Brasil volta a ranking mundial de crianças não vacinadas

MARANHÃO, 16 de julho de 2025 – O Brasil voltou a integrar o grupo dos 20 países com maior número absoluto de crianças não vacinadas, conforme relatório divulgado na segunda (14) pelo Unicef e pela Organização Mundial da Saúde (OMS). O levantamento revela que 229 mil crianças brasileiras não receberam, em 2024, a primeira dose da vacina DTP, que protege contra difteria, tétano e coqueluche. Esse número mais que dobrou em relação ao registrado em 2023, quando 103 mil crianças ficaram sem a imunização. Dessa forma, o Brasil passou a concentrar 16,8% de toda a população infantil não vacinada na América Latina e no Caribe, ocupando agora a 17ª posição no ranking global. Apesar do aumento no número de crianças não vacinadas, a cobertura da primeira dose da DTP tem apresentado sinais de recuperação. Entre 2000 e 2012, o país mantinha taxas próximas de 99%. No entanto, a partir de 2019, a cobertura caiu para 70%. Durante a pandemia de Covid-19, em 2021, o índice atingiu o ponto mais baixo, com apenas 68% das crianças imunizadas. Em 2024, esse percentual subiu para 91%, indicando uma retomada, ainda que insuficiente diante dos números absolutos de não vacinados. No total, 2,3 milhões de crianças receberam neste ano a primeira dose da vacina pentavalente, versão brasileira que também protege contra hepatite B e haemophilus influenza tipo B. Na América Latina, o México é o único país com número superior ao do Brasil, contabilizando 341 mil crianças sem vacinação. Globalmente, nove países concentram mais da metade das crianças não vacinadas, entre eles Nigéria, Índia e Etiópia. O relatório da OMS e do Unicef mostra que 14,3 milhões de crianças seguem totalmente vulneráveis a doenças preveníveis por vacinas. Outras 5,7 milhões possuem imunização incompleta. Nenhuma das 17 vacinas monitoradas em 2024 atingiu cobertura de 90% ou mais.
Brasil fica atrás de Cuba e se aproxima da Venezuela em ranking

BRASIL, 14 de julho de 2025 – Pior do que Cuba e um pouquinho melhor do que a Venezuela, o Brasil está entre os países com pior desempenho no Índice Global da Paz 2025. Segundo o levantamento do Institute for Economics & Peace (IEP), sediado na Austrália, o Brasil ocupa a 130ª posição entre 163 países — uma queda de 27 posições em relação a 2015, quando figurava no 103º lugar. Cuba aparece na 102ª colocação, e a Venezuela, na 139ª. O pior desempenho da América Latina é da Colômbia, que está em 140º lugar. O índice avalia 23 indicadores, divididos em três pilares: nível de segurança social, conflitos internos e externos, e grau de militarização. Juntos, os dados cobrem territórios que representam 99,7% da população mundial. Apesar de o Brasil ter subido uma posição em relação a 2024 — quando estava em 131º lugar —, a tendência de longo prazo é de queda contínua. O desempenho mais crítico do país é na gestão da segurança e dos programas de proteção social, em que ocupa a 149ª colocação. Em relação aos conflitos, o Brasil teve piora em 2025, comparado ao ano anterior. Por outro lado, houve leve melhora nos indicadores de segurança e proteção social e no nível de militarização. Cuba também sofreu uma queda em seu desempenho. O país caiu do 98º lugar em 2024 para a 102ª posição em 2025. Apesar disso, apresenta indicadores mais favoráveis do que o Brasil no quesito segurança e proteção social. A Venezuela, por sua vez, vive uma crise prolongada, marcada por uma paz frágil. Mesmo tendo subido três posições em relação a 2024, passando da 142ª para a 139ª colocação, a melhora não representa avanço real, mas sim um agravamento da situação em outros países.
Casos de antissemitismo crescem no Brasil após conflito árabe

BRASIL, 14 de julho de 2025 – Ataques verbais, agressões físicas e discursos de ódio contra judeus têm se tornado cada vez mais comuns no Brasil desde o conflito entre Israel e Hamas em outubro de 2023. De acordo com a Confederação Israelita do Brasil (Conib), o país registrou um aumento de 1.000% nos casos de antissemitismo no primeiro mês da guerra, comparado ao mesmo período de 2022. Em 2024, foram contabilizadas 1.788 denúncias, um crescimento de 350% em relação a 2022. Em São Paulo, um jovem judeu relatou ter sido ameaçado por manifestantes pró-Palestina na Avenida Paulista em novembro de 2024. No Rio Grande do Sul, a Federação Israelita local foi alvo de protestos com cartazes exaltando o Hamas e gritos de “do rio ao mar, Palestina livre”. Segundo Daniela Russowsky Raad, presidente da entidade, tais atos negam o direito de existência de Israel e ecoam discursos de ódio históricos.
Brasil arrecada R$ 2 trilhões em impostos em 2025

