
BRASÍLIA, 19 de maio de 2025 – A lei aprovada no Congresso previa a expansão da energia eólica em alto-mar. No entanto, durante a tramitação, foram incluídos jabutis legislativos que favorecem setores já subsidiados, como térmicas a carvão e pequenas centrais hidrelétricas.
Mesmo ficando na 19ª posição entre os estados com maior impacto tarifário, o Maranhão será atingido. Em um estado com altas taxas de pobreza e desigualdade, qualquer aumento na conta de luz representa um peso a mais para as famílias que já enfrentam dificuldade para manter os serviços básicos.
O Pará lidera o ranking, seguido por estados como Amazonas, Acre, Tocantins e Piauí. A maior parte das altas se concentra no Norte e Nordeste. A diferença entre o primeiro e o último da lista não muda o fato central: todos pagarão a conta de um projeto distorcido.
O custo dos jabutis legislativos será repassado aos consumidores: a estimativa é de um acréscimo de R$ 545 bilhões ao longo dos anos. O valor equivale a 25 anos de bandeira vermelha 2, o patamar mais elevado da tarifa de energia.
Segundo a Abradee, o impacto nos reajustes tarifários pode adicionar 0,35 ponto percentual por mês ao índice oficial de inflação. O efeito é regressivo: pesa mais no orçamento de quem ganha menos.
O Maranhão, mesmo fora do topo da lista, não está imune.
Veja abaixo quais os Estados mais impactados:
- Pará: R$ 19,45
- Mato Grosso do Sul: R$ 18,03
- Alagoas: R$ 17,88
- Rio de Janeiro: R$ 17,97
- Amazonas: R$ 17,77
- Mato Grosso: R$ 17,56
- Piauí: R$ 17,18
- Acre: R$ 17,16
- Tocantins: R$ 17,06
- Bahia: R$ 17,01
- Espirito Santo: R$ 14,18
- Minas Gerais: R$ 16,57
- Goiás: R$ 15,46
- Pernambuco: R$ 15,43
- Rio Grande do Norte: R$ 15,42
- Distrito Federal: R$ 15,41
- Ceará: R$ 14,97
- Amapá: R$ 14,96
- Maranhão: R$ 14,73
- Rondônia: R$ 14,70
- Rio Grande do Sul: R$ 14,57
- São Paulo: R$ 13,82
- Sergipe: R$ 13,80
- Roraima: R$ 13,69
- Paraná: R$ 13,06
- Santa Catarina: R$ 12,81
- Paraíba: R$ 12,19