Governo opta por não apoiar condenação ao Irã por repressão
BRASIL, 22 de novembro de 2024 – O governo brasileiro, sob a liderança do petista Lula, decidiu se abster em uma resolução da ONU que condena o Irã por repressão às mulheres, violência contra manifestantes e o aumento das penas de morte no país. A resolução foi proposta por europeus e norte-americanos e aprovada com o apoio de 77 países, incluindo outros governos de esquerda como Chile, México, Espanha e Colômbia. No entanto, nenhum integrante do Brics votou a favor da condenação. Ao lado de outros 65 países, o Brasil optou pela abstenção, acompanhando nações como África do Sul, Índia, Emirados Árabes Unidos, Etiópia e Arábia Saudita. Entre os votos contrários estavam Rússia e China, também membros do Brics. O Itamaraty justificou a decisão ressaltando preocupações com a situação dos direitos humanos no Irã, mas destacou aspectos positivos, como o acolhimento de mais de 3,7 milhões de refugiados afegãos. O governo brasileiro também mencionou o compromisso do Irã com tratados internacionais de direitos humanos e fez um apelo por maior colaboração com os procedimentos do Conselho de Direitos Humanos da ONU.
Comitiva de Lula na ONU acumula gastos acima de R$ 750 mil
NOVA YORK, 25 de setembro de 2024 – O presidente Lula levou mais de cem pessoas para a 79ª Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), realizada em Nova York, Estados Unidos. A comitiva inclui autoridades e assessores, mas não considera membros de órgãos oficiais como a Embratur. As informações foram divulgadas no Diário Oficial da União e no Painel de Viagens do Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos. Até o momento, os gastos da viagem para ONU já ultrapassam R$ 750 mil, com mais valores a serem divulgados. A ministra Esther Dweck, da Gestão e Inovação, registrou a passagem mais cara, custando R$ 45.851,90.
Lula escala Janja para representar Brasil na ONU sem cargo oficial
NOVA YORK, 11 de março de 2023 – O presidente Lula (PT) escalou a primeira-dama Janja para representar oficialmente o Brasil em um evento da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York, que será realizado entre os dias 11 e 22 de março. O decreto que a designa para a viagem fui publicado na sexta (8) e a apresenta como “socióloga”, sem citar a relação com ele ou algum outro cargo oficial no governo. “O presidente da República […] resolve designar Rosângela Lula da Silva, socióloga, para participar da 68ª Sessão da Comissão sobre a Situação da Mulher da Organização das Nações Unidas, com ônus, no período de 9 a 16 de março de 2024, inclusive trânsito, em Nova York, Estados Unidos da América”, diz o despacho assinado por ele e pela ministra Aparecida Gonçalves, do Ministério das Mulheres, na edição do dia do Diário Oficial da União (veja aqui). Além de Janja, o presidente também designou aconselheira Luanda Morais Pires, do Conselho Nacional dos Direitos da Mulher, ea advogada Denise Dourado Dora, especializada em direitos humanos.
Brasil lidera lista dos 10 países com maior número de homicídios
BRASIL, 09 de dezembro de 2023 – O Brasil lidera a lista dos dez países onde são registradas mais mortes violentas, segundo o Estudo Global sobre Homicídios que a ONU (Organização das Nações Unidas) divulgou nesta sexta (9), em Viena. O Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC) estima que em 2021 foram registrados 458 mil homicídios em todo o mundo. A taxa global foi de 5,8 por 100 mil habitantes, e 81% das vítimas eram homens e meninos. O relatório toma 2021 como ano de referência, mas, como nem todos os estados forneceram dados para esse ano, o ano de origem dos números de homicídios é especificado entre parênteses. Veja a seguir os dez países com maior número de homicídios no mundo: 1) Brasil: 47.722 (2020) 2) Nigéria: 44.200 (2019) 3) Índia: 41.330 4) México: 35.700 5) África do Sul: 24.865 6) Estados Unidos: 22.941 7) Mianmar: 15.299 8) Colômbia: 14.159 9) Rússia: 9.866 10) Paquistão: 9.207
Brasil celebra resolução da ONU que isenta o terroristas palestinos
BRASÍLIA, 16 de novembro de 2023 – O governo brasileiro expressou satisfação nesta quarta (15) com a aprovação de uma resolução pelo Conselho de Segurança da ONU referente ao conflito entre Israel e Hamas. Contudo, a resolução não condena os ataques terroristas do Hamas contra Israel. O Ministério das Relações Exteriores do Brasil, em comunicado, afirmou que recebeu com satisfação a aprovação da primeira resolução para o conflito, destacando a participação ativa do Brasil nas articulações do Conselho de Segurança. Essa foi a quinta tentativa do conselho de aprovar uma resolução para o conflito, que já dura 39 dias. A proposta, apresentada por Malta, obteve 12 votos a favor, incluindo o Brasil, nenhum contra e três abstenções dos Estados Unidos, Rússia e Reino Unido, membros permanentes do grupo. Os EUA justificaram a abstenção devido à falta de condenação dos ataques terroristas do Hamas no texto. A resolução solicita a libertação imediata e incondicional de todos os reféns mantidos pelo Hamas e a criação de pausas humanitárias na Faixa de Gaza. No entanto, Israel criticou a proposta, rejeitando-a e argumentando que não é o momento adequado, já que reféns ainda estão sob controle do Hamas. O embaixador de Israel na ONU, Gilad Erdan, afirmou que a resolução está desconectada da realidade, destacando o compromisso contínuo de Israel com a lei internacional. Ele ressaltou que os terroristas do Hamas não darão atenção à resolução, muito menos a cumprirão.
