Brasil registra recorde anual de casos de dengue em 2024

BRASIL, 19 de março de 2024 – O Brasil registrou 1.889.206 casos prováveis de dengue até março, marcando o maior surto anual da doença neste século. Comparado ao ano de 2015, anteriormente considerado o pior, com 1.688.700 casos, a atual situação demanda uma atenção especial das autoridades de saúde. A escalada dos casos de dengue tem preocupado tanto os especialistas quanto as autoridades responsáveis pela gestão da saúde no país. Segundo o Ministério da Saúde, há uma expectativa de que haja uma diminuição das infecções nas próximas semanas. No entanto, especialistas alertam que o pior ainda está por vir, com o pico da doença previsto para os meses de abril e maio. Diversos fatores têm contribuído para o aumento alarmante dos casos de dengue no Brasil. Entre eles, destacam-se as mudanças climáticas e os fenômenos como El Niño.
Fim dos supersalários economizaria R$ 3,8 bi aos cofres públicos

BRASIL, 16 de março de 2024 – Em janeiro deste ano, 1.965 servidores públicos federais receberam um salário maior que o do presidente Lula (PT). No mesmo mês, 77 funcionários da Câmara dos Deputados tiveram um contracheque maior que o do presidente do Congresso, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Também em janeiro, 15.704 juízes ganharam mais que o presidente do STF, Luís Roberto Barroso. Estas três autoridades – Lula, Barroso e Pacheco – receberam um salário de R$ 41.650,92 em janeiro. É o máximo que um servidor público poderia ganhar naquele mês no Brasil, de acordo com a Constituição. O valor é equivalente ao salário de um ministro do STF, como manda a Carta Magna. Um grupo de funcionários, porém, consegue incorporar outras vantagens e benefícios por fora, criando supersalários. O fim dos supersalários faria com que o poder público economizasse R$ 3,75 bilhões por ano e pudesse investir o dinheiro em áreas como saúde, segurança e preservação do meio ambiente. O impacto foi calculado pelo Centro de Liderança Pública (CLP) com base no projeto de lei que acaba com os salários acima do teto permitido pela Constituição. A proposta está parada no Senado. O valor é suficiente para bancar, por exemplo, todas as ações do Ministério do Meio Ambiente, incluindo a fiscalização ambiental nos biomas brasileiros. Com o montante, também seria possível incluir 500 mil pessoas no Bolsa Família. Além disso, a quantia equivale a quase um terço do que o Ministério dos Transportes gasta com investimentos em rodovias.
Brasil cai em ranking de liberdade econômica

BRASIL, 16 de março de 2024 – A nova edição do Índice de Liberdade Econômica da Heritage Foundation, divulgada recentemente, revela uma queda na posição do Brasil, colocando-o em 124º lugar entre 184 países avaliados. Isso indica que 123 nações, incluindo Bangladesh, Costa do Marfim, Camboja e Angola, possuem uma economia mais livre que a brasileira. A classificação reflete uma tendência de estagnação e até mesmo regressão nas políticas que regem a liberdade econômica no país. Embora o Brasil tenha melhorado ligeiramente sua posição em comparação com o ano anterior, graças à piora de outros países, sua pontuação caiu 0,3 ponto, ficando em 53,2 em uma escala que vai até 100. Essa pontuação está abaixo da média global (58,6 pontos) e da média regional (58 pontos), mostrando uma lacuna significativa em relação a outros países.
Câncer colorretal deve afetar mais de 100 mil brasileiros até 2025

BRASIL, 14 de março de 2023 – Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), mais de 136 mil brasileiros podem ser afetados pelo câncer de intestino, também chamado de câncer colorretal, até 2025, com um aumento de 10% nas mortes prematuras até 2030. O câncer de intestino, que inclui tumores malignos no cólon e no reto, está se tornando uma das principais causas de mortalidade por câncer no país. De acordo com especialistas, fatores como maus hábitos alimentares, consumo excessivo de carnes vermelhas e processadas, sedentarismo e obesidade estão associados ao aumento do risco dessa doença.
Brasil cai duas posições no ranking do IDH

