Embaixadores europeus visitam o Maranhão nesta quarta (3)
MARANHÃO, 2 de abril de 2024 –Representantes da União Europeia (UE) desembarcam nesta quarta (3) no Maranhão com o intuito de explorar as potencialidades do estado. Esta visita se insere num contexto de fortalecimento das relações entre a UE e os estados brasileiros. O Maranhão, juntamente com todo o Nordeste, ocupa uma posição estratégica nesse movimento de reforço das relações federativas.
Agricultores da Espanha e Itália protestam contra Agenda Verde
EUROPA, 09 de fevereiro de 2024 – A insatisfação dos agricultores da Espanha e da Itália com a “agenda verde” da União Europeia (UE) se intensificou com protestos massivos. Na última terça (6), os agricultores espanhóis começaram a manifestar sua discordância, enquanto seus colegas italianos se mobilizaram nesta quinta (8). Os agricultores italianos preparam uma grande manifestação em Roma para hoje, em frente ao Parlamento, com a expectativa de cerca de 2 mil tratores na capital. Alguns ruralistas viajaram por mais de dez horas para se juntar ao protesto. Maurizio Senigagliesi, um agricultor italiano, destacou a necessidade de fazer-se ouvir: “Temos de agir. Caso contrário, poderemos ter de encerrar todo o setor.” Outro agricultor, Davide Guarguaglini, ressaltou que é o momento certo para fazer com que o governo ouça suas reivindicações, afirmando: “Não podemos sair daqui de mãos vazias. Temos de conseguir alguma coisa, não podemos continuar assim.” Na Espanha, cerca de 4 mil tratores foram reunidos pelos agricultores, protestando sob o lema: “Sem agricultura e sem gado, sua mesa ficará vazia”. O Ministério da Agricultura espanhol emitiu um comunicado reconhecendo o direito de manifestação e afirmando que o governo continua trabalhando para apoiar o setor. Os protestos dos agricultores europeus têm como principal motivo as políticas ambientais propostas pela UE. Restrições como a proibição do uso de fertilizantes nitrogenados, pesticidas e antibióticos nas plantações são contestadas pelos agricultores, que também criticam o aumento dos custos de produção, como os impostos sobre o diesel. As normas visam a preservação ambiental, alegando a contaminação da água subterrânea por esses produtos químicos.
União Europeia firma acordo para negociar adesão com a Ucrânia
UCRÂNIA, 14 de dezembro de 2023 – Os líderes da União Europeia (UE) concordaram em iniciar as negociações de adesão com a Ucrânia e Moldávia, assim como sobre conceder à Geórgia o “status” de país aspirante, anunciou o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, nesta quinta (14). A decisão é um marco importante no caminho determinado de Kiev para se juntar à União assim que a guerra com a Rússia terminar. A ação também faz parte do pacote de apoio proposto pela UE para a Ucrânia, em discussão na cúpula de líderes em Bruxelas, juntamente do fundo de 50 bilhões de euros ao longo de quatro anos do orçamento compartilhado do bloco, que ainda não foi acordado, segundo o Financial Times. A determinação da União de manter o apoio à Ucrânia tornou-se essencial, na medida em que a atuação dos EUA tem diminuído. “O Conselho Europeu decidiu abrir negociações de adesão com a Ucrânia e a Moldávia. Um sinal claro de esperança para seu povo e para o nosso continente”, escreveu Michel no X (antigo Twitter). A decisão ocorreu depois que o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, optou por sair da sala. Ele chegou a prometer bloquear os planos de declarar oficialmente que as negociações de adesão com a Ucrânia poderiam começar, e a negar a Kiev os 50 bilhões de euros em ajuda financeira. Orbán disse que não estava em “posição de negociar”, já que as condições impostas à Ucrânia não haviam sido cumpridas. No X, o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky escreveu que esta era “uma vitória para a Ucrânia” e “uma vitória para toda a Europa”. “Uma vitória que motiva, inspira e fortalece”, continuou.
