
COREIA DO SUL, 04 de abril de 2025 – A Justiça da Coreia do Sul confirmou nesta sexta (4) o impeachment do presidente Yoon Suk Yeol. O Tribunal Constitucional decidiu por unanimidade destituí-lo do cargo, encerrando suas chances de retorno ao governo.
Com a decisão, o primeiro-ministro Han Duck-soo assume interinamente até a realização de novas eleições presidenciais, previstas para ocorrer em até 60 dias.
A destituição ocorre quatro meses após uma tentativa fracassada de autogolpe. Em dezembro, o Parlamento aprovou seu afastamento sob a acusação de violação constitucional, interferência no Judiciário e supressão de direitos fundamentais.
O Tribunal considerou ilegal sua decisão de decretar lei marcial, apontando que a medida atentou contra a estabilidade democrática do país.
A oposição celebrou a decisão como uma vitória popular, enquanto aliados de Yoon aceitaram a determinação judicial. O clima em Seul segue tenso, com protestos contrários e favoráveis à destituição. Para conter distúrbios, o governo mobilizou 14 mil policiais.
Yoon se torna o segundo presidente sul-coreano a sofrer impeachment, após Park Geun-hye, destituída em 2017. Ele é investigado por insurreição e pode enfrentar pena de prisão perpétua ou até mesmo a pena de morte. Desde janeiro, ele estava preso por obstrução das investigações, mas foi liberado em agosto devido a falhas processuais.
O líder da oposição, Lee Jae-myung, aparece como favorito nas pesquisas para a próxima eleição.