
BRASIL, 20 de outubro de 2025 – Os gastos hospitalares e o número de internações por Acidente Vascular Cerebral (AVC) no Brasil dobraram em quatro anos, alcançando um patamar recorde entre 2019 e setembro de 2024.
Um levantamento da consultoria Planisa revela que, atualmente, uma pessoa morre a cada 6,5 minutos no país vítima de derrame. Além disso, o sistema de saúde registrou 85.839 internações no período, com um custo acumulado que atingiu R$ 910,3 milhões.
O tempo médio de permanência hospitalar por paciente foi de 7,9 dias, totalizando mais de 680 mil diárias. Desse total, 25% das diárias ocorreram em Unidades de Terapia Intensiva (UTI), enquanto 75% foram em enfermarias.
Os gastos hospitalares com diárias críticas somaram R$ 417,9 milhões, e os com diárias não críticas, R$ 492,4 milhões. Apenas em 2024, até setembro, os custos já superavam a marca de R$ 197 milhões.
DOENÇA EXIGE DIAGNÓSTICO IMEDIATO
Conforme o Ministério da Saúde, o AVC acontece quando vasos sanguíneos que levam sangue ao cérebro são obstruídos ou se rompem. Essa interrupção do fluxo sanguíneo paralisa a área cerebral afetada, sendo a condição mais comum em homens.
O diagnóstico rápido é crucial e utiliza principalmente a tomografia computadorizada de crânio para identificar o tipo de AVC, que pode ser isquêmico ou hemorrágico.
Os principais sinais de alerta incluem confusão mental, dificuldade para falar ou compreender, alteração na visão e dor de cabeça súbita e intensa. Da mesma forma, perda de equilíbrio, tontura, dificuldade para andar e fraqueza ou formigamento em um lado do corpo também são sintomas comuns.
Especialistas afirmam que até 90% dos casos podem ser prevenidos com mudanças no estilo de vida e controle de fatores de risco.
FATORES DE RISCO
Entre os principais fatores de risco para o AVC estão hipertensão arterial, diabetes tipo 2, colesterol alto, sobrepeso, obesidade e tabagismo. O consumo excessivo de álcool, o uso de drogas ilícitas, a idade avançada e o sedentarismo também elevam a probabilidade de ocorrência.
Neste caso, o histórico familiar e o sexo masculino completam a lista de elementos que demandam acompanhamento médico regular para redução de riscos.







