VENEZUELA, 05 de agosto de 2024 – O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, intensificou a repressão em seu governo, com mais de 2 mil venezuelanos presos após protestos em Caracas. As manifestações ocorreram após denúncias de fraude eleitoral, e o governo de Maduro reagiu com a maior repressão de seus 11 anos no poder.
Durante uma coletiva de imprensa, Maduro prometeu enviar os manifestantes para prisões de segurança máxima por até 30 anos.
Os protestos surgiram após a oposição, liderada por María Corina Machado e Edmundo González, publicar resultados eleitorais detalhados, alegando vitória.
A alegação contradiz os números divulgados pelo governo, que declarou Maduro vencedor com 51,95% dos votos. A oposição, no entanto, apresentou evidências de que González obteve quase 70%.
Em sua primeira coletiva de imprensa internacional em quase dois anos, Maduro demonstrou frustração e raiva, criticando a mídia internacional e a oposição. Ele acusou seus opositores de tentar incitar uma guerra na Venezuela, comparando a situação a conflitos em outros países.
Além disso, o presidente venezuelano afirmou que Machado e González deveriam ser presos.
A intensificação da repressão e a possibilidade de manipulação eleitoral podem afetar negativamente a economia do país. Empresas e investidores que recentemente firmaram acordos de petróleo podem reconsiderar suas operações, o que é crucial para aumentar a produção e arrecadar divisas.
A comunidade internacional, especialmente os Estados Unidos, enfrenta dificuldades para lidar com a situação na Venezuela, já que anos de sanções não conseguiram mudar a postura de Maduro.
A comunidade internacional e a oposição dentro da Venezuela esperam uma resposta para a crise. Maria Gomez, uma eleitora de longa data do Chavismo, expressou preocupação com a situação atual e esperanças de que a comunidade internacional possa ajudar Maduro a “voltar à realidade”.
No entanto, a realidade política e econômica da Venezuela continua complexa e incerta.