MP acusa ex-presidente da Argentina de lockdown abusivo

ARGENTINA, 05 de setembro de 2024 – O peronista Alberto Fernández, ex-presidente da Argentina (2019-2023), foi denunciado nesta quarta (4) pelo Ministério Público por suspeita de ter prolongado de forma abusiva o lockdown durante a pandemia de Covid-19. Segundo informações do jornal Clarín, o procurador Carlos Stornelli o acusou de abuso de autoridade e violação dos deveres de funcionário público pela gestão da pandemia, entre 2020 e 2021. A medida foi tomada pelo MP após uma representação feita pelo deputado Yamil Santoro, da Cidade de Buenos Aires, baseada em comentários sobre as medidas restritivas feitos por Martín Guzmán, ministro da Economia da gestão Fernández entre 2019 e 2022. Numa entrevista no início desta semana a um canal do YouTube, Guzmán disse que “a administração da pandemia foi o que fortaleceu o governo” e que “a prorrogação [do lockdown] foi mais longa do que deveria”.
Responsável por lockdown nos EUA admite erros na pandemia

WASHIGTON, 23 de janeiro de 2024 – Na última semana, o Dr. Anthony Fauci, ex-diretor do Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas, compareceu perante o Subcomitê Seleto da Câmara sobre a Pandemia de Coronavírus, em uma sessão de 14 horas. Durante esse tempo, Fauci respondeu a questionamentos de parlamentares sobre diversos temas, como as origens da Covid-19, vacinação coercitiva, decretos de máscara e os impactos do fechamento das escolas na aprendizagem dos alunos. Embora a audiência tenha ocorrido a portas fechadas, informações cruciais do depoimento de Fauci começaram a circular através da mídia e relatos de legisladores, revelando detalhes intrigantes. Fauci, surpreendentemente, admitiu aos legisladores que a política de “distanciamento social” era carente de base científica, sendo uma ideia que “meio que simplesmente surgiu”. O médico, que anteriormente defendeu políticas de vacinação coercitivas, agora reconheceu que tais abordagens provavelmente contribuíram para aumentar a hesitação vacinal. Outro ponto de destaque foi a abordagem inicial de Fauci em relação à hipótese de vazamento de laboratório do Instituto de Virologia de Wuhan. Inicialmente desconsiderada como “molecularmente impossível”, Fauci também admitiu que essa hipótese não era uma teoria da conspiração, conforme afirmaram legisladores do Congresso. Na oportunidade, o presidente do Subcomitê Selecionado sobre a Pandemia do Coronavírus, Brad Wenstrup (R-Ohio), explicou como a entrevista transcrita do Dr. Fauci respondeu a questões sobre a sua supressão da hipótese de fuga de laboratório. “Certamente parece que ele tinha ligações com as pessoas que escreveram o artigo (Origem Proximal), dizendo que vinha da natureza. Temos as conversas que ele estava tendo com eles. Ele os juntou. Ele até disse, durante essas conversas, que sabemos que estão fazendo esse tipo de trabalho em Wuhan. Todas as pessoas que estavam no artigo disseram que essa coisa parece projetada. Não há como descartar isso. E mesmo no mesmo dia em que ele divulgou no gramado da Casa Branca dizendo que esses cientistas disseram que veio da natureza, e vou compartilhar este artigo com vocês, naquele mesmo dia, disse um dos autores em seu documento interno, ainda podemos’ não descarta a engenharia. Esse mesmo médico é quem disse, estou focado em refutar a teoria do vazamento de laboratório, apesar de dizer que achavam que vinha do laboratório. Então, temos muitas evidências, além das nossas conversas com ele, mas isso nos deu a chance de perguntar a ele sobre isso e se ele dissesse algo contraditório com o que temos em evidência, acho que isso será muito agourento no futuro.”
Presidente da China intensifica lockdown em Xangai

