
SÃO LUÍS, 1º de abril de 2025 – O deputado estadual Yglésio Moyses (PRTB) anunciou que buscará assinaturas para instaurar uma CPI sobre o acesso de assessores do ministro Flávio Dino (STF) ao sistema da Procuradoria-Geral do Estado do Maranhão (PGE-MA).
O procurador-geral do Estado, Valdênio Caminha, denunciou que os procuradores estaduais cedidos ao STF, Túlio Simões e Lucas Souza, teriam acessado indevidamente informações da PGE. Caminha formalizou um ofício ao ministro Alexandre de Moraes e à Procuradoria-Geral da República (PGR), solicitando investigação sobre o caso.
No documento, Caminha incluiu uma mensagem de WhatsApp enviada por Simões a um assessor da PGE, sugerindo que ele poderia ser preso. A suspeita é que os acessos tenham sido feitos para fornecer dados ao partido Solidariedade, que questiona possível nepotismo no governo Carlos Brandão.
Os assessores Simões e Souza negam qualquer irregularidade. Em nota ao jornal O Globo, afirmaram que acessaram apenas informações públicas.
Durante sessão na Assembleia Legislativa, Yglésio Moyses afirmou que os fatos são graves e justificam a CPI. “Isso daqui é batom na cueca”, declarou, pedindo apoio dos demais parlamentares para assinarem a abertura da comissão de investigação.
Na oportunidade, o deputado Rodrigo Lago (PCdoB) rebateu as acusações e defendeu os assessores.
“O procurador Valdênio, talvez movido pela emoção, acusa dois cidadãos de fazerem algo que qualquer um pode fazer: acessar um processo público. Eu mesmo, ontem, acessei esse mesmo processo”, declarou Lago, passando pano para as denúncias.