LIVRE, LEVE E SOLTO

Liberado pelo STF, Dirceu mira vaga na Câmara em 2026

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Dirceu livre
Liberado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), José Dirceu prepara seu retorno à política com uma candidatura a deputado federal em 2026.

BRASÍLIA, 21 de março de 2025 –  Liberado pelo STF, José Dirceu prepara seu retorno à política com uma candidatura a deputado federal em 2026. O movimento conta com o apoio direto do presidente Lula, que também lhe deu a missão de pacificar o PT e garantir alianças amplas para a próxima eleição.

Em eventos recentes, Dirceu alertou para o risco de derrota nos próximos anos. Para ele, o bolsonarismo segue como o maior adversário da esquerda.

A possível candidatura de Dirceu marcaria sua volta ao cenário eleitoral após mais de duas décadas. Ele teve o mandato cassado em 2005, no escândalo do mensalão, e foi condenado posteriormente na Lava Jato. Em outubro de 2024, o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), anulou seus processos, abrindo caminho para sua elegibilidade.

José Dirceu foi preso durante o Regime Militar em 1968, quando tinha 22 anos, em Ibiúna, São Paulo. À época, era um dos principais líderes estudantis contrários ao militarismo no poder e foi detido junto com centenas de outros aliados. Permaneceu encarcerado até 1969, quando acabou sendo incluído em uma troca de prisioneiros promovida pelos grupos de esquerda armada.

O episódio envolveu o sequestro do embaixador dos Estados Unidos no Brasil, Charles Burke Elbrick, por militantes da Ação Libertadora Nacional (ALN) e do Movimento Revolucionário 8 de Outubro (MR-8). Em negociação, os sequestradores exigiram a libertação de 15 presos em troca da libertação do diplomata. José Dirceu estava entre os beneficiados e foi enviado para Cuba, onde passou a viver.

Durante sua estadia em Cuba, Dirceu recebeu treinamento militar e permaneceu na ilha por alguns anos. Em 1975, conseguiu retornar ao Brasil clandestinamente, utilizando uma identidade falsa e após se submeter a uma cirurgia plástica para modificar sua aparência. Com o nome de Carlos Henrique Gouvea de Mello, estabeleceu-se no Paraná e viveu discretamente até a promulgação da Lei da Anistia em 1979.

Foi apenas nesse momento que revelou sua verdadeira identidade, retomando a militância política e participando da fundação do Partido dos Trabalhadores (PT).

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