Tarifas dos EUA atingem US$ 68 mi em exportações do Maranhão

MARANHÃO, 11 de agosto de 2025 – As novas tarifas dos EUA sobre produtos brasileiros impactam US$ 68 milhões das exportações do Maranhão, segundo estimativa baseada em dados de 2024 do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic). O decreto assinado pelo presidente Donald Trump entrou em vigor na quarