Brasil produz adultos pobres de pais pobres

BRASIL, 12 de junho de 2025 – Que o Brasil tem mobilidade social muito baixa é algo evidente até pela paisagem urbana que afronta o dia a dia de seus cidadãos. Fosse diferente, o país não teria dobrado em 12 anos o número de favelas em seu território, de 6,3 mil para 12,3 mil, segundo o Censo de 2022 —e o de cidades com essas aglomerações, de 323 para 656. No período, os favelados passaram de 11,4 milhões a 16,4 milhões, ou 8,1% da população. Um novo levantamento do Instituto Mobilidade e Desenvolvimento Social (IMDS), com dados oficiais de renda de IBGE, Receita Federal e CadÚnico, entre outros, traz números mais precisos e inquietantes sobre as barreiras à ascensão social dos mais pobres. Considerando um período de 36 anos, suficiente para averiguar o que se passou entre uma geração e outra, o Atlas da Mobilidade Social aponta que a probabilidade de uma criança que faz parte da metade mais pobre dos brasileiros chegar ao estrato dos 10% mais ricos quando adulta é menor do que 2%. Dois terços delas muito provavelmente permanecerão entre os 50% mais pobres no futuro, e apenas 10,8% subirão ao patamar dos 25% mais ricos. O trabalho revela ainda que menos de 2% terminarão uma faculdade. Esse quadro lúgubre explica o fato de o Brasil ter uma profusão de programas assistenciais para os mais pobres, com o Bolsa Família à frente —este detém orçamento de R$ 158 bilhões e, lamentavelmente, não possui programa acoplado de inclusão produtiva. A pergunta que se impõe, no entanto, é: como se chegou a essa situação? Há duas respostas principais: educação e ambiente macroeconômico. É praticamente consensual entre especialistas que a educação é a mola para a ascensão social e aumento da renda futura. No Brasil, no entanto, as deficiências no ensino condenam a maioria dos alunos a entrar despreparados no mercado de trabalho. Há professores mal formados, sem cursos de gestão, e prefeituras que mudam a seu bel-prazer currículos até a quinta série fundamental. A oferta de empregos para os que saem da escola, por sua vez, depende da economia. Esta é marcada por altos e baixos devido a uma crônica crise fiscal. Sem estabilidade, até a educação perde seu potencial de levar estudantes a uma vida melhor. Entre 2012 e 2021, apesar do aumento de 27% nos anos de estudo dos jovens da metade mais pobre, a renda do trabalho deles caiu 26,2%, segundo a FGV Social. No período, um colapso orçamentário, na gestão de Dilma Rousseff (PT), derrubou o PIB em mais de 7% no biênio 2015-2016. É lastimável que o atual governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que se pretende comprometido com os mais pobres, não persiga solução duradoura para o equilíbrio das contas públicas. Afinal, por causa de gastos excessivos, que empurram juros para cima, os rentistas tão criticados pelo PT receberão neste ano R$ 1 trilhão do Estado. Por: Folha de S. Paulo.
Brasil bate recorde de renda, mas Maranhão segue na lanterna

MARANHÃO, 09 de maio de 2025 – O Brasil registrou em 2024 a maior renda média per capita da série histórica, alcançando R$ 2.020, segundo dados da Pnad Contínua: Rendimento de Todas as Fontes, divulgados nesta quinta (8) pelo IBGE. No entanto, o Maranhão destoou negativamente do cenário nacional, com R$ 1.078, a pior renda do país. Enquanto o rendimento médio mensal nacional cresceu 4,7% acima da inflação e superou o recorde anterior, o Maranhão permaneceu no fim da fila, abaixo inclusive da média do Nordeste (R$ 1.319). O estado não acompanhou a recuperação econômica observada no restante do país. Em todo o Brasil, 66,1% da população teve algum tipo de rendimento em 2024. A renda do trabalho — principal fonte — cresceu 3,7% e chegou a R$ 3.225, puxando a média geral para R$ 3.057. Já a massa de rendimento do trabalho bateu R$ 328,6 bilhões, outro recorde.
Maranhão mantém posição preocupante em ranking da pobreza

MARANHÃO, 22 de abril de 2025 – O Maranhão segue entre os estados com os piores indicadores de pobreza no país, ocupando a penúltima colocação no ranking nacional divulgado pelo Centro de Liderança Pública (CLP). Com 7,84% dos domicílios abaixo da linha da pobreza, o estado perde apenas para o Acre (8,88%) – um desempenho que reforça seu histórico de desafios socioeconômicos.
Maranhão tem duas regiões entre as mais pobres do Brasil

MARANHÃO, 05 de dezembro de 2024 – O Maranhão abriga duas das três regiões com as maiores taxas de pobreza extrema do Brasil, de acordo com a Síntese de Indicadores Sociais (SIS) divulgada pelo IBGE na última quarta (4). O Litoral e a Baixada Ocidental Maranhenses registram 63,8% da população vivendo em condições de miséria, superados apenas pelo Vale do Rio Purus, no Amazonas, onde 66,6% dos habitantes estão em situação semelhante. QUEDA NACIONAL DA POBREZA EXTREMA Entre 2022 e 2023, o percentual de brasileiros com renda domiciliar per capita abaixo da linha de pobreza extrema caiu de 5,9% para 4,4%, a menor taxa desde 2012. Em números absolutos, a população vivendo nessas condições diminuiu de 12,6 milhões para 9,5 milhões, retirando 3,1 milhões de pessoas dessa situação. Já a população em pobreza moderada caiu de 67,7 milhões para 59 milhões, refletindo avanços no combate à desigualdade.
Mais de 1,1 bi de pessoas vivem em pobreza extrema, diz PNUD