MARANHÃO, 04 de julho de 2025 – O painel que contabiliza a carga tributária no Brasil registrou R$ 2 trilhões em arrecadação de impostos nesta quinta (3). O valor é 11,1% superior ao mesmo período de 2024, quando totalizou R$ 1,8 trilhão. A marca foi alcançada pela primeira vez há dez anos, em dezembro de 2015, segundo a Associação Comercial de São Paulo (ACSP). O cálculo inclui impostos federais, estaduais e municipais, além de taxas, multas e contribuições. O site do Impostômetro ilustra o montante com exemplos: R$ 2 trilhões equivalem a 64 milhões de carros populares Fiat Mobi ou 5 milhões de BMW M2. Também seria possível pagar 50 salários mínimos por mais de 3,5 milhões de anos.
Dívida bruta do Brasil deve ultrapassar 100% do PIB até 2030

BRASIL, 27 de junho de 2025 – A IFI (Instituição Fiscal Independente) do Senado Federal estima que a DBGG (Dívida Bruta do Governo Geral) passará de 100% do PIB (Produto Interno Bruto) em 2030. A dívida bruta do Brasil foi de 76,2% do PIB em abril, último dado disponível na série histórica do BC (Banco Central). Subiu 4,5 pontos percentuais no governo Lula (PT). Segundo a IFI, a dívida terminará 2025 a 77,6% do PIB. Subirá para 82,4% no fim do governo Lula. A trajetória será de alta até, pelo menos, 2035, quando atingirá 124,9% do PIB. A IFI disse que, em eventual cenário otimista, a dívida pública terminaria 2025 a 76,4% e aumentaria para 79,6% no fim do governo Lula. Teria trajetória de alta até 2035, aos 90,1% do PIB. Por outro lado, no cenário mais pessimista, a DBGG seria maior que 100% do PIB em 2029. Ficaria em 170,3% em 2035. O texto foi o 1º divulgado depois de o governo ter anunciado um congelamento de R$ 31 bilhões nos gastos discricionários e ter feito duas ações para aumentar a arrecadação: O governo pretende arrecadar R$ 31,4 bilhões em 2025 e em 2026 com as medidas. O maior impacto será com a mudança de regra para a compensação tributária na Receita Federal. Dará R$ 20 bilhões até o fim do governo, segundo a equipe econômica.
Brasil atinge maior número de queimadas em 40 anos em 2024

BRASIL, 24 de junho de 2025 – O Brasil registrou em 2024 o maior índice de queimadas desde 1985, com cerca de 30 milhões de hectares consumidos pelo fogo, segundo o Relatório Anual do Fogo divulgado nesta terça (24). Os dados, baseados em imagens de satélite, mostram um crescimento de 62% em relação à média histórica do Brasil, com destaque para a Amazônia, onde a área queimada foi 117% superior ao padrão registrado nas últimas décadas. A Amazônia liderou os índices de destruição, com 15,6 milhões de hectares atingidos, respondendo por mais de 50% do total no país. O Pantanal teve o maior aumento proporcional (157%), seguido pela Mata Atlântica, que registrou área queimada 261% maior que a média histórica.
Brasil supera apenas a Venezuela em ranking de eficiência

BRASIL, 24 de junho de 2025 – O Brasil aparece na 68ª posição entre 69 países no Ranking de Competitividade Global, atrás apenas da Venezuela, segundo relatório divulgado pelo International Institute for Management Development (IMD) em parceria com a Fundação Dom Cabral (FDC). O estudo avalia critérios como eficiência governamental, infraestrutura, desempenho econômico e ambiente empresarial. No topo do ranking, destacam-se Suíça (1º), Cingapura (2º) e Hong Kong (3º). Na parte inferior, além da Venezuela (69º), aparecem Namíbia (68º), Nigéria (67º) e Turquia (66º). Apesar do resultado ruim em eficiência governamental, o Brasil subiu quatro posições no índice geral, passando da 62ª para a 58ª colocação. Entre os principais problemas do país estão o alto custo de capital, protecionismo e ineficiência nas finanças públicas. Além disso, o Brasil ocupa a 67ª posição em legislação trabalhista e adaptabilidade de políticas.
Canadá alerta cidadãos para riscos de violência no Brasil

CANADÁ, 23 de junho de 2025 – O Canadá atualizou seu alerta de viagem para o Brasil, recomendando que seus cidadãos mantenham um “alto grau de cautela” devido aos elevados índices de criminalidade e violência urbana. A orientação, publicada pelo Departamento de Assuntos Globais do país, destaca riscos como assaltos, sequestros-relâmpago e confrontos armados envolvendo gangues e grupos criminosos. A classificação colocou o Brasil no segundo patamar de uma escala de quatro níveis, que varia desde “tome precauções normais” até “evite todas as viagens”. O aviso não proíbe deslocamentos, mas reforça a necessidade de medidas preventivas. Embora não especifique cidades, relatórios internacionais frequentemente citam Rio de Janeiro, São Paulo, Recife e Salvador como locais com maior incidência de crimes violentos. Além disso, o governo canadense ressaltou que incidentes podem ocorrer em diferentes regiões urbanas do país. A medida segue tendência de outras nações, como EUA, Reino Unido, França e Alemanha, que também emitiram alertas semelhantes nos últimos anos. O Brasil é um destino relevante para turistas, negócios e imigrantes canadenses, além de abrigar uma comunidade expressiva de brasileiros no Canadá.