CPI apura entidade de pesca e suspeita de repasses a deputado

BRASÍLIA, 03 de novembro de 2025 – A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do INSS ouve, nesta segunda (3), o presidente da Confederação Brasileira dos Trabalhadores da Pesca e Aquicultura (CBPA), Abraão Lincoln Ferreira da Cruz. A entidade é apontada como peça relevante nas investigações sobre fraudes que atingem aposentados e pensionistas. A cúpula da CPI considera que, embora a CBPA não figure entre as principais beneficiadas com descontos associativos irregulares, ela mantém conexões com outros núcleos do esquema investigado. Essas ligações podem abrir novas frentes de apuração. A confederação manteve relações comerciais com empresas ligadas a Antônio Camilo Antunes, conhecido como Careca do INSS, além de transações financeiras com políticos de diferentes estados, entre eles o Maranhão, o Rio Grande do Norte e a Paraíba. De acordo com um inquérito da Polícia Federal, há registros de movimentações suspeitas entre a CBPA e o deputado estadual Edson Cunha de Araújo (PSB-MA), líder da federação do Maranhão. Ele teria recebido pelo menos R$ 4,5 milhões da entidade, valor que, segundo a CPI, pode ser o dobro. A confederação também tem presença em Brasília, com assento no Conselho Nacional de Aquicultura e Pesca (Conape), representada pelo deputado Juscelino Miguel dos Anjos (Republicanos-PB). A CBPA afirmou, em nota, que apoia as investigações e reforçou seu “total apoio às instituições de controle brasileiras”, negando qualquer envolvimento em práticas fraudulentas.
Senado instaura inquérito para apurar prejuízo dos Correios

BRASÍLIA, 05 de setembro de 2025 – A Comissão de Fiscalização e Controle do Senado aprovou nesta quarta a abertura de uma investigação sobre os Correios após a estatal registrar prejuízo de R$ 2,6 bilhões em 2024. A proposta partiu da senadora Damares Alves (Republicanos-DF) e teve como relator o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ). A investigação vai apurar possíveis falhas contábeis, má gestão, riscos operacionais e fraudes na empresa estatal. O prejuízo dos Correios em 2024 é o primeiro desde 2016, quando a empresa registrou déficit de R$ 1,5 bilhão. A decisão foi motivada por denúncias recentes de irregularidades administrativas divulgadas pela imprensa. A comissão do Senado atuará em conjunto com o Tribunal de Contas da União (TCU) no processo de apuração. O plano de trabalho inclui a oitiva de diretores, ex-diretores e funcionários dos Correios, além da possibilidade de visitas in loco. O objetivo é produzir um relatório detalhado sobre as suspeitas de desvios bilionários.
Motta arquiva CPI do INSS e sinaliza fim do texto da Anistia

BRASÍLIA, 22 de maio de 2025 – O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), informou a parlamentares da oposição que não apoiará o novo texto apresentado pelo PL com o objetivo de conceder anistia parcial aos envolvidos nos atos do dia 8 de janeiro de 2023. A justificativa de Motta é que a proposta, mesmo mais restrita, poderia ser considerada inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal (STF), inviabilizando sua tramitação. O projeto elaborado pelo PL, com anuência do ex-presidente Jair Bolsonaro, previa o perdão apenas para manifestantes que participaram diretamente das ações em Brasília. Financiadores, organizadores e o próprio ex-presidente seriam excluídos da medida. O texto também estabelecia que autores de depredações continuariam respondendo judicialmente, desde que houvesse provas materiais, como fotos e vídeos. A nova proposta surgiu após Motta recusar pautar um requerimento de urgência para a votação de um projeto mais amplo, que buscava perdoar todos os investigados e condenados por atos relacionados às eleições de outubro de 2022 até os eventos de 8 de janeiro. Com a nova negativa, líderes de centro passaram a solicitar à oposição a elaboração de um novo pré-relatório, com o objetivo de buscar um consenso em futuras reuniões.
Hugo Motta barra CPI do INSS e empurra decisão para o Senado

BRASÍLIA, 20 de maio de 2025 – O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), manteve sua resistência em instalar a CPI do INSS, afirmando que há uma fila de 12 comissões parlamentares de inquérito aguardando aprovação. Em declaração nesta segunda (19), após reunião com bancos em São Paulo, Hugo Motta reforçou que o regimento interno permite apenas cinco CPIs em funcionamento simultâneo. A proposta, a primeira apresentada pela oposição, visa apurar fraudes em descontos associativos de aposentadorias e pensões, já investigadas pela Polícia Federal e Controladoria-Geral da União.
Apenas dois deputados do MA assinaram pedido de CPI do INSS

