
SÃO LUÍS, 6 de janeiro de 2025 – Durante sessão na Assembleia Legislativa do Maranhão, o deputado Dr. Yglésio subiu à tribuna para abordar cinco temas, com destaque para críticas à gestão da Secretaria de Segurança Pública (SSP) do Estado.
O parlamentar contestou uma nota emitida pela Associação dos Delegados de Polícia Civil do Maranhão (Adepol), que manifestou apoio ao Secretário de Segurança Maurício Martins e repudiou críticas feitas pelo deputado.
Na oportunidade, Dr. Yglésio destacou que suas críticas são fundamentadas pelo sentimento popular de insegurança diante do aumento de crimes como assaltos, homicídios e latrocínios. Segundo o deputado, apenas na última semana, três assaltos foram registrados na região do Araçagi, incluindo um caso nas proximidades da Escola Sesi, frequentada por seus filhos.
“O principal fundamento da minha indignação é o sentimento popular de insegurança, de três assaltos na semana passada no Araçagi, de um assaltante na porta do Sesi, da escola Sesi, escola onde meus filhos estudam. Tem o fundamento de um pai de família, que não aguenta mais a mão leve que este Secretário de Segurança tem com a criminalidade, que não adianta o Governador do Estado investir em delegacia.”
O parlamentar defendeu que a população não percebe melhorias significativas na segurança pública, apesar dos investimentos feitos pelo governo estadual em delegacias e contratações de novos policiais.
PROCESSO CONTRA A ADEPOL
O deputado rechaçou a posição da Adepol, que considerou suas críticas infundadas e motivadas por interesses pessoais. Dr. Yglésio afirmou que a associação tenta desqualificá-lo ao sugerir que ele utiliza seu mandato para benefícios próprios.
“Nunca pedi um emprego para o Secretário de Segurança, como é que eu estou usando o meu cargo para fazer questões pessoais? Eu vou processar, infelizmente, a Adepol, vou entregar para os meus advogados, porque eles estão me acusando indiretamente aqui de utilizar o meu mandato para fins estritamente pessoais, quando as estatísticas estão aí, 17 homicídios até 17 de janeiro”, declarou.
Ele criticou a gestão de recursos da SSP, citando a falta de estrutura em delegacias do interior, como em Caxias, que conta com apenas três viaturas. Além disso, mencionou a morosidade nas investigações de inquéritos, incluindo ameaças sofridas por ele próprio, como pichações em sua residência em um condomínio fechado de São Luís.
“A segurança pública precisa ser para todos, inclusive para quem está na linha de frente das críticas.”