Brasil sobe para 14º lugar em ranking do crime organizado

BRASIL, 10 de novembro de 2025 – O Brasil registrou piora na prevalência do crime organizado, segundo relatório divulgado nesta segunda (11), pela Iniciativa Global Contra o Crime Organizado Transnacional (GI-TOC). O país ocupa agora a 14ª posição no Índice Global de Crime Organizado, que avalia 193 nações. Em 2023, o Brasil estava na 22ª colocação. A pesquisa analisou dados de 2021 a 2025 e considerou tanto o nível de criminalidade quanto a capacidade dos Estados de combater grupos criminosos. As pontuações variam de 0 a 10 e medem o impacto do crime organizado com base em fatores como estrutura das organizações e mercados ilícitos em operação. Já na classificação de resiliência, o Brasil aparece em 86º lugar, avanço em relação à 94ª posição registrada em 2023. Ainda assim, o país integra o grupo de 66 nações com alta criminalidade e baixa capacidade de enfrentamento, ao lado de México, Camboja, Rússia, Camarões e Etiópia. O pior desempenho é o de Mianmar, na Ásia. O estudo mostra que países com baixo índice de resiliência enfrentam ameaças significativas em diversos mercados ilícitos e têm falhas nos mecanismos de combate. Ranking de criminalidade Venezuela (6.97) Mianmar (8.08) Colômbia (7.82) México (7.68) Paraguai (7.48) Equador (7.48) República Democrática do Congo (7.47) África do Sul (7.43) Nigéria (7.32) Líbano (7.30) Turquia (7.20) Quênia (7.18) Iraque (7.17) Honduras (7.10) Brasil (7.07) Líbia (7.05) República Centro-Africana (7.03) Afeganistão (7.02) Camboja (7.02) Síria (6.98) Continue lendo…
Brasil tem cerca de 4 mil acidentes que causam paralisia

MUNDO, 31 de outubro de 2025 – A paralisia causada por acidentes de carro, quedas ou lesões esportivas representam mais de 90% dos novos casos em todo o mundo, conforme informação de equipe da Universidade de Tel-Aviv. No Brasil, cerca de 4 mil pessoas sofrem uma lesão na medula espinhal por ano, o que, em geral, as deixa paralisadas. Perto de 150 mil vivem com paralisia. Mas esse drama, que conta tantas histórias tristes, pode estar perto do fim. Uma equipe da universidade está prestes a implantar uma medula espinhal humana personalizada em pacientes, o que permitirá que pessoas paralisadas voltem a caminhar. O processo teve início há três anos. Na ocasião, o laboratório do professor Dvir criou uma medula espinhal humana tridimensional em laboratório. Os resultados foram publicados na revista Advanced Science. Ratos com paralisia crônica voltaram a andar depois do tratamento. Células sanguíneas do paciente passam por reprogramação genética para o transplante. Transformam-se em algo semelhante a células-tronco embrionárias, capazes de se transformar em qualquer tipo celular. Tecidos adiposos fornecem componentes como colágeno e açúcares para criar um hidrogel. Nesta composição, células crescem com a simulação da formação de uma medula espinhal. A medula lesionada pode ser reconstruída com essa tecnologia em que o tecido cicatricial é removido, a medula artificial implantada e, com o tempo, ocorre fusão com as regiões saudáveis acima e abaixo da lesão. Em modelos animais, os resultados foram notáveis, com ratos que recuperaram a capacidade de andar. “A medula espinhal transmite sinais elétricos do cérebro aos músculos”, diz Dvir. “Quando é cortada, como em acidentes ou ferimentos de combate, essa comunicação é interrompida. Pense em um cabo elétrico cortado: o sinal não passa. Essa lesão não possui capacidade regenerativa natural. Neurônios não se dividem nem se renovam. Com o tempo, o dano vira tecido cicatricial, impedindo sinais. O paciente permanece paralisado abaixo da lesão; se for no pescoço, todos os membros podem ser afetados; se na lombar, apenas as pernas.”
Mais da metade dos alimentos lançados são ultraprocessados

BRASIL, 31 de outubro de 2025 – Pesquisa do Ministério da Saúde identificou que 62% dos novos alimentos e bebidas lançados no Brasil entre 2020 e 2024 são ultraprocessados. O estudo analisou 39 mil produtos e mostrou que apenas 18,4% dos itens são in natura ou minimamente processados. O projeto, uma parceria com Anvisa, Opas e USP, tem como objetivo monitorar a qualidade nutricional dos produtos no mercado brasileiro. A predominância desses alimentos ultraprocessados constata uma oferta distante das recomendações de uma dieta saudável. O relatório, por outro lado, apontou um avanço significativo na regulação de gorduras trans. A análise de mais de 300 amostras de alimentos processados e óleos refinados não detectou a presença da substância.
Brasil é responsável por 70% da perda de florestas do mundo

