Governo Lula contrata estudos para trem São Luís-Itapecuru
MARANHÃO, 20 de agosto de 2024 – A Infra S.A. concluiu a contratação de estudos de viabilidade para reativar seis trechos da malha ferroviária federal que atualmente estão ociosos. Entre os trechos contemplados está a ligação entre São Luís (MA) e Itapecuru Mirim (MA). O investimento total nos estudos será de R$13 milhões, segundo informações divulgadas nesta terça (14). Os trechos foram selecionados pela Secretaria Nacional de Transporte Ferroviário, ligada ao Ministério dos Transportes, e abrangem diferentes regiões do país. As cidades conectadas pelos estudos incluem Brasília (DF) – Luziânia (GO), Salvador (BA) – Feira de Santana (BA), Fortaleza (CE) – Sobral (CE), Londrina (PR) – Maringá (PR), e Pelotas (RS) – Rio Grande (RS). O Consórcio Ferroviário Evtea foi o vencedor para o Lote 1, que abrange as ligações no Nordeste: Salvador (BA) – Feira de Santana (BA), São Luís (MA) – Itapecuru Mirim (MA), e Fortaleza (CE) – Sobral (CE). O grupo é liderado pela Systra Engenharia e Consultoria Ltda. e inclui as empresas Houer Consultoria e Concessões Ltda., Tylin Brazil Ltda., e M Viana Sociedade de Advogados.
Só 10% dos sites governamentais são acessíveis para deficientes
BRASIL, 18 de julho de 2024 – A pesquisa da consultoria BigDataCorp e do Movimento Web para Todos (WPT) revelou que apenas 10% dos sites governamentais brasileiros são acessíveis para pessoas com deficiência. O estudo, que está em sua quinta edição, avaliou a experiência de uso de sites por pessoas com deficiência no Brasil. A entidade analisou 26,3 milhões de sites ativos no Brasil, número 11% maior que em 2023. Desses, 90% apresentaram algum problema de acessibilidade nos cinco testes. Somente 10% não tinham falhas. Em 2023, 97,7% dos sites apresentaram problemas, com apenas 2,3% sem falhas. Thoran Rodrigues, CEO da BigDataCorp, classificou o fato de quase todos os sites governamentais ainda apresentarem problemas de acessibilidade de “alarmante”. “Apesar das variações dos dados ao longo dos anos, é visível que há uma necessidade urgente de ações mais efetivas”, afirmou. Houve uma pequena melhoria na conformidade com os testes em todas as categorias, com aumentos de 1 a 2 pontos porcentuais, em comparação ao ano anterior. Em 2022, a média de conformidade era de 0,3%, subindo para 2,6% em 2023 e 3,3% em 2024.
Maranhão ainda lidera índices de pobreza no Brasil, revela FGV
MARANHÃO, 02 de julho de 2024 – O Maranhão permanece como o estado brasileiro com a maior proporção de pessoas em situação de pobreza, segundo dados do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV IBRE). A pesquisa, baseada na Pesquisa Nacional de Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, mostra que, apesar da redução de 10,5 pontos percentuais na taxa de pobreza extrema, o estado ainda enfrenta desafios significativos. O governador do Maranhão, Carlos Brandão, reconheceu as dificuldades persistentes. “Estamos felizes pelos avanços alcançados, mas reconhecemos os desafios que ainda enfrentamos”, afirmou. Apesar da queda, o Maranhão ainda possui o maior índice de pobreza do país. Em 2021, quase 33 milhões de pessoas no Nordeste viviam em pobreza, sendo mais de 10 milhões em extrema pobreza. Naquele ano, os índices de pobreza ultrapassaram 60% em Alagoas (60,5%) e Pernambuco (60,2%), e chegaram a 66,2% no Maranhão.
Aumento do nível do mar ameaça bairros em São Luís
SÃO LUÍS, 1º de julho de 2024 – De acordo com uma pesquisa do Climate Central, o aumento do nível do mar pode afetar cerca de 2 milhões de brasileiros nos próximos anos. Capitais como Rio de Janeiro, Fortaleza, Salvador, Recife, São Luís, Aracaju, João Pessoa, Natal e Maceió estão entre as mais ameaçadas. Florianópolis, Porto Alegre e Vitória também enfrentariam mudanças, embora menos severas. Além dessas, cidades como Santos, no litoral paulista, e regiões ao longo do litoral nordestino e na divisa entre Amapá e Pará estão em risco significativo. O estudo utiliza dados do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC). Globalmente, o nível do mar subiu 9 centímetros nos últimos 30 anos, com uma projeção de aumento de até 80 cm até 2100.
