MARANHÃO, 02 de fevereiro de 2024 – O estado do Maranhão enfrentou um aumento alarmante nos casos de chikungunya e zika vírus em 2023, conforme revelam dados divulgados pela Secretaria de Estado da Saúde (SES).
Embora tenha ocorrido uma redução nos casos de dengue, a elevação dessas outras duas doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti tem causado preocupação entre as autoridades de saúde.
De acordo com os registros da SES, ao longo do ano passado foram confirmados 2.626 casos de chikungunya e 101 de zika, representando um aumento significativo de 65% em relação ao ano anterior, quando comparadas as incidências dessas duas doenças.
Casos confirmados de dengue, zika e chikungunya no Maranhão
Doenças | 2022 | 2023 |
Dengue | 5.412 | 4.109 (com 3 óbitos) |
Zika | 28 | 101 |
Chikungunya | 1.619 | 2.626 (com 4 óbitos) |
Fonte: Secretaria de Estado da Saúde (SES)
A chikungunya e o zika vírus são transmitidos pelo mesmo vetor da dengue, o Aedes aegypti. Com a chegada do período chuvoso no Maranhão, há um aumento na proliferação do mosquito, principalmente em áreas com acúmulo de lixo e locais onde a água parada facilita a reprodução do vetor.
Para combater a propagação dessas doenças, o Ministério da Saúde anunciou a inclusão da vacina contra a dengue no Sistema Único de Saúde (SUS).
A campanha de vacinação, programada para iniciar em fevereiro, priorizará as cidades de São Luís, São José de Ribamar, Paço do Lumiar, Raposa e Alcântara.
O foco inicial será a imunização de crianças e adolescentes com idades entre 10 e 14 anos.
O esquema vacinal consistirá em duas doses, com um intervalo de três meses entre elas.