MUNDO, 05 de novembro de 2024 – O Primeiro Comando da Capital (PCC) tem se infiltrado em penitenciárias europeias para fortalecer sua rede de tráfico internacional de drogas, segundo apuração do portal Metrópoles. Autoridades em Portugal e Espanha já identificaram, desde 2021, a presença da facção paulista em seus sistemas prisionais.
A estratégia do PCC segue o modelo utilizado nos presídios de São Paulo desde os anos 1990, onde seus membros “batizam” novos integrantes e ampliam a influência da facção. Esse movimento preocupa o Ministério Público de São Paulo (MP-SP) e a Polícia Militar do estado, que monitoram a expansão internacional do grupo.
AMEAÇA DE EXPANSÃO CRIMINOSA NA EUROPA
Com conexões globais, o PCC completou 30 anos em 2023 e ganhou o status de máfia pela extensão de suas operações internacionais.
“O processo de recrutamento pelo sistema prisional é uma das principais estratégias do PCC, tanto no Brasil quanto no exterior”, explica Christian Vianna de Azevedo, subsecretário de Integração da Justiça e Segurança Pública de Minas Gerais.
Segundo o especialista, a facção oferece proteção, senso de irmandade e auxílio financeiro às famílias dos detentos, atraindo novos integrantes nas prisões.
A expansão para cadeias estrangeiras intensificou-se no período pós-pandemia, com registros de recrutamento e batismo de criminosos locais.