MUNDO, 18 de outubro de 2024 – Mais de 1,1 bilhão de pessoas, ou um em cada oito habitantes do planeta, vivem em pobreza extrema, sendo metade delas menores de idade. Esse cenário foi destacado nesta quinta (17) pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), que também alertou que a pobreza é três vezes pior em zonas de conflito. Segundo o Índice de Pobreza Multidimensional Global (IPM), criado pelo PNUD em conjunto com a Iniciativa de Oxford sobre Pobreza e Desenvolvimento Humano, a pobreza extrema atinge 34,8% da população em áreas de conflito, contra 10,9% em países em paz. Diferente do Banco Mundial, que define a pobreza extrema como viver com até US$ 2,15 por dia, o IPM considera fatores como habitação, saneamento, energia, combustível para cozinhar, nutrição e educação.
Eleições mostram crescimento da direita entre os mais pobres

BRASIL, 16 de outubro de 2024 – As eleições de 2024 ainda não chegaram ao fim, mas os resultados do primeiro turno já revelam um dado significativo: a direita continua em processo de crescimento, especialmente nas periferias e entre os mais pobres. O avanço, que também se solidifica entre a classe média, é fruto de uma mudança no cenário eleitoral, com impactos de larga escala nas grandes cidades. Em São Paulo, por exemplo, os votos do último dia 6 de outubro apontaram uma divisão clara. Ricardo Nunes e Pablo Marçal lideraram em zonas eleitorais de classe média e nas periferias da capital, enquanto Guilherme Boulos foi o preferido no centro, onde se encontram bairros mais nobres e elitizados, como Jardins, Perdizes, Higienópolis, Bela Vista e Morumbi. Embora Boulos também tenha recebido apoio em áreas humildes, esses votos são bem menores quando comparados aos de seus adversários.
Maranhão ainda lidera índices de pobreza no Brasil, revela FGV

MARANHÃO, 02 de julho de 2024 – O Maranhão permanece como o estado brasileiro com a maior proporção de pessoas em situação de pobreza, segundo dados do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV IBRE). A pesquisa, baseada na Pesquisa Nacional de Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, mostra que, apesar da redução de 10,5 pontos percentuais na taxa de pobreza extrema, o estado ainda enfrenta desafios significativos. O governador do Maranhão, Carlos Brandão, reconheceu as dificuldades persistentes. “Estamos felizes pelos avanços alcançados, mas reconhecemos os desafios que ainda enfrentamos”, afirmou. Apesar da queda, o Maranhão ainda possui o maior índice de pobreza do país. Em 2021, quase 33 milhões de pessoas no Nordeste viviam em pobreza, sendo mais de 10 milhões em extrema pobreza. Naquele ano, os índices de pobreza ultrapassaram 60% em Alagoas (60,5%) e Pernambuco (60,2%), e chegaram a 66,2% no Maranhão.
MA segue com maior taxa de pobreza do país, diz estudo do IJSN

BRASIL, 24 de abril de 2024 – As taxas de pobreza e extrema pobreza do Brasil caíram em 2023, aponta estudo do IJSN (Instituto Jones dos Santos Neves). A análise do IJSN foi produzida a partir de dados da Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua): Rendimento de Todas as Fontes 2023. O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou a Pnad na sexta (19). Conforme o IJSN, o único estado com variação positiva da taxa de pobreza foi o Acre (0,4 ponto percentual). O indicador local passou de 51,1% em 2022 para 51,5% em 2023. Isso significa que mais da metade da população do Acre era considerada pobre. O outro estado com taxa superior a 50% foi o Maranhão. O indicador baixou de 56,8% em 2022 para 51,6% em 2023, uma redução aproximada de 5,1 pontos percentuais. Apesar da queda, o Maranhão seguiu com a maior taxa de pobreza do Brasil (51,6%), seguido pelo Acre (51,5%). Por outro lado, os menores percentuais de 2023 foram registrados em Santa Catarina (11,6%) e Rio Grande do Sul (14,4%). Em São Paulo, o estado mais populoso do país, o indicador foi de 16,5%. Extrema pobreza cai no Brasil e em 25 estados No Brasil, a taxa de extrema pobreza caiu de 5,9% em 2022 para 4,4% em 2023. A redução foi de 1,5 ponto percentual. De acordo com o IJSN, os únicos locais com variações positivas nas taxas de extrema pobreza foram Rondônia (0,3 ponto percentual) e Distrito Federal (0,2 ponto percentual). Os maiores indicadores foram registrados pelo estudo no Acre (13,2%), no Maranhão (12,2%) e no Ceará (9,4%). Por outro lado, Rio Grande do Sul (1,3%), Goiás (1,3%) e Santa Catarina (1,4%) registraram as menores taxas de extrema pobreza em 2023. Em São Paulo, o percentual foi de 2,2%.