Lula preside Mercosul e busca acordo com a União Europeia
BRASÍLIA, 03 de junho de 2023 – Lula assume a presidência rotativa do Mercosul, composto por Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai, com o desafio de concluir um acordo comercial com a União Europeia até o final de 2023. As negociações entre os blocos estão em andamento desde 1999, e o acordo comercial já teve sua parte finalizada em 2019, porém, está em fase de revisão. Lula terá que lidar com uma contraproposta preparada pelo governo brasileiro aos termos exigidos pelos europeus, que incluem sanções relacionadas a questões ambientais. Além disso, o presidente do Uruguai, Luis Alberto Lacalle Pou, deseja fechar um acordo bilateral com a China, mas Lula deve defender a necessidade de ampliar a integração dentro do Mercosul. Outra questão que pode ser abordada durante o mandato de Lula é o retorno da Venezuela ao Mercosul. Atualmente suspensa desde 2017, o Brasil defende que o país volte a integrar o grupo, mas esse assunto não deve ser tratado na reunião desta terça (04). Antes da cúpula do Mercosul, Lula participará do programa ‘Conversa com o presidente’ e cumprimentará os chefes de delegação. Durante o encontro, ele terá a oportunidade de discutir e promover a conclusão do acordo com a União Europeia, bem como abordar a questão da integração regional e as relações com a Venezuela. Além de sua presidência no Mercosul, Lula também assumirá a presidência do G20 e do Conselho de Segurança das Nações Unidas no segundo semestre de 2023. Essas designações destacam a relevância do Brasil nas negociações internacionais e representam um desafio adicional para Lula na busca por soluções e parcerias em âmbito global. No contexto interno, espera-se que Lula utilize sua liderança no Mercosul para fortalecer a economia e promover a integração entre os países membros, além de buscar maior cooperação regional em questões como meio ambiente e direitos humanos.
Lula alega exigências ameaçadoras da UE para acordo Mercosul
PARIS, 22 de junho de 2023 – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) expressou sua preocupação com as exigências da União Europeia para a conclusão do acordo entre o Mercosul e o bloco europeu, chamando-as de “ameaça”. Durante a Cúpula sobre o Novo Pacto de Financiamento Global em Paris, Lula afirmou que as sanções previstas no acordo são consideradas “duras” pelo governo brasileiro. O presidente ressaltou a necessidade de discutir e revisar as exigências, alegando que não é adequado ameaçar um parceiro estratégico. As negociações para o acordo entre o Mercosul e a União Europeia começaram em 1999 e foram concluídas em 2019 no aspecto comercial e em 2021 em aspectos políticos e de cooperação. No entanto, o acordo ainda está em revisão devido à política ambiental do governo brasileiro, que resultou em altos índices de desmatamento, dificultando a finalização do acordo. A União Europeia enviou ao Mercosul um documento com “instrumentos adicionais” a serem incluídos no acordo, e é essa adição que Lula considera uma ameaça. Uma das exigências refere-se à proibição da importação de produtos de áreas desmatadas após 2020, com a aplicação de multas. O Ministério das Relações Exteriores do Brasil está negociando com os outros países do Mercosul a apresentação de uma contraproposta. Além disso, Lula defendeu a criação de uma moeda alternativa para transações comerciais entre países sem a dependência do dólar, mencionando as relações comerciais entre Brasil, Argentina e China. Ele afirmou que a discussão sobre esse tema está na sua lista de prioridades e será abordada nas reuniões dos BRICS e do G20. Durante o discurso, Lula também abordou questões como desigualdade, fome, preservação ambiental na Amazônia e a necessidade de maior envolvimento dos países desenvolvidos no combate à desigualdade social, racial e de gênero, além de investimentos nas economias menos desenvolvidas e no combate à fome.
