SÃO LUÍS, 14 de agosto de 2024 – O deputado estadual Soldado Leite usou a tribuna da Assembleia Legislativa nesta quarta (14) para denunciar o despejo da Polícia Militar de Araguanã, cidade do interior do Maranhão.
Segundo o parlamentar, o governo do estado não prioriza a segurança pública, deixando a corporação sem recursos básicos e exposta a situações de vulnerabilidade.
“Estou aqui, deputado Carlos Lula, em mãos, com um documento de despejo da Polícia Militar de Araguanã. A Polícia Militar em Araguanã está sendo despejada do prédio do município. O prefeito solicitou o prédio de volta e nós, militares, que nada temos a ver nessa discussão política, estamos sendo prejudicados, precisando botar tudo dentro de uma caixa e ficar no meio da rua.”
O despejo foi solicitado pela prefeitura de Araguanã, que exigiu a desocupação do prédio ocupado pela Polícia Militar para abrigar a Secretaria Municipal do Meio Ambiente.
Soldado Leite criticou o fato de a polícia estar submetida à boa vontade das prefeituras, que, segundo ele, muitas vezes fornecem alimentação e combustível para as viaturas, uma responsabilidade que deveria ser do Estado.
“Diferente de qualquer outro servidor público, o militar tem compromisso, e ele não saiu do prédio, e agora se criou um imbróglio político. E quem colocou a Polícia Militar no meio desse imbróglio? O governo do estado do Maranhão.”
O parlamentar destacou que o governo estadual não oferece o suporte necessário para que a Polícia Militar possa atuar de forma eficiente. Ele citou como exemplo o uso de coletes à prova de balas com data de validade vencida, o que compromete a segurança dos policiais em serviço.
“Os coletes que os militares estão usando estão vencidos, alguns com vencimento acima de dois anos. Isso é descaso com a segurança pública, isso não é priorizar a segurança pública.”
Além disso, Soldado Leite mencionou a falta de convocação dos excedentes do último concurso para a Polícia Militar, que, segundo ele, ainda aguardam a publicação oficial para iniciar suas atividades.
Ele criticou o governo por não cumprir as promessas feitas aos candidatos, que já abandonaram seus empregos anteriores na esperança de servirem à segurança pública.