Queimadas na Amazônia em 2024 já superam total de 2023

Amazônia Incêndio

BRASIL, 27 de setembro de 2024 – A Amazônia já contabilizou mais queimadas em 2024 do que em todo o ano de 2023, conforme relatório do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Até quarta (25), foram identificados 102.993 focos de calor, superando os 98.646 de 2023. Setembro já é o mês com o maior número de queimadas em 2024, com 39.804 focos registrados, ultrapassando a média histórica de 32,2 mil.

Queimadas afetam mais de 15 milhões de brasileiros em 2024

Queimadas Incêndios

BRASIL, 27 de setembro de 2024 – Mais de 15,4 milhões de brasileiros foram diretamente impactados pelas queimadas florestais desde o início de 2024, segundo um boletim divulgado pela Confederação Nacional de Municípios (CNM) nesta quinta (26). O relatório estima que os danos econômicos já somam R$ 1,3 bilhão, além de destacar a gravidade da situação. Entre os milhões de afetados, mais de mil pessoas precisaram deixar suas casas devido aos incêndios. Esse número, segundo a CNM, pode ser ainda maior, já que muitas cidades ainda não registraram oficialmente o total de desalojados. No levantamento deste ano, 573 municípios já decretaram situação de emergência por causa das queimadas.

73% das queimadas no Amazonas ocorrem em áreas federais

Incêndios Amazonas

BRASIL, 24 de setembro de 2024 – Dos 19.478 focos de calor identificados no Amazonas neste ano, 73% foram localizados em áreas federais (37%), destinadas a assentamentos da reforma agrária (28%), terras indígenas (5%) e unidades de conservação federal (3%). Todas essas áreas, em tese, são de responsabilidade do governo federal, que tem o dever de protegê-las das queimadas, que chegaram a níveis alarmantes em 2024. Os dados foram informados na última quinta-feira (19) pelo secretário de Meio Ambiente do estado, Eduardo Taveira, numa audiência com o ministro Flávio Dino, que conduz no Supremo Tribunal Federal (STF) uma ação para tentar resolver o problema. “Hoje, 73% dos focos de queimadas são em áreas do Incra [Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária] e glebas federais não destinadas”, disse Taveira na reunião. A audiência contou com a presença de representantes de todos os estados que compõem a Amazônia, do governo federal, da Rede e do PT – partidos envolvidos no processo judicial. O dado do Amazonas chamou a atenção de Dino, que mandou a Advocacia-Geral da União (AGU), que representa o governo federal no caso, se manifestar sobre o problema em até 30 dias.

Incêndios atingem 70% da Terra Indígena Arariboia no MA

Queimadas Indígena

MARANHÃO, 23 de setembro de 2024 – Cerca de 70% da Terra Indígena Arariboia, no sul do Maranhão, foi devastada por queimadas, conforme relatório da Sala de Situação sobre os Povos Indígenas, monitorada pelo Supremo Tribunal Federal (STF). A destruição atinge um dos territórios mais vulneráveis do país, onde vivem povos indígenas isolados, o que agrava ainda mais a crise. O documento, elaborado pelo Ministério dos Povos Indígenas, destaca que a situação é crítica, com perda significativa de vegetação. A Fundação Nacional do Índio (Funai) estuda a ativação de um plano de contingência para conter os danos e mitigar os impactos das queimadas.

Pantanal e Amazônia têm piores incêndios em quase 20 anos

Incêndio Queimadas

BRASIL, 23 de setembro de 2024 –Os incêndios que devastam o Pantanal e a Amazônia neste ano atingiram a pior intensidade em quase duas décadas, afetando a qualidade do ar em boa parte da América do Sul. De acordo com o relatório do Observatório Europeu Copernicus, divulgado nesta segunda (23), os focos de incêndio, a extensão das áreas atingidas e as emissões de carbono atingiram níveis alarmantes. O Serviço de Monitoramento da Atmosfera do Copernicus (CAMS) revelou que as queimadas na região estão acima da média histórica. Até 19 de setembro, as emissões de carbono no Brasil somaram 183 megatoneladas (Mt CO₂), número comparável ao recorde de 2007, quando 65 megatoneladas foram emitidas apenas em setembro. Nos Estados de Amazonas e Mato Grosso do Sul, onde fica o Pantanal, as emissões também atingiram marcas recordes. Foram emitidas 28 e 15 megatoneladas de carbono, respectivamente, o maior valor nos 22 anos de monitoramento do CAMS.

Incêndios em agosto devastam área 2 vezes maior que o DF

Queimadas Agosto

BRASIL, 20 de setembro de 2024 – As queimadas no Cerrado registraram alta de 221% em agosto de 2024, em comparação ao mesmo período do ano anterior. Segundo o Monitor do Fogo, iniciativa da rede MapBiomas, coordenada pelo Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam), mais de 1,2 milhão de hectares de savanas foram consumidos pelas chamas. Em 2023, o número foi de 386 mil hectares. O levantamento também destacou o aumento expressivo nas queimadas de formações florestais do Cerrado, que cresceram 410%. No mês de agosto de 2023, 18.910 hectares de florestas foram queimados. No mesmo período de 2024, esse número saltou para 96.533 hectares.

Dino critica lentidão do governo em ações contra queimadas

Dino fogo amigo

BRASÍLIA, 19 de setembro de 2024 – O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino, criticou a demora do governo Lula em reconhecer a gravidade das queimadas no Brasil. A avaliação foi feita em decisão assinada no último domingo (15), quando Dino também autorizou o governo a abrir créditos extraordinários, fora da meta fiscal, para intensificar o combate aos incêndios. Segundo Dino, os incêndios afetam principalmente a Amazônia, o Pantanal e o cerrado, cobrindo cerca de 60% dessas regiões. Ele destacou que o país enfrenta um dos maiores desastres ambientais dos últimos cem anos, intensificado pela degradação ambiental acelerada. O magistrado já havia sinalizado a intenção de retirar os gastos com o combate às queimadas do limite imposto pelo arcabouço fiscal.

Maranhense morre ao combater queimadas do Governo Lula

Maranhense queimadas

MATO GROSSO, 17 de setembro de 2024 – Um maranhense foi encontrado carbonizado em Chapada dos Guimarães, Mato Grosso, durante o combate a um incêndio florestal no sábado (14). A vítima, Lucas Bahia Medeiros, tinha 26 anos. O corpo do brigadista maranhense foi descoberto carbonizado por militares do Corpo de Bombeiros na região do Lago do Manso, a 65 km de Cuiabá. Ele estava próximo a uma fazenda, enquanto combatia um incêndio florestal nas matas nativas da região. Lucas, que era natural de Açailândia (MA), havia se mudado para Mato Grosso em busca de melhores oportunidades de trabalho. Ele atuava como brigadista há apenas um mês e anteriormente era mecânico em sua cidade natal.

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