
MARANHÃO, 14 de maio de 2025 – A educação pública no Maranhão se tornou palco de embate na Assembleia Legislativa, com deputados da base governista e da oposição apresentando visões radicalmente opostas sobre o atual cenário da rede estadual de ensino.
De um lado, o deputado Rodrigo Lago denunciou um cenário de abandono, citando obras inacabadas como o caso do Centro Educa Mais Major Érico Gomes Braga, em Nina Rodrigues, onde alunos teriam concluído o Ensino Médio sem nunca ter tido aulas presenciais devido a reformas intermináveis, além de relatar escolas sem cantinas, banheiros inoperantes e problemas de alagamento.
Ele criticou especialmente a transferência de gestão de obras da Secretaria de Educação para a Secretaria de Infraestrutura, que, segundo ele, levou a atrasos e paralisações, afirmando que “milhares de alunos maranhenses estão sendo prejudicados e disputarão vestibulares no futuro em condições desiguais”.
Do outro lado, o deputado Dr. Yglésio contestou as críticas, argumentando que a atual gestão já convocou mais de 8 mil professores para a rede estadual e reajustou salários acima do piso do Fundeb, ainda que admitindo que os valores ainda sejam baixos.
Ele questionou a idealização da gestão anterior, lembrando que o Liceu Maranhense estava em más condições ao final do governo passado, e afirmou que “reformaram escolas, mas muitas obras foram mal feitas, e o ensino não melhorou como deveria”.
O debate rapidamente migrou para o campo político, com a oposição acusando o governo de desmontar políticas educacionais por divergências partidárias, enquanto a situação rebate que está corrigindo erros do passado e que as críticas são motivadas por interesses eleitorais.
Enquanto isso, estudantes continuam aguardando soluções para problemas concretos, como escolas com infraestrutura precária e obras paralisadas, em um impasse que deve seguir no plenário.