Favelas crescem 95% em 12 anos e atingem 16,4 milhões

Favelas brasil

BRASIL, 12 de junho de 2025 – O número de favelas e comunidades urbanas no Brasil cresceu 95% nos últimos 12 anos. Segundo dados do Censo 2022, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o país tem 12.348 territórios populares do tipo. Em 2010, existiam 6.329. Atualmente, 16,4 milhões de pessoas vivem nessas áreas, o que equivale a 8,1% da população brasileira. Em 2010, 11,4 milhões de pessoas residiam em favelas, ou 6% da população do país naquele ano. Esse aumento, de acordo com o IBGE, pode estar ligado ao aprimoramento da coleta de dados na última década. As comunidades hoje estão distribuídas em 656 municípios, uma expansão que representa um aumento de 103% quando comparado a 2010, período em que 323 cidades tinham comunidades mapeadas.

Brasil produz adultos pobres de pais pobres

Brasil crianças

BRASIL, 12 de junho de 2025 – Que o Brasil tem mobilidade social muito baixa é algo evidente até pela paisagem urbana que afronta o dia a dia de seus cidadãos. Fosse diferente, o país não teria dobrado em 12 anos o número de favelas em seu território, de 6,3 mil para 12,3 mil, segundo o Censo de 2022 —e o de cidades com essas aglomerações, de 323 para 656. No período, os favelados passaram de 11,4 milhões a 16,4 milhões, ou 8,1% da população. Um novo levantamento do Instituto Mobilidade e Desenvolvimento Social (IMDS), com dados oficiais de renda de IBGE, Receita Federal e CadÚnico, entre outros, traz números mais precisos e inquietantes sobre as barreiras à ascensão social dos mais pobres. Considerando um período de 36 anos, suficiente para averiguar o que se passou entre uma geração e outra, o Atlas da Mobilidade Social aponta que a probabilidade de uma criança que faz parte da metade mais pobre dos brasileiros chegar ao estrato dos 10% mais ricos quando adulta é menor do que 2%. Dois terços delas muito provavelmente permanecerão entre os 50% mais pobres no futuro, e apenas 10,8% subirão ao patamar dos 25% mais ricos. O trabalho revela ainda que menos de 2% terminarão uma faculdade. Esse quadro lúgubre explica o fato de o Brasil ter uma profusão de programas assistenciais para os mais pobres, com o Bolsa Família à frente —este detém orçamento de R$ 158 bilhões e, lamentavelmente, não possui programa acoplado de inclusão produtiva. A pergunta que se impõe, no entanto, é: como se chegou a essa situação? Há duas respostas principais: educação e ambiente macroeconômico. É praticamente consensual entre especialistas que a educação é a mola para a ascensão social e aumento da renda futura. No Brasil, no entanto, as deficiências no ensino condenam a maioria dos alunos a entrar despreparados no mercado de trabalho. Há professores mal formados, sem cursos de gestão, e prefeituras que mudam a seu bel-prazer currículos até a quinta série fundamental. A oferta de empregos para os que saem da escola, por sua vez, depende da economia. Esta é marcada por altos e baixos devido a uma crônica crise fiscal. Sem estabilidade, até a educação perde seu potencial de levar estudantes a uma vida melhor. Entre 2012 e 2021, apesar do aumento de 27% nos anos de estudo dos jovens da metade mais pobre, a renda do trabalho deles caiu 26,2%, segundo a FGV Social. No período, um colapso orçamentário, na gestão de Dilma Rousseff (PT), derrubou o PIB em mais de 7% no biênio 2015-2016. É lastimável que o atual governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que se pretende comprometido com os mais pobres, não persiga solução duradoura para o equilíbrio das contas públicas. Afinal, por causa de gastos excessivos, que empurram juros para cima, os rentistas tão criticados pelo PT receberão neste ano R$ 1 trilhão do Estado. Por: Folha de S. Paulo.

1 em cada 4 brasileiros é evangélico, aponta Censo

Censo evangelicos

BRASIL, 06 de junho de 2025 – Os evangélicos representam 26,9% da população brasileira, segundo o Censo 2022 do IBGE, divulgado nesta sexta (4). O grupo religioso cresceu 5,3 pontos percentuais desde 2010, quando era 21,6%. Enquanto isso, os católicos caíram de 65% para 56,7% no mesmo período. Apesar do avanço, de acordo com o censo, o ritmo de crescimento dos evangélicos diminuiu. Entre 2000 e 2010, o aumento foi de 6,5 pontos percentuais, contra 5,3 pontos na última década. Os sem religião também cresceram, passando de 7,9% para 9,3%, incluindo ateus e agnósticos. As religiões como umbanda e candomblé subiram de 0,3% para 1%, reflexo de maior visibilidade e combate à intolerância. Já os espíritas recuaram de 2,1% para 1,8%. A queda dos católicos é histórica: eram 99,7% em 1872 e 74,1% em 2000. Em 2022, o Nordeste (63,9%) e o Sul (62,4%) concentravam as maiores proporções. O Piauí lidera (77,4%), enquanto Roraima tem o menor percentual (37,9%).

