
BRASIL, 26 de março de 2025 – As tarifas de energia elétrica podem aumentar em até 13% em 2025, conforme estimativas do setor. O reajuste médio será de 4,67%, mas varia conforme a região, com algumas áreas registrando queda de até 3% na conta de luz.
O principal fator de pressão sobre as tarifas é a Tarifa de Uso do Sistema de Distribuição (Tusd), que compõe a maior parte do valor pago pelos consumidores. Quase 90% do aumento projetado para 2025 se deve a esse componente, influenciado por dois fatores.
O primeiro fator é o crescimento da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), fundo destinado a subsídios e políticas públicas. Em 2025, o orçamento do programa Luz para Todos, ampliado pelo governo federal, será de R$ 4,3 bilhões, 72% a mais que no ano anterior.
O objetivo é levar energia a regiões remotas, mas o custo é repassado a todos os consumidores.
O segundo fator está no “Fio B” da Tusd, que cobre operação, manutenção e estrutura das distribuidoras. O aumento previsto para essa parte é de 7,26%, influenciado pela inflação acumulada e pelos investimentos em modernização.
A compra de energia no mercado regulado também impacta as tarifas. Em 2025, as transações entre concessionárias e clientes devem registrar alta de 12,51%.
No entanto, dois fatores ajudarão a compensar parcialmente o reajuste: o uso de créditos tributários de PIS/Cofins e o fim de encargos extraordinários criados durante a pandemia e a crise hídrica.
Mesmo com os alívios pontuais, as tarifas tendem a permanecer elevadas devido ao impacto dos subsídios. Os aumentos acumulados em diferentes componentes resultam em uma conta mais cara para os consumidores.