
BRASIL, 06 de junho de 2025 – Os evangélicos representam 26,9% da população brasileira, segundo o Censo 2022 do IBGE, divulgado nesta sexta (4). O grupo religioso cresceu 5,3 pontos percentuais desde 2010, quando era 21,6%. Enquanto isso, os católicos caíram de 65% para 56,7% no mesmo período.
Apesar do avanço, de acordo com o censo, o ritmo de crescimento dos evangélicos diminuiu. Entre 2000 e 2010, o aumento foi de 6,5 pontos percentuais, contra 5,3 pontos na última década. Os sem religião também cresceram, passando de 7,9% para 9,3%, incluindo ateus e agnósticos.
As religiões como umbanda e candomblé subiram de 0,3% para 1%, reflexo de maior visibilidade e combate à intolerância. Já os espíritas recuaram de 2,1% para 1,8%.
A queda dos católicos é histórica: eram 99,7% em 1872 e 74,1% em 2000. Em 2022, o Nordeste (63,9%) e o Sul (62,4%) concentravam as maiores proporções. O Piauí lidera (77,4%), enquanto Roraima tem o menor percentual (37,9%).
Entre jovens de 10 a 14 anos, 31,6% são evangélicos, contra 19% acima de 80 anos. Já os católicos representam 72% entre idosos e 51,2% na faixa de 20 a 29 anos. A Região Norte tem a maior proporção de evangélicos (36,8%), com destaque para o Acre (44,4%).
Elas representam 55,4% dos evangélicos e 60,6% dos espíritas. Homens predominam entre os sem religião (56,2%). Brancos têm maior proporção de católicos (60,2%), enquanto indígenas lideram entre evangélicos (32,2%).
Seguidores de tradições indígenas têm a maior taxa de analfabetismo (24,6%), seguidos por católicos (7,8%). Espíritas lideram em ensino superior completo (48%), enquanto 53,6% dos indígenas não completaram o fundamental.