
Em tempos em que a imprensa se arroga de forma quase que sacerdotal a prerrogativa sobre a verdade e a virtude, a perda de um profissional verdadeiramente virtuoso e verdadeiro soa de forma mais aterradora do que qualquer tragédia.
Há muito menos jornalistas dignos do que faz parecer nossa categoria e há alguns, uns poucos, de dignidade colossal, incomum e de raridade poderosa.
Roberto Fernandes foi um jornalista de técnica inquestionável, simpatia absurda e de caráter irretocável.
Aliás, em tempos de opção quase que obrigatória por qual rebanho seguir e por qual ideologia acabar pastoreado, ser alguém que não se pode inserido em rebanhos é algo extraordinário.
Roberto Fernandes era um jornalista da qual a individualidade se encarregará de escrever seu nome na história. E justamente por isso sua perda será tão sentida, por ser um indivíduo.
Bons momentos naquele café, professor.
Uma resposta
Acabou de passar no jornal que ele ñ morreu não