O presidente da China, Xi Jinping, não tem a intenção de abolir sua política zero covid na cidade de Xangai, localizada a 1,2 mil quilômetros de Pequim. Em discurso proferido durante uma reunião com o comitê permanente do Politburo, o mais alto órgão decisório do Partido Comunista, o líder chinês ressaltou que as medidas aplicadas na metrópole foram adequadas. “Ganhamos a batalha para defender Wuhan e certamente seremos capazes de vencer a batalha para defender Xangai”, afirmou Xi. A China é a última grande economia ainda comprometida com uma política de contenção e eliminação do vírus. Em Xangai, por exemplo, cuja população ultrapassa os 25 milhões de habitantes, os cidadãos foram obrigados a entregar suas casas para a ditadura chinesa, que pretende instalar centros de quarentena em algumas regiões da metrópole. O país registrou quase 4,7 mil novos casos de covid-19 no último sábado, incluindo 4,2 mil em Xangai e 70 em Pequim. A Província de Henan, que acaba de entrar em confinamento, registrou 79 novas infecções. Em razão desse aumento, o governo chinês adiou os Jogos Asiáticos, inicialmente programados para ocorrer em setembro. Novas datas serão anunciadas no futuro, segundo o Conselho Olímpico da Ásia. Na última quinta-feira, Xi alertou aqueles que se opõem às medidas: “Lutaremos de modo resoluto contra todas as palavras e ações que distorcem, duvidam e negam nossas políticas de prevenção de epidemias”.
Ações totalitárias em nome da vacinação começam na Alemanha

O governo alemão, após reunião entre líderes regionais, decidiu que vai controlar a vida das pessoas que não tomaram a vacina da Covid-19. As restrições vão possibilitar que somente as pessoas vacinadas, ou as que comprovarem que estão recuperadas da doença, poderão ter acesso a restaurantes e assistir eventos públicos, culturais e desportivos. Segundo jornal alemão Bild, o Estado da Saxónia, por exemplo, adotará um confinamento que pode incluir suspensão de peças de teatro, concertos e jogos de futebol. O presidente da Saxónia, Micharl Kretschemer, afirmou ao Parlamento Nacional que está disposto a impor medidas claras e rígidas “para combater a situação da pandemia”. O líder ressaltou que restringir as medidas a quem não tem vacina não é o suficiente. O comitê criado pela Alemanha para a vacinação da Covid já recomendou a terceira dose da vacina a todos maiores de 18 anos no país. De acordo com diversos especialistas, o número de infeção na Alemanha subiu por causa das temperaturas mais frias e do convívio das pessoas em lugares fechados. Três partidos partidos criaram uma lei que autoriza o Bundestag (Parlamento Alemão) a ordenar medidas contra a pandemia. Por exemplo, a obrigatoriedade de mostrar certificado ou teste negativo em transportes públicos ou no local de trabalho.
Lockdown tem eficácia questionável, especialmente quando motivado pela ômicron

