Deputado reconhece fracasso da pauta do pronome neutro
SÃO LUÍS, 12 de novembro de 2024 – O deputado estadual Carlos Lula afirmou em discurso nesta terça que a esquerda precisa se reconectar com as demandas reais da população, destacando que temas como pronome neutro não têm relevância para o cotidiano dos brasileiros. Segundo o parlamentar, assuntos como transporte, segurança, educação e saúde pública são prioridades mais urgentes. Lula argumentou que a esquerda deve priorizar problemas concretos para se reaproximar das necessidades do povo, refletindo sobre o foco em pautas que, em sua visão, afastam o movimento progressista dos anseios populares. A recente decisão de zerar a tributação de medicamentos contra o câncer foi ressaltada por Lula como um avanço importante. A medida, que reduz a carga tributária de até 18%, beneficia especialmente tratamentos para o câncer de próstata. Para o deputado, essa política representa um progresso em relação a decisões anteriores, que priorizavam produtos como jet skis, sem impacto direto na saúde pública.
Esquerda perde domínio de duas décadas em mais de 10 cidades
BRASIL, 31 de outubro de 2024 – Partidos de esquerda perderam, nas Eleições Municipais de 2024, o controle que mantinham há quase duas décadas em 11 cidades brasileiras, segundo levantamento do Metrópoles baseado em dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Desde 2004, esses municípios eram tradicionalmente governados por siglas de esquerda, mas os eleitores decidiram por uma mudança neste pleito. Em oito dessas cidades, candidaturas de partidos de esquerda foram derrotadas por concorrentes de siglas de centro. Em uma outra, partidos de esquerda não participaram da disputa majoritária. Já nas duas cidades restantes, partidos de esquerda integravam coligações com legendas de outras orientações políticas.
Esquerda radical encerra eleições sem conquistar prefeituras
BRASIL, 29 de outubro de 2024 – Maior expoente da esquerda nas eleições municipais deste ano, Guilherme Boulos (PSOL) não foi o único entre os candidatos de partidos fora da polarização a sair derrotado em 2024. Além do próprio PSOL, o PSTU, o PCB, o PCO e o UP terminaram a disputa sem conquistar nenhuma prefeitura entre as 29 legendas que se lançaram aos cargos. Das cinco siglas de esquerda que não obtiveram nenhuma prefeitura, o PSOL apresentou o maior número de candidatos, somando 210, seguido pelo PCO com 43, PSTU com 37, UP com 22 e PCB com 9. A única chance restante para o PSOL estava nas eleições de segundo turno em São Paulo e Petrópolis (RJ). Mas, com os resultados desfavoráveis, o partido e seus aliados só poderão tentar novamente nas eleições de 2028. Em São Paulo, com 95,31% das urnas apuradas, Boulos obteve 40,51% dos votos, enquanto o atual prefeito Ricardo Nunes (MDB) garantiu 59,49%, sendo reeleito. Em Petrópolis, Yuri Moura ficou com 25,30% dos votos, perdendo para Hingo Hammes (PP), que obteve 74,70% com 98,75% das urnas apuradas.
Bobinha
Na Carta Maior desta semana, uma professora de ciências políticas da Universidade Federal de Pelotas, Luciana Ballestrin, adverte que enxergar alguma hegemonia comunista nas instituições superiores de ensino é “paranóia” e insinua que, ao contrário, o verdadeiro perigo que se esboça no horizonte nacional é o do fascismo. A prova que ela oferece desse deslumbrante diagnóstico é que três pessoas reclamaram contra o comunismo universitário. Firmemente disposta a dizer qualquer coisa contra essas três minguadas vozes, ela as acusa, ao mesmo tempo, de provir de “um gueto” e de obter “grande repercussão na mídia”. É notório que, entre os estudantes universitários brasileiros, quatro em cada dez são analfabetos funcionais. Temo que entre os professores da área de humanas essa proporção seja de nove para dez. A profa. Ballestrin é mais um exemplo para a minha coleção. Ela fracassa tão miseravelmente em compreender o significado das palavras que emprega, que no seu caso o adjetivo “funcional” é quase um eufemismo. Desde logo, se os direitistas vivem num “gueto”, quem os colocou lá? Enclausuraram-se por vontade própria ou foram expelidos da mídia, das cátedras e de todos os ambientes de cultura superior pela política avassaladora de “ocupação de espaços” que a esquerda aí pratica desde há mais de meio século? Um gueto, por definição, não é um hotel onde a minoria se hospede voluntariamente para desfrutar os prazeres de uma vida sombria, fechada e opressiva, sem perspectivas de participação na sociedade maior. É uma criação da maioria dominante, um instrumento de exclusão usado para neutralizar ou eliminar as presenças inconvenientes. A maior prova de que o esquerdismo domina o espaço é que a direita vive num gueto. Ao acusá-la precisamente disso, essa porta-voz do esquerdismo oficial só dá testemunho contra si própria. Com igual destreza ela maneja a segunda acusação: a de que as três vozes obtiveram “grande repercussão na mídia”. Que grande repercussão? Alguma delas foi manchete de um jornal, foi alardeada no horário nobre da Globo, deu ocasião a uma série infindável de reportagens, congressos de intelectuais e debates no Parlamento como acontece com qualquer denúncia de “crimes da ditadura” ocorridos cinqüenta anos atrás? Nada disso. Foram apenas noticiadas aqui e ali, discretamente, num tom de desprezo e chacota. Mas, para a profa. Ballestrin, mesmo isso já é excessivo. Ela nem percebe que, ao protestar que três direitistas saíram do gueto, ela os está mandando de volta para lá.
