IMPERATRIZ, 18 de março de 2024 – No universo do futebol, onde rivalidades muitas vezes extrapolam os limites do campo, um gesto de solidariedade surpreendeu a todos durante o último sábado (16), em Imperatriz.
Em uma partida do Campeonato Maranhense de Futebol, o time visitante, Chapadinha, enfrentou não apenas o time da casa, Imperatriz, mas também uma série de dificuldades que ameaçavam a performance dos jogadores.
A chegada da delegação do Chapadinha em Imperatriz foi marcada pela falta de recursos para alimentação e hospedagem. Sem poder arcar com as despesas, os atletas enfrentavam um dilema: jogar uma partida decisiva com a barriga vazia ou enfrentar as consequências do cansaço e da fome.
Foi nesse momento que a rivalidade entre as torcidas de Chapadinha e Imperatriz deu lugar a um exemplo de empatia e solidariedade.
Diante da situação precária dos visitantes, os torcedores do Imperatriz se uniram em um gesto nobre. Longe das confusões e brigas muitas vezes associadas ao futebol, eles organizaram uma “vaquinha” e arrecadaram cerca de R$ 450,00 para comprar alimentos e garantir o almoço dos jogadores do Chapadinha.
Um ato simples, porém carregado de significado, que mostrou o lado humano e compassivo do esporte.
Em um momento em que o futebol muitas vezes é marcado por rivalidades acirradas e comportamentos negativos, o gesto dos torcedores do Imperatriz ressaltou a importância de valores como solidariedade, empatia e respeito mútuo.
William Nascimento Fernandes, jornalista e morador de Chapadinha, ressaltou a magnitude do gesto em suas redes sociais: “Não é só sobre futebol. É um gesto que merece reconhecimento nacional. A torcida do Imperatriz mostrou que o esporte vai além das rivalidades, é também sobre cuidar uns dos outros”.
Além disso, Fernandes destacou a garra e determinação dos jogadores do Chapadinha, que enfrentaram todas as adversidades com coragem e profissionalismo.
Mesmo com as dificuldades, o time jogou de forma heróica, mostrando que o verdadeiro espírito esportivo vai muito além do resultado dentro de campo.
“Os jogadores do Chapadinha estão enfrentando toda essa dificuldade porque o time não tem estrutura. Não tem um patrocínio. E não é questão de dizer que Prefeitura tem que patrocinar. Não há obrigação nenhuma de uma prefeitura patrocinar um time de futebol profissional. E isso é um outro processo, tem que se conversar sobre isso. Inclusive, fui chamado pelo presidente da Câmara, o vereador Tote, pra falar sobre esse assunto. Ele ficou muito interessado em ajudar da forma legal a equipe do Galo da Chapada. É um projeto que pode ser iniciado no ano que vem.”
Por fim, William salientou a importância de recomeçar o projeto para o Chapadinha na segunda divisão do estadual, em caso de rebaixamento, e que isso não é demérito nenhum, citando como exemplos clubes como Tuntum e Imperatriz que se reestruturaram após queda para a Série B do Maranhense.