GESTÃO SUSPEITA

Empresa reduz médicos nas UTIs do Hospital da Criança em SLZ

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Hospital empresa
Nova gestora corta equipe de 53 para 18 pediatras e oferece R$ 8 mil por plantão, alegando ter apoio do Ministério Público e da Secretaria de Saúde de São Luís.

SÃO LUÍS, 17 de outubro de 2025 – Desde segunda (13), o atendimento nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) do Hospital da Criança, em São Luís, passou a ser administrado pelo Instituto Brasileiro de Serviços Médicos (IBMED).

A nova empresa, vencedora do Pregão Eletrônico nº 90.046/2025, assumiu o contrato em meio a questionamentos sobre a redução no número de profissionais e o modelo de contratação adotado.

Segundo funcionários da unidade, o quadro de 53 médicos que atuava nas UTIs foi reduzido para apenas 18 pediatras. A mudança, conforme relatos internos, teria elevado o risco de sobrecarga e afetado a qualidade da assistência em um setor que exige atendimento contínuo e especializado.

Segundo O Informante, para formar as novas escalas, a IBMED teria oferecido R$ 8 mil por plantão a médicos interessados, valor que antes seria suficiente para cobrir três profissionais, segundo fontes do hospital. Mensagens de WhatsApp enviadas pela empresa indicam a oferta dos novos valores e a busca urgente por pediatras disponíveis.

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Durante o processo de contratação, a IBMED afirmou contar com suposto “apoio irrestrito” da Secretaria Municipal de Saúde (Semus) e do Ministério Público.

O uso do nome de órgãos públicos e de fiscalização como argumento de recrutamento gerou estranhamento entre profissionais da área e levantou dúvidas sobre a natureza dessa relação institucional.

SEMUS REBATE

A Semus informou que o contrato foi firmado por meio de licitação regular, substituindo vínculos temporários por modelo licitado. Em nota, a secretaria destacou que “o valor do plantão é igual ao pago anteriormente e a quantidade mínima de profissionais está em conformidade com a resolução vigente”.

Ainda segundo a pasta, todos os médicos contratados são pediatras e especialistas e que parte dos antigos profissionais teria recusado trabalhar pela empresa vencedora e atribuiu as críticas a um possível movimento político.

O órgão também afirmou que o Ministério Público acompanhou todo o processo licitatório e de transição contratual.

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