Brasil lidera ranking global de vazamento de dados online

Brasil dados

BRASIL, 05 de junho de 2025 – O Brasil ocupa a primeira posição no ranking mundial de vazamento de cookies na internet, segundo levantamento da NordStellar, braço de segurança digital da NordVPN. A pesquisa identificou 7 bilhões de arquivos associados a usuários brasileiros entre os 93,7 bilhões de cookies encontrados em fóruns clandestinos e canais do Telegram. Cookies são pequenos arquivos de texto que armazenam preferências, hábitos de navegação e credenciais. De acordo com o relatório, embora nem todos representem riscos diretos, muitos carregam informações sensíveis. A aceitação indiscriminada desses arquivos pode comprometer a privacidade e facilitar ataques cibernéticos. O estudo detalha diferentes tipos de cookies, como os próprios, de terceiros, supercookies e zumbis. Estes últimos, por exemplo, se regeneram automaticamente mesmo após a exclusão e são difíceis de remover. Supercookies, por sua vez, ficam ocultos em áreas pouco acessíveis do sistema, dificultando sua detecção.

Brasil registra mais de 4 mil focos de incêndio em maio

Incêndio queimadas

BRASIL, 03 de junho de 2025 – O Brasil contabilizou 4.263 focos de incêndio em maio de 2025, segundo o sistema BDQueimadas, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). O número representa uma queda de 32,6% em relação a maio de 2024, que somou 6.324 ocorrências. A maioria dos focos ocorreu no Cerrado, com 2.527 registros, o que equivale a 59,3% do total. O levantamento apontou o Tocantins como o estado com maior incidência no mês, com 1.062 notificações. Em seguida, aparecem Mato Grosso, com 816, e Maranhão, com 455. As queimadas atingiram todos os seis biomas do país, sendo a Amazônia o segundo mais afetado, com 836 focos de incêndio, o que representa 19,6% do total nacional. Entre 1º de janeiro e 31 de maio de 2025, o Brasil registrou 13.217 focos de incêndio. Apesar da queda em maio, o número ainda indica uma continuidade de pressão sobre os biomas, especialmente o Cerrado e a Amazônia. Os dados são consolidados pelo Inpe e mostram a abrangência das queimadas no território nacional. De janeiro a abril de 2025, a área queimada foi de 982.495 hectares, segundo o Monitor do Fogo, do MapBiomas. O número é 67,3% inferior ao mesmo período de 2024, quando o fogo atingiu cerca de 3 milhões de hectares.

Corrupção lidera preocupações dos brasileiros, diz pesquisa

Corrupção brasil

BRASIL, 30 de maio de 2025 – A corrupção é considerada o maior problema enfrentado pelo Brasil atualmente, segundo pesquisa AtlasIntel divulgada nesta sexta (30). O levantamento mostra que 59,5% dos entrevistados citaram o tema como principal preocupação. O aumento da criminalidade e do tráfico de drogas aparece em segundo lugar, citado por 50,2% dos brasileiros. Já a economia e a inflação preocupam 29,4% dos entrevistados. Cada pessoa pôde mencionar até três problemas. A pesquisa foi realizada entre os dias 19 e 23 de maio, após a revelação de um esquema de fraudes no INSS. O caso envolvia descontos indevidos aplicados a aposentados e pensionistas para beneficiar associações. Na pesquisa anterior, feita em abril, a criminalidade era o principal problema, citada por 55% dos brasileiros. A corrupção havia ficado atrás, mas agora subiu 13 pontos percentuais e assumiu a liderança na percepção pública.

Brasil volta à lista de omissos da OEA na proteção a indígenas

Indígena lula

BRASIL, 23 de maio de 2025 – A Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), ligada à Organização dos Estados Americanos (OEA), voltou a alertar para o que chama de “graves falhas” do Estado brasileiro na proteção dos povos indígenas. No relatório anual de 2024, o órgão afirma que antigas recomendações, feitas desde 2021, continuam sendo solenemente ignoradas, a despeito da criação de novas estruturas administrativas. A CIDH cita o aumento da violência armada, a permanência do garimpo ilegal e a ausência de efetividade na demarcação de terras como marcas preocupantes da atual gestão. Segundo o documento, a criação do Ministério dos Povos Indígenas e o reforço orçamentário da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) — anunciados com entusiasmo no início do atual governo — não foram suficientes para frear violações aos direitos territoriais. A comissão ressalta que os povos indígenas seguem entre os mais afetados pelas desigualdades estruturais e continuam sem acesso garantido a políticas públicas eficazes. Para a relatora da CIDH para o Brasil, Roberta Clarke, os avanços institucionais não impediram a continuidade da insegurança jurídica e das invasões de terras. “A insegurança jurídica sobre a posse de terras persiste, sobretudo diante da possibilidade de reintrodução do marco temporal”, afirmou. MARCO TEMPORAL Apesar da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que declarou inconstitucional a tese do marco temporal em 2023, o Congresso Nacional demonstrou autonomia interpretativa e aprovou, dias depois, uma lei que sustenta exatamente essa ideia. O presidente Lula vetou o projeto — em linha com a decisão do STF —, mas o veto foi prontamente derrubado pelo Legislativo, em mais um capítulo da já conhecida dificuldade de articulação entre os Três Poderes.

Calote da Venezuela chega a R$ 10 bilhões para o Brasil

Venezuela Ditadura

BRASIL, 21 de maio de 2025 – A Venezuela deve mais de US$ 1,7 bilhão (R$ 10 bilhões) ao Brasil, mas não honra os pagamentos, conforme documento enviado ao Congresso pela secretária de Assuntos Internacionais do Ministério da Fazenda, Tatiana Rosito. A dívida, herdada de financiamentos do BNDES durante os governos Lula e Chávez, inclui obras como a expansão do metrô de Caracas e a construção da Siderúrgica Nacional. Como o país não quita as parcelas, o Fundo de Garantia à Exportação (FGE), sustentado por recursos públicos, assume o prejuízo. O Tesouro Nacional já desembolsou valores para cobrir inadimplências anteriores e prevê pagar mais US$ 16 milhões (R$ 90 milhões) até junho se a Venezuela persistir no calote.

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