BRASIL, 21 de outubro de 2025 – Apesar de algumas melhorias na última década, o estado de conservação das florestas do mundo continua a ser preocupante, de acordo com um comunicado da FAO, agência da ONU para a agricultura, divulgado nesta terça (21). O desmatamento e os incêndios – principais responsáveis pela redução da área florestal mundial – diminuíram, mas o processo de desmatamento ainda é muito rápido, especialmente no Brasil. Levando em conta as plantações florestais, a “perda líquida” de florestas é de 4,12 milhões de hectares por ano no período de 2015 a 2025, ou seja, duas a três vezes menos do que na década de 1990-2000. Mas “os ecossistemas florestais em todo o mundo ainda enfrentam dificuldades, com um ritmo atual de desmatamento ainda muito elevado, de 10,9 milhões de hectares por ano”, escreve a FAO na sua “Avaliação dos Recursos Florestais Mundiais” quinquenal.
Número de moradores de rua aumenta em mais de 100% no Brasil

BRASIL, 17 de outubro de 2025 – Cerca de 350 mil inscritos no Cadastro Único (CadÚnico), porta de entrada aos benefícios sociais do governo federal) vivem em situação de rua. Em 2019, eram 144.777. Foi um avanço de 142% desde então. O aumento dessa população contrasta com o avanço de indicadores socioeconômicos no Brasil, muitos deles em seu melhor patamar histórico. Na sexta passada, o IBGE divulgou que o número de brasileiros em insegurança alimentar grave (risco de fome) recuou em 2,2 milhões, para 6,4 milhões, menor patamar já registrado. Em julho, a ONU tirou o país do mapa da fome, ao constatar que menos de 2,5% da população brasileira corre risco de subnutrição. A miséria e a taxa de desemprego nunca foram tão baixas no país, e a renda do brasileiro cresce. O Bolsa Família, principal programa social do governo, alcança 20 milhões de famílias, um salto em relação às 13 milhões de 2019.
Brasil tem mais de 200 mil pessoas em prisão domiciliar

BRASIL, 15 de outubro de 2025 – O Brasil registra mais de 200 mil pessoas cumprindo prisão domiciliar atualmente. Os dados do Departamento Penitenciário Nacional mostram que o número chegou a 235,8 mil no primeiro semestre de 2025. Em comparação, existiam apenas 6 mil pessoas nessa situação em 2016, o que configura um crescimento de mais de três mil vezes em dez anos. As informações incluem presos com e sem tornozeleira eletrônica. A população prisional total do país soma 941,7 mil indivíduos, sendo 705,8 mil em unidades prisionais físicas. Dessa forma, a prisão domiciliar responde por uma parte significativa do sistema. Estados como Paraná, Rondônia e Amazonas possuem mais da metade de seus detentos nesse regime, com percentuais superiores a 50%.
Licenças por transtornos mentais crescem no Brasil

BRASIL, 30 de setembro de 2025 – O Brasil registrou aumento expressivo de afastamentos por transtornos de saúde mental nos últimos dez anos. Dados do Ministério da Previdência indicam que as licenças por depressão e ansiedade passaram de 90 mil em 2015 para mais de 307 mil em 2024, alta de 241%. O crescimento preocupa famílias, empresas e o setor produtivo, que buscam alternativas para lidar com o impacto. Uma pesquisa realizada pela plataforma Doctoralia com 3,4 mil entrevistados revelou que quase 20% dos pacientes interromperam o tratamento por não conseguirem arcar com os custos. Especialistas recomendam a combinação de psicoterapia e uso de medicação, com acompanhamento profissional constante, como forma adequada de cuidado. Segundo Luiz Monteiro, presidente da Associação Brasileira das Empresas Operadoras de Planos de Medicamentos (PBMA), o preço dos remédios é um dos principais motivos para o abandono de terapias. Ele afirmou que subsídios permitem descontos que chegam a 100%, garantindo continuidade no tratamento e evitando desistências por dificuldades financeiras.
Violência escolar aumenta mais de 200% no Brasil em 10 anos

BRASIL, 29 de setembro de 2025 – O número de vítimas de violência escolar no Brasil aumentou 254%, entre 2013 e 2023, passando de 3,7 mil para 13,1 mil, segundo dados do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC), divulgados neste mês de setembro. Em 2023, o Disque 100 recebeu mais de 1,2 mil denúncias de agressões a professores Especialistas que acompanham o tema consideram que a escalada da violência está ligada, entre outros fatores, à falta de segurança nas escolas, à precarização das condições de trabalho dos professores e à ausência de políticas públicas de prevenção. Em audiência realizada no Senado em agosto, antes da divulgação dos dados atuais, foi debatida a importância da votação de projeto de lei (PL 5.671/2023) que estabelece ações obrigatórias para unidades de ensino públicas e privadas, segundo a Agência Senado. O projeto também altera a lei que trata do Fundo Nacional de Segurança Pública para garantir financiamento específico às medidas previstas.