União Europeia e EUA criticam falas de Lula sobre invasão russa
No último sábado (18), no final de uma visita à China, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) falou sobre a Guerra entre Rússia e Ucrânia e disse que os Estados Unidos devem parar de “incentivar a guerra” e a União Europeia deve “começar a falar de paz”. “É preciso que os EUA parem de incentivar a guerra e comecem a falar em paz. É preciso que a União Europeia comece a falar em paz pra que a gente possa convencer o Putin e o Zelensky de que a paz interessa a todo mundo e a guerra só está interessando, por enquanto, aos dois” afirmou Lula em referência aos presidentes da Rússia, Vladimir Putin, e da Ucrânia, Volodymir Zelensky. Diante disso, o governo americano reagiu duramente às falas de Lula nesta segunda (17). O porta-voz de Segurança Nacional da Casa Branca, John Kirby, afirmou que Lula “está reproduzindo propaganda russa e chinesa”. “É profundamente problemático como o Brasil abordou essa questão de forma substancial e retórica, sugerindo que os Estados Unidos e a Europa de alguma forma não estão interessados na paz ou que compartilhamos a responsabilidade pela guerra”, disse em conversa com jornalistas. Já a União Europeia rebateu as declarações do presidente brasileiro e negou contribuir para prolongamento da guerra na Ucrânia. Em coletiva de imprensa, o porta-voz da Comissão Europeia, Peter Stano, negou que as medidas do bloco tenham alimentado o conflito e ressaltou que a Rússia é a agressora neste caso. “O que estamos fazendo é ajudar a Ucrânia a exercer seu direito legítimo de autodefesa […] Não é verdade que os EUA e UE estão ajudando a prolongar o conflito. Nós oferecemos inúmeras possibilidade à Rússia de um acordo de negociação em termos civilizados”, disse Stano. O porta-voz da Comissão Europeia também lembrou que o Brasil fez parte dos 143 países que condenaram a invasão da Ucrânia e pediram pelo fim das hostilidades, dentro do ambiente das Nações Unidas.
União Europeia mostram preocupação com governo Lula
Segundo um documento confidencial que aborda as relações entre países emergentes, como Brasil, Chile, Nigéria e Cazaquistão e o bloco europeu, os países da União Europeia (UE) estão preocupados com a posição do Brasil em relação à guerra na Ucrânia e à falta de cumprimento de obrigações ambientais. O material “Plano de Ação da UE sobre as Consequências Geopolíticas da Invasão Russa da Ucrânia em Países Terceiros” analisa detalhadamente a ação de cada país, detalha estratégias para reaproximar ou manter a proximidade das nações e foi preparado por um grupo de diplomatas do bloco. As observações feitas pela UE reforçam que maneira negativa o trabalho atual da diplomacia brasileira e a postura do governo Lula quanto a questões delicadas no cenário internacional. “O atual governo mostra sinais de disposição para intensificar a cooperação. Uma estrutura para fortalecer o engajamento já existe, uma vez que a UE já tem uma parceria estratégica que pode ser reativada. O avanço do acordo UE-Mercosul será de fundamental importância. Mas a UE também precisará aumentar os investimentos em energia e nas áreas digital e de sustentabilidade.” Em outro trecho, os diplomatas europeus mencionam um “ambiente geopolítico competitivo”, em que consta “não apenas uma batalha de narrativas, mas também uma batalha de ofertas”, como argumento para a renovação de estratégias nas parcerias internacionais.
União Europeia oficializa candidatura da Ucrânia ao bloco
Nesta quinta (23/06), a União Europeia oficializou o status da Ucrânia como candidata a entrar no bloco econômico. Mediante a invasão russa, o processo de candidatura da Ucrânia foi acelerado. Além do país ucraniano, a Moldávia foi confirmada oficialmente como candidata enquanto que a Geórgia foi deixada na lista de espera. A decisão, segundo o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, é “histórica”.