A ascensão da variante ômicron levou ao retorno do lockdown na Holanda. A medida chega a limitar lares a receber apenas dois visitantes por dia — quatro no período das festas. O novo lockdown europeu acontece em meio a protestos por seu caráter coercitivo e invasivo e levanta dúvidas sobre sua eficácia. O lockdown — que é um fechamento do comércio dito “não essencial” e espaços de aglomeração como academias, escolas e templos — faz parte das ditas intervenções não-medicamentosas, entre elas o distanciamento social e o uso de máscaras. A eficácia e custo dessas intervenções eram escassamente compreendidos antes da pandemia, e ainda há intenso debate. No caso das máscaras, só mais recentemente foram levantadas evidências convincentes de que ao menos ralentam a disseminação do vírus, potencialmente desafogando os hospitais. Além disso, ao menos em Bangladesh, a persuasão funcionou melhor que a imposição. A Organização Mundial da Saúde estima que 47 mil pessoas morreram de malária devido a intervenções não-medicamentosas da pandemia que dificultaram acesso a serviços de saúde. Um estudo do Japão concluiu que fechar escolas não teve nenhum efeito sobre o avanço da pandemia. Que há custos nessas intervenções não é algo que surpreende. Resta saber se os benefícios superam os custos. Estudos da eficácia do lockdown Dois estudos anteriores à vacinação contra Covid-19 discutidos em abril aqui na Gazeta do Povo, das revistas Nature Human Behaviour e Science, envolvendo dezenas de países, tinham conclusões favoráveis às medidas de fechamento, mas com algumas ressalvas. Fechar todo o comércio não essencial, por exemplo, apresentava um benefício só marginalmente melhor a fechar especificamente estabelecimentos dependentes de aglomeração, como casas noturnas, bares e restaurantes. O estudo da Science afirmava que o fechamento de escolas e universidades foi altamente eficaz em diminuir a transmissão do vírus, o que é contradito pelo estudo japonês citado acima. Outro estudo de junho de 2020, dos italianos Vincenzo Alfano e Salvatore Ercolano (um engenheiro e um cientista de dados das universidades de Nápoles Federico II e de Basilicata, respectivamente), considerou dados diários de 202 países, 100 dos quais implementaram lockdown completo. O principal resultado é que o lockdown reduziu os novos casos de infectados em até 20 dias. Porém, quando Alfano e Ercolano consideraram apenas a Europa, a relação do lockdown com os novos casos era positiva: mais fechamento, mais casos. Os autores atribuem isso à implementação tardia, mas apontam que, a partir da marca de 17 dias, a intervenção volta a ter relação negativa com novos casos, mostrando uma tendência aparentemente exponencial após 20 dias de fechamento. O economista Christian Bjørnskov, da Universidade Aarhus, na Dinamarca, buscou outra abordagem: em vez de se fiar apenas em epidemiologia, usou métodos padronizados de econometria empregados na ciência política, e considerou a consequência mais importante: se o lockdown evita mortes — na verdade, Bjørnskov usou uma escala de pontos que considerou uma série de intervenções não-medicamentosas: fechamento de escolas e locais de trabalho, cancelamento de eventos públicos, restrições sobre aglomerações, fechamento do transporte público, exigências de ficar em casa, restrições sobre movimentação interna, controle de viagens internacionais, auxílios à renda e alívios de dívidas, campanhas informativas, testes e rastreamento de contatos. Ele tomou taxas de mortalidade semanais por todas as causas no primeiro semestre dos anos de 2017, 2018, 2019 e 2020 em 24 países europeus que tentaram diferentes intervenções contra o novo coronavírus – a taxa geral de óbitos tem sido usada desde o começo da pandemia como um indicador confiável do impacto do vírus pois a presença dele não necessariamente significa que ele foi a principal causa da morte de cada paciente: um incremento geral nos óbitos concomitante à disseminação da Covid-19 é uma medida mais precisa disso. Bjørnskov conclui que, embora as medidas pareçam positivas no prazo considerado pelos outros estudos, no período de três a quatro semanas após a implementação — que reflete melhor o tempo de ação do vírus — o seu efeito se torna muito pequeno ou insignificante sobre os óbitos. “Os lockdowns na maioria dos países ocidentais lançaram o mundo na recessão mais severa desde a Segunda Guerra Mundial”, comenta o cientista. “Eles também causaram uma erosão de direitos fundamentais e da separação dos poderes em grande parte do mundo enquanto regimes democráticos e autocráticos fizeram mau uso de seus poderes de emergência e ignoraram limites constitucionais às políticas públicas. (…) As descobertas deste artigo sugerem que as políticas mais severas de lockdown não foram associadas à menor mortalidade. Em outras palavras, os lockdowns não funcionaram como o pretendido.” Como se vê, a literatura especializada sobre os lockdowns continua em debate acalorado, sem perspectiva de um consenso tão cedo. Quanto à variante ômicron como um motivador para novos lockdowns, o questionamento é natural quando ela se mostra menos agressiva que a variante delta, representando uma redução de 45% no risco de hospitalização.
A musa do lockdown e as medidas anti-Covid de Flávio Dino
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Maranhão não vai entrar em lockdown

Após reunião com prefeitos da Grande São Luís, Imperatriz, representantes do Judiciário e Legislativo, a direção do Hospital Universitário e da Federação dos Municípios, o governador Flávio Dino (PCdoB) descartou a possibilidade de lockdown no Maranhão. “O que faremos é uma edição de normas com restrições de certas atividades, inicialmente pelo período de 10 dias, como restrições de grandes aglomerações, eventos que envolvam muitas pessoas, eventos festivos”, anunciou Flávio Dino. Entre as medidas, a mais impactante é a suspensão do trabalho presencial de servidores públicos por 10 dias. O governador ainda anunciou a expansão de linhas de ônibus. Quem não usar máscaras em vias públicas também será punido. Outras medidas foram tomadas e serão detalhadas em decreto. Comentário em áudio logo mais no blog.
Senador Weverton usa miséria na pandemia como propaganda

O senador maranhense Weverton Rocha (PDT) realizou no fim de semana a distribuição de cestas básicas em algumas localidades da capital. A iniciativa foi divulgada nas redes sociais e chamou a atenção por uma foto em especial. Nela o senador aparece entregando uma cesta a uma senhora. O momento foi registrado por CINCO fotógrafos diferentes. Ver essa foto no Instagram Uma publicação compartilhada por Weverton (@wevertonsenador) Agora preocupado com a situação de miséria causada pela pandemia, Weverton Rocha é um ferrenho defensor das práticas de isolamento e lockdown que lançaram o país na miséria. Paralelamente ao defender medidas que aumentam a miséria, o senador entrega cestas básicas aos mais necessitados. Negócio da China.