
MUNDO, 8 de março de 2025 – Dos 193 países reconhecidos internacionalmente pela ONU (Organização das Nações Unidas), só 17 têm uma mulher no comando do Executivo. Países como Ilhas Marshall e México, por exemplo, elegeram mulheres para o cargo pela 1ª vez em sua história em 2024. Contudo, o paradigma masculino ainda é difícil de romper.
A população global estimada em 2024 foi de 8,1 bilhões de pessoas, sendo aproximadamente 49,51% mulheres –cerca de 4,01 bilhões, segundo a CIA World Factbook. Isso significa que só uma em cada 235,9 milhões de mulheres no mundo ocupa o cargo máximo de liderança política de um país.
De janeiro de 2024 a 8 de março, só 7 mulheres chegaram ao posto de chefes de suas nações, de acordo com um levantamento do Poder360.
O cenário global de líderes femininas em cargos eletivos mostra uma forte presença de mulheres no comando de diferentes países, mas distribuídas de forma desigual no espectro ideológico.
A ACEITAÇÃO DE LÍDERES FEMININAS
Além das mulheres que governam de facto seus países, em 12 nações e no Vaticano mulheres ocupam cargos de chefia de Governo e de Estado com status cerimoniais. Em outras, há limitações institucionais ou políticas.
Países como Eslovênia, Grécia, Índia, Malta e Trindade e Tobago tem a presidência como um cargo majoritariamente simbólico, sem autoridade real sobre a política do país. O chefe de Governo (geralmente o primeiro-ministro) é quem detém o controle executivo. No Congo, por outro lado, a primeira-ministra não detém controle efetivo sobre o governo –e sim o presidente.
Já no Kosovo e no Vaticano, há desafios de reconhecimento internacional ou disputas sobre a legitimidade do governo, atualmente liderado por mulheres. No caso de Liechtenstein, a primeira mulher foi eleita presidente há 3 semanas, mas a transição ainda não foi realizada.
Assim, embora a presença de mulheres nesses cargos seja significativa, o impacto real de seu poder varia conforme o contexto político de cada país.