, o que acha desse castelo de relações estranhas? Ninguém sabe.

Meses atrás o Procon realizou uma grande campanha de vacinação de animais. A que custos é outra questão que os mais atentos deveriam refletir. Como a estrutura de um órgão burocrático é transformada, da noite para o dia, em clínica veterinária? A muito custo, podem ter certeza. Custos financeiros, estruturais e de capital humano.

O Procon/MA transformou-se em uma aberração.

Pelo anda da carruagem, não tarda e o Procon/MA irá oferecer serviços de lipoaspiração, mecânica de automóveis, venda de chips, animação de festas infantis e excursões por Barreirinhas.

Tudo ao custo dos recursos do pagador de impostos que espera do Procon o óbvio: que seja um Procon.

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