Pesquisa aponta que maioria da população não está polarizada
BRASIL, 30 de setembro de 2024 – A maioria dos brasileiros aptos a votar não se considera alinhada com posições políticas de direita, esquerda ou centro, conforme aponta uma pesquisa do DataSenado realizada em 2024. Dos mais de 21 mil entrevistados, 40% não se identificaram com nenhuma dessas categorias, enquanto 29% disseram estar mais à direita, 15% à esquerda e 11% ao centro. O restante preferiu não responder ou afirmou não saber. Realizada entre 5 e 28 de junho de 2024, a pesquisa entrevistou 21.808 pessoas de 26 estados e do Distrito Federal, com margem de confiança de 95%. O levantamento faz parte do Panorama Político, estudo que o DataSenado realiza desde 2008. A pesquisa capturou percepções de eleitores de diversas faixas etárias, rendas e gêneros. Entre as mulheres, 46% não se identificaram com nenhuma ideologia política, enquanto 24% se disseram à direita e 14% à esquerda. Apenas 9% se classificaram como de centro.
Pesquisa: Brasileiros de direita quase dobram os de esquerda
BRASIL, 26 de setembro de 2024 – Uma nova pesquisa realizada pela Nexus — Pesquisa e Inteligência de Dados, mapeou o perfil político dos eleitores brasileiros. O levantamento, que ouviu 21.808 brasileiros de todas as regiões entre os dias 5 e 28 de junho, aponta que, no cenário nacional, 29% dos eleitores se identificam como direitistas.
Esquerda maranhense silencia sobre eleição na Venezuela
MARANHÃO, 30 de julho de 2024 – A recente eleição na Venezuela, ocorrida no último domingo (28), provocou reações intensas entre políticos de direita no Maranhão, que utilizaram o evento para criticar a esquerda e seus apoiadores. O deputado estadual e pré-candidato à prefeitura de São Luís, Yglésio Moyses (PRTB), publicou um vídeo nas redes sociais lembrando os venezuelanos que vivem na capital maranhense, muitos em condições precárias. Ele criticou a situação no país vizinho, associando-a à “ditadura sanguinária” apoiada, segundo ele, pelo presidente Lula e pela esquerda brasileira. A deputada estadual Mical Damasceno (PSD), conhecida por seus discursos com tom religioso, compartilhou um vídeo da opositora venezuelana Maria Corina Machado recebendo uma oração de uma pastora. Já o deputado federal Aluísio Mendes (Republicanos) se pronunciou de forma mais moderada, enfatizando a necessidade de eleições “verdadeiramente livres e justas” para o povo venezuelano. Lahesio Bonfim, embaixador do partido Novo, também se manifestou, compartilhando imagens de manifestações na Venezuela e expressando tristeza pelo sofrimento dos venezuelanos.
Movimentos de esquerda do BR parabenizam ditador por reeleição
VENEZUELA, 29 de julho de 2024 – Movimentos sociais de esquerda no Brasil parabenizaram Nicolás Maduro pela reeleição na Venezuela. Em publicação nas redes sociais, o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) destacou a vitória como uma expressão de “resistência ao imperialismo”. Maduro permanecerá no poder por mais seis anos. O MST alegou que a eleição reafirma a decisão de avançar em um projeto popular baseado na solidariedade e no desenvolvimento nacional, alinhado ao legado da Revolução Bolivariana. O movimento também mencionou o aniversário de 70 anos de Hugo Chávez, afirmando que a vitória de Maduro simboliza a continuidade da luta contra o imperialismo. Em comunicado conjunto com outros 11 grupos de esquerda, o MST afirmou que “a democracia venceu e o povo venezuelano decidiu pela democracia” ao eleger Maduro. Os movimentos criticaram a campanha da extrema direita venezuelana e internacional, que antes mesmo da votação alegava fraude.