ONU alerta para crise humanitária em Gaza devido a conflito
GAZA, 07 de novembro de 2023 – Desde o início do conflito entre Israel e Hamas, a crise humanitária em Gaza atingiu níveis alarmantes, conforme alerta da agência da ONU para refugiados palestinos (UNRWA). A região testemunhou uma média de uma criança morta a cada 10 minutos, enquanto duas foram feridas. A escalada de violência resultou em mais de 10 mil mortes, incluindo mais de 4 mil menores de idade e 2,6 mil mulheres. Além disso, mais de 25 mil pessoas ficaram feridas, com centenas ainda desaparecidas. A ONU e o Unicef pediram um cessar-fogo imediato e destacaram a ameaça adicional de escassez de suprimentos essenciais, colocando em risco a vida de milhares de crianças e bebês. O impacto na saúde mental das crianças também é uma preocupação, com muitas delas se tornando órfãs e desabrigadas devido à violência. “Quando os combates cessarem, o custo para as crianças e os adolescentes e as suas comunidades será suportado pelas gerações vindouras. Antes desta última escalada, mais de 800 mil meninas e meninos em Gaza – três quartos de toda a sua população de crianças e adolescentes – foram identificados como necessitando de apoio para saúde mental e apoio psicossocial. Isso foi antes deste último pesadelo”, chamou atenção a Unicef. A crise se estende para além de Gaza, com um número significativo de vítimas na Cisjordânia, incluindo um grande número de crianças e adolescentes.
Especialistas consideram defasada pauta de Lula na ONU
BRASÍLIA, 18 de setembro de 2023 – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve apresentar sua pauta na Organização das Nações Unidas (ONU) nesta terça (19), que se concentra na transição energética no Brasil. No entanto, especialistas argumentam que essa agenda está desatualizada e não aborda adequadamente os desafios ambientais e a necessidade de ações mais inovadoras. A pauta de Lula se concentra na transição energética, mas críticos afirmam que o Brasil ainda precisa fazer muito mais para garantir que suas ações ambientais se traduzam em resultados eficazes. Embora Lula tenha recentemente enviado ao Congresso Nacional o programa “Combustível do Futuro,” que estabelece metas para reduzir o uso de combustíveis fósseis e promover a economia verde, muitos especialistas acreditam que essas propostas ainda são insuficientes. Um dos principais pontos de crítica é o foco contínuo em veículos a combustão, como o biodiesel. Especialistas argumentam que essas tecnologias estão desatualizadas e não são eficazes o suficiente para combater as mudanças climáticas. Em vez disso, eles defendem a eletrificação como uma alternativa mais sustentável. Outra preocupação diz respeito à exploração contínua de combustíveis fósseis, apesar das metas declaradas de redução. O aumento planejado do biodiesel no diesel para 15% até 2024 e o aumento da mistura de etanol na gasolina para 30% são considerados passos insuficientes para uma transição energética eficaz. Além disso, o governo está propondo o Programa Nacional de Combustível Sustentável de Aviação (ProBioQAV), que visa reduzir as emissões de gases de efeito estufa no setor aéreo até 2037. Embora seja um passo na direção certa, críticos acreditam que o governo ainda precisa adotar medidas mais abrangentes para acelerar a transição energética. A transição energética é fundamental para enfrentar as mudanças climáticas e promover uma matriz energética mais sustentável. No entanto, os especialistas argumentam que o Brasil ainda não está explorando todo o seu potencial, especialmente em fontes de energia renovável, como solar e eólica.
Presidente da Ucrânia não aplaude Lula em discurso na ONU
NOVA YORK, 19 de setembro de 2023 – Durante o discurso do presidente Lula na 78ª Assembleia Geral das Nações Unidas, um comportamento chamou a atenção: o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, não aplaudiu Lula e aparentou desinteresse pelo pronunciamento. Enquanto Lula era aplaudido cinco vezes pela plateia presente, Zelensky permaneceu indiferente, sem demonstrar apoio ao presidente brasileiro. Em várias ocasiões, foi flagrado mexendo no celular e conversando durante o discurso de Lula, contrastando com sua atitude em relação a outros líderes mundiais. A postura de Zelensky foi notadamente diferente quando Joe Biden, presidente dos Estados Unidos, fez seu discurso. O presidente ucraniano demonstrou interesse e aplaudiu quando Biden condenou a Rússia e enfatizou que apenas o presidente russo, Vladimir Putin, poderia encerrar o conflito. A relação entre Lula e Zelensky tem sido tensa, marcada por discordâncias públicas. Lula chegou a fazer declarações insinuando que a Ucrânia era parcialmente responsável pela guerra na região, o que gerou atritos diplomáticos. No passado, Lula recusou um convite de Zelensky para uma reunião bilateral durante a Cúpula do G7 no Japão, alegando “problemas de agenda”. No entanto, durante a assembleia-geral desta semana, os dois líderes buscarão uma aproximação e têm um encontro marcado para discutir suas diferenças. O Itamaraty informou que Lula pretende “ouvir” o que Zelensky tem a dizer, indicando uma tentativa de diálogo e reconciliação.