O Brasil caiu duas posições no ranking do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), divulgado nesta quarta (13) pela Organização das Nações Unidas (ONU). O país passou a ocupar a posição 89 da lista, que tem 193 países. O IDH mede dados como os de expectativa de vida, renda e escolaridade da população a partir de um índice que vai de 0 a 1 – quanto mais perto de 1, melhor. Os dados coletados para a elaboração do ranking são de 2022, durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro. No mundo inteiro, o IDH avançou, mas de forma de desigual, segundo o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), que elabora o ranking anual. A partir dos dados dos 193 países — todos referentes a 2022 — o PNUD diz ter observado que a recuperação dos anos da pandemia tem sido um processo “parcial, incompleto e desigual”: Suíça, Noruega e Islândia lideram a lista. No fim dela, ficaram Somália, Sudão do Sul e República Centro-Africana. Na América do Sul, o Brasil está atrás do Chile (44º lugar), Argentina (48º) e Uruguai (52º). Continue lendo…
Natural de Barra do Corda é convocado para a Seleção Brasileira

BRASIL, 12 de março de 2024 – O técnico da Seleção Brasileira, Dorival Júnior, surpreendeu ao anunciar na noite de segunda (11) a convocação do atacante maranhense Wenderson Galeno, de 26 anos, para os amistosos contra Inglaterra e Espanha, nos dias 23 e 26 de março. A escolha de Galeno ocorre após Gabriel Martinelli, do Arsenal, ser cortado devido a uma lesão no pé. Inicialmente cotado para defender Portugal, Galeno, que adquiriu a nacionalidade portuguesa, fará sua estreia com a camisa do Brasil.
População de rua cresceu quase 10 vezes desde 2013, diz Ipea

BRASIL, 27 de fevereiro de 2024 – A população em situação de rua no Brasil aumentou 935,31% nos últimos dez anos, segundo levantamento do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) com base em dados do CadÚnico (Cadastro Único) do governo federal. O número de pessoas cadastradas saltou de 21.934 em 2013 para 227.087 até agosto de 2023. Entre as causas do problema estão exclusão econômica, que envolve insegurança alimentar, desemprego e déficit habitacional; ruptura de vínculos familiares; e questões de saúde, especialmente de saúde mental. Problemas familiares ou com companheiros foram apontados como motivo para sair de casa por 47,3% das pessoas em situação de rua. O desemprego foi citado por 40,5%, enquanto alcoolismo e abuso de outras drogas foram mencionados 30,4%. Perda de moradia foi citada por 26,1%. A análise aponta que 60% das pessoas em situação de rua não vivem na cidade em que nasceram, mas 70% delas vivem no mesmo estado de nascimento. O levantamento mostra ainda que, no geral, o movimento é das periferias em direção aos centros metropolitanos. Do total de pessoas em situação de rua no Brasil, 10.586 são estrangeiros (4,7%), sendo 3.175 da Venezuela, 423 de outros países latino-americanos e caribenhos, 3.387 de Angola, 635 de outros países africanos, e 1.587 de países da Ásia. Ainda segundo o estudo do Ipea, 69% das pessoas em situação de rua são negras (51% pardos e 18% pretos). A idade média das pessoas nas ruas é 41 anos. Os jovens entre 18 e 29 anos somam 15% do total, e aqueles com idade de 50 a 64 anos correspondem a 22%. Crianças e adolescentes somam 2,5%, e idosos, 3,4%.
Brasil pode ter recorde de casos de dengue em 2024

BRASIL, 09 de fevereiro de 2024 – O Brasil enfrenta a possibilidade de registrar o maior número de casos de dengue em sua história, alcançando até 5 milhões de casos em 2024, conforme estimativas do Ministério da Saúde. Ethel Maciel, secretária de Vigilância em Saúde, apresentou projeções que variam de 1,7 milhão a 5 milhões de incidências da doença neste ano, com uma média de 3 milhões. A análise foi realizada em colaboração com o InfoDengue, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). O aumento previsto é atribuído a diversos fatores, especialmente o calor intenso e chuvas fortes, além do recente ressurgimento dos sorotipos 3 e 4 do vírus no país. Atualmente, os quatro sorotipos (1, 2, 3 e 4) circulam no Brasil, uma situação considerada “incomum”, conforme destacado por Ethel. O Ministério da Saúde alerta para um cenário epidêmico no Centro-Oeste e risco de epidemia no Sudeste, com Minas Gerais e Espírito Santo em destaque. No Sul, o Paraná é o principal estado em risco, enquanto no Nordeste, apesar do aumento dos casos, não é esperado um nível epidêmico. Em 2023, o país enfrentou um recorde de mortes por dengue, totalizando 1.079 óbitos confirmados e 211 em investigação. Houve 1.641.278 diagnósticos prováveis da infecção, com 52.160 hospitalizações, representando um aumento de 17,8% em relação ao ano anterior. Apesar disso, os números foram inferiores a 2015, quando o país registrou 1,7 milhão de casos de dengue. O Brasil liderou os casos globais de dengue em 2023, conforme indicado por um levantamento da Organização Mundial da Saúde (OMS).