INSEGURANÇA JURÍDICA

Yglésio questiona STF e vira alvo de pedido de investigação

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Yglésio STF
Deputado estadual Yglésio Moyses (PRTB) criticou destaque no julgamento da reeleição de Iracema e aponta articulação política entre ministros do STF.

MARANHÃO, 03 de junho de 2025 – O deputado estadual Yglésio Moyses (PRTB) criticou, na sessão desta terça (3), o voto do ministro Flávio Dino no Supremo Tribunal Federal (STF) durante o julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) sobre a reeleição da deputada Iracema Vale (PSB) à presidência da Assembleia Legislativa do Maranhão.

Segundo Yglésio, Dino votou mesmo com o placar já em 7 a 0 favorável a Iracema. Ele insinuou que o voto do ministro teve propósito político. “Foi ele votar que já estava publicado nos blogs, até as fotos já estavam escolhidas”, disse o parlamentar, sugerindo que houve uma estratégia de comunicação coordenada.

O deputado também questionou o pedido de destaque feito pelo ministro Luiz Fux, que suspendeu o julgamento virtual mesmo após a formação de maioria. “O ministro Fux achou por bem, estranhamente, zerar o placar. O que reside por detrás deste verniz espetacular? Obviamente, um modesto combinado”, afirmou da tribuna.

Yglésio declarou ainda que o Supremo tem atuado mais como “uma fraternidade” do que como uma corte judicial, e acusou Dino de buscar dividendos políticos com o posicionamento.

“Ele votou: ‘olha aqui, Iracema, meu voto favorável’. Fux: ‘peço destaque, só para ganharmos mais tempo nesta terra de batalhas que virou a política maranhense’”, ironizou.

Logo após as declarações de Yglésio, os deputados estaduais Rodrigo Lago (PCdoB) e Carlos Lula (PSB) pediram à Mesa Diretora da Assembleia Legislativa que encaminhe às autoridades as denúncias feitas contra os ministros do Supremo Tribunal Federal.

O requerimento, formalizado pelos dois parlamentares, solicita o envio das falas de Yglésio à Procuradoria-Geral da República (PGR), ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) e ao próprio STF. Eles cobraram providências diante das suspeitas levantadas publicamente durante a sessão.

Os deputados lembraram que não é a primeira vez que pedem providências em casos semelhantes, sem retorno da Casa. O presidente da sessão, deputado Antônio Pereira (PSB), solicitou que o pedido fosse oficializado por escrito para que a Mesa Diretora possa analisá-lo formalmente.

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