MARANHÃO, 21 de agosto de 2024 – O Maranhão é um dos Estados que tiveram as maiores reduções de vegetação nativa entre 1985 e 2023, segundo dados divulgados pelo MapBiomas nesta quarta (21). O Estado passou de 88% em 1985 para 61% em 2023, uma queda de 27%.
O estudo analisa as perdas das áreas naturais que incluem vegetação nativa, superfície de água e áreas naturais não vegetadas, como praias e dunas. Os Estados com maior proporção são Amapá (95%), Amazonas (95%) e Roraima (93%). Já os Estados com menor proporção são Sergipe (20%), São Paulo (22%) e Alagoas (23%).
No caso do Matopiba, no Cerrado (região que reúne Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), todos os Estados têm pelo menos um município com mais de 30% de perda entre 2008 e 202, ainda segundo o estudo.
Os Estados com maior proporção de municípios com perda são Rondônia (96%), Tocantins (96%) e Maranhão (93%).
“A perda da vegetação nativa nos biomas brasileiros tende a impactar negativamente a dinâmica do clima regional e diminui o efeito protetor durante eventos climáticos extremos. Em síntese, representa aumento dos riscos climáticos. Uma parte significativa dos municípios brasileiros ainda perde vegetação nativa; mas, por outro lado, os últimos quase ⅓ dos municípios brasileiros estão recuperando áreas de vegetação nativa”, comenta o coordenador geral do MapBiomas, Tasso Azevedo.
Quando se observa o panorama geral, de acordo com o MapBiomas, o Brasil perdeu 33% das áreas naturais até 2023.