
BRASÍLIA, 20 de fevereiro de 2025 – A Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentou denúncia contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, incluindo crimes não sustentados pela Polícia Federal (PF) em seu relatório sobre a suposta tentativa de golpe de 2022.
O procurador-geral da República, Paulo Gonet, responsabiliza Bolsonaro por dano ao patrimônio da União e deterioração de bens tombados, com base nos atos de 8 de janeiro de 2023.
A PGR sustenta que Bolsonaro teria aprovado um plano para assassinar o presidente Lula, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. A denúncia solicita a fixação de um valor mínimo para reparo dos danos causados pelos envolvidos, incluindo Bolsonaro.
Entre as evidências apresentadas, estão mensagens de WhatsApp que, segundo a PGR, demonstrariam seu envolvimento. Um dos exemplos citados é uma mensagem de 2 de janeiro de 2023, enviada pelo major da Aeronáutica Maurício Pazini Brandão, mencionando uma ação aguardando implementação.
O documento, porém, não apresenta resposta de Bolsonaro, que na época estava nos Estados Unidos.
CONFLITO ENTRE PGR E DEPOIMENTOS
O relatório da PF não incluiu a acusação de envolvimento de Bolsonaro nos atos de 8 de janeiro nem menção a um suposto aval ao plano de assassinato.
Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, afirmou em depoimento que suas mensagens não tinham relação com os eventos do dia. “Ministro, o dia 8 foi uma surpresa para todo mundo”, declarou a Alexandre de Moraes, reforçando que os militares estavam de férias.
A PGR menciona ainda o chamado plano “Punhal Verde Amarelo”, supostamente elaborado pelo general da reserva Mário Fernandes, que previa o assassinato de Moraes, Lula e Alckmin.
Segundo a PF, Bolsonaro teria conhecimento do plano por meio de um documento impresso no Palácio do Planalto. No entanto, a PGR alega que ele não apenas tomou ciência, mas também o endossou. A suposta ação não teria sido executada devido à recusa do então comandante do Exército, Marco Antônio Freire Gomes, em aderir ao esquema.
A denúncia agora segue para análise do Supremo Tribunal Federal, que decidirá sobre a abertura da ação penal contra Bolsonaro.
Uma resposta
Esse Procurador, tá querendo agradar o ex presidiário que botou ele lá .