BRASÍLIA, 02 de maio de 2025 – A oposição ao governo do presidente Lula (PT) protocolou na Câmara dos Deputados o requerimento de instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar irregularidades no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). O documento recebeu 185 assinaturas, suficientes para abrir o colegiado, que deverá apurar um esquema de descontos indevidos aplicados sobre benefícios de aposentados e pensionistas. Entre os entusiasmados signatários, apenas dois deputados federais do Maranhão resolveram contribuir com suas rubricas: Allan Garcês (PP) e Aluisio Mendes (Republicanos).
Oposição protocola abertura de CPI do Roubo dos Aposentados

BRASÍLIA, 30 de abril de 2025 – Os deputados de oposição ao governo Lula conseguiram as 171 assinaturas necessárias para criar a CPI do Roubo dos Aposentados – ou, como alguns preferem chamar, a “CPI dos Descontos Associativos que Ninguém Associou”. O deputado Coronel Chrisóstomo (PL-RO), autor do requerimento, anunciou o feito durante uma audiência nada amistosa com o ministro Carlos Lupi (Previdência), que, segundo o parlamentar, está mais para “garoto-propaganda da tranquilidade” do que para fiscal de fraude bilionária. A Polícia Federal já apura um esquema que desviou R$ 6,3 bilhões de aposentados e pensionistas – dinheiro que, curiosamente, sumiu sem pedir licença. O método? Sindicatos e entidades usaram documentos falsificados para aplicar “descontos voluntários” em benefícios, muitos deles de idosos, cadeirantes e acamados que nunca autorizaram nada. O governo demitiu Alessandro Stefanutto, então presidente do INSS, depois que a PF escancarou o rombo. Mas, como bom aluno que nunca admite a cola, o Palácio do Planalto segue afirmando que tudo está sob controle – ou pelo menos era o que Lupi tentava vender na audiência, antes de ser interrompido por Chrisóstomo: “Ministro, com todo respeito, mas ou você não sabe de nada ou está fingindo muito bem. Peça para sair.”
CPI das Bets prende depoente acusado de falso testemunho

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Apostas Esportivas, conhecida como CPI das Bets, supreendeu nesta terça (29). O empresário Daniel Pardim Tavares Lima saiu do plenário direto para a prisão, sob acusação de falso testemunho. Segundo os parlamentares, Pardim ofereceu um cardápio completo de informações contraditórias e negativas ao que já constava nos autos. A prisão foi requerida pela senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS), relatora da CPI, e autorizada prontamente pelo presidente da comissão, senador Dr. Hiran (PP-RR). O ponto alto do depoimento foi a negativa de Pardim sobre conhecer Adélia de Jesus Soares, sua sócia na Peach Blossom River Technology. A empresa é peça-chave na Payflow, companhia que presta serviços para casas de apostas e está no radar da Polícia Civil do Distrito Federal por suposta lavagem de dinheiro e transações ilegais. De acordo com Soraya, o empresário começou mal, dizendo não conhecer a sócia, e piorou com o tempo, acumulando três ou quatro respostas que beiraram o absurdo. “Ninguém monta uma empresa com quem não conhece”, ironizou a senadora.
Yglésio propõe CPI para apurar acesso a dados da PGE-MA

SÃO LUÍS, 1º de abril de 2025 – O deputado estadual Yglésio Moyses (PRTB) anunciou que buscará assinaturas para instaurar uma CPI sobre o acesso de assessores do ministro Flávio Dino (STF) ao sistema da Procuradoria-Geral do Estado do Maranhão (PGE-MA). O procurador-geral do Estado, Valdênio Caminha, denunciou que os procuradores estaduais cedidos ao STF, Túlio Simões e Lucas Souza, teriam acessado indevidamente informações da PGE. Caminha formalizou um ofício ao ministro Alexandre de Moraes e à Procuradoria-Geral da República (PGR), solicitando investigação sobre o caso. No documento, Caminha incluiu uma mensagem de WhatsApp enviada por Simões a um assessor da PGE, sugerindo que ele poderia ser preso. A suspeita é que os acessos tenham sido feitos para fornecer dados ao partido Solidariedade, que questiona possível nepotismo no governo Carlos Brandão. Os assessores Simões e Souza negam qualquer irregularidade. Em nota ao jornal O Globo, afirmaram que acessaram apenas informações públicas.