BNDES estuda desenvolvimento de metrôs, BRTs e VLTs para SLZ
SÃO LUÍS, 10 de junho de 2024 – O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDES) iniciou a elaboração de uma pesquisa para mapear projetos de mobilidade urbana em 21 metrópoles do Brasil – São Luís, capital do Maranhão, aí incluída. O estudo vai se concentrar em cidades com população superior a 1 milhão de habitantes, com projetos de média e alta capacidade, como metrôs, BRTs, VLTs e trens. A informação é do Estadão. Para a produção do Estudo Nacional de Mobilidade Urbana, o Banco deverá investir R$ 27,8 milhões. O mapeamento terá duração de um ano, com parceria do Ministério das Cidades. Durante a etapa inicial, de acordo com o Banco, um dos objetivos é mapear a qualificação técnica de empresas interessadas. Ao fim do estudo, as cidades devem estar aptas para buscar alternativas de financiamento. Atualmente, o déficit de investimentos no setor atinge pelo menos R$ 300 bilhões, conforme dados da Confederação Nacional da Indústria (CNI), divulgados em 2023.
Maranhão tem baixa capacidade de adaptação a enchentes
MARANHÃO, 04 de junho de 2024 – Uma análise do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) revelou que o Maranhão possui uma das mais baixas capacidades de adaptação a desastres causados por inundações, enxurradas e alagamentos no Brasil. Segundo a plataforma Adapta Brasil, ao menos 3.679 municípios brasileiros estão na mesma situação de vulnerabilidade. A plataforma Adapta Brasil avalia a preparação das cidades para lidar com fenômenos naturais, considerando fatores como capacidade de investimento público, renda, governança e gestão de riscos. O estudo destaca que o Norte e Nordeste, juntamente com Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso, apresentam um índice de capacidade adaptativa baixo. Especificamente, Maranhão, Piauí e Paraíba possuem níveis muito baixos.
Maranhão é o 7º no Ranking Nacional de Jovens ‘Nem-Nem’
MARANHÃO, 09 de dezembro de 2023 – O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou recentemente os resultados de uma pesquisa que lança luz sobre a realidade dos jovens no Maranhão. A análise abrange o contingente de 608 mil jovens, com idades entre 15 e 29 anos, que se encontram na condição conhecida como ‘nem-nem’ – ou seja, não estudam e não trabalham. Essa categoria inclui distintas faixas etárias, destacando 32 mil jovens de 15 a 17 anos, 367 mil (60,4%) de 18 a 24 anos e 209 mil (34,4%) de 25 a 29 anos que estão inseridos nesse perfil desde o ano de 2022. Os motivos para essa desocupação variam, abrangendo desde questões relacionadas à escolaridade até fatores socioeconômicos que impactam diretamente a inserção desses jovens no mercado de trabalho ou no sistema educacional. Ao considerar os dados de 2022, o Maranhão ocupa a sétima posição no ranking nacional em proporção de jovens ‘nem-nem’.
Hidroxicloroquina pode reduzir em até 60% as hospitalizações
Um grupo de pesquisadores brasileiros e americanos publicou um estudo no qual aponta que a utilização da hidroxicloroquina contra o novo coronavírus é capaz de diminuir hospitalizações em até 60%, caso administrada logo nos primeiros sintomas. “[…] o uso precoce destes medicamentos de modo correto, sendo o paciente bem acompanhado clinicamente, traria um impacto imensurável para a saúde pública, reduzindo muito os gastos financeiros e o sofrimento dos pacientes, e com certeza evitaria a maioria dos internamentos e dos óbitos”, afirmou o responsável pelo estudo, professor Dr. Anastácio Queiroz, da Universidade Federal do Ceará (UFC). Realizado entre maio e junho de 2020, o artigo foi publicado ainda no final do ano anterior pela revista científica Travel Medicine and Infectious Disease, levando o título “Risk of hospitalization for covid-19 outpatients treated with various drug regimens in Brazil: Comparative analysis” (Risco de hospitalização para pacientes ambulatoriais de Covid-19 tratados com diversos regimes de drogas no Brasil: análise comparativa). “[…] este trabalho adiciona à crescente literatura de estudos que encontraram benefício substancial para o uso de HCQ combinado com outros agentes no tratamento ambulatorial precoce de Covid-19 e adiciona a possibilidade do uso de esteróides para aumentar a eficácia do tratamento”, defende a pesquisa. O grupo de pesquisadores observou 717 pacientes submetidos ao tratamento contra o novo coronavírus com a hidroxicloroquina e com a corticoide prednisona. Todos os observados no estudo possuíam 40 anos de idade ou mais. Após a prescrição dos medicamentos, a pesquisa apontou que houve uma queda de 50% a 60% nas hospitalizações dos infectados, pacientes estes que solicitaram emergência dos hospitais Hapvida Saúde no Ceará, Pernambuco e Bahia. “Como todos os tratamentos têm custos e benefícios, tratar todos os pacientes de alto risco precocemente exigiria um grande esforço do Sistema Público Universal (SUS) e de seus planos de saúde privados, mas seria muito menos caro do que o tratamento hospitalar, o que provavelmente seria impossível na escala necessária”, apontou o estudo, que não declarou uma conclusão definitiva sobre a utilização do medicamento. “No meio da pandemia de SARS-CoV-2, uma abordagem viável, com medicamentos baratos, baseando-se em sinais e sintomas sindrômicos em vez de escassos exames laboratoriais pode ajudar muitos pacientes e será ainda mais importante nos países em desenvolvimento”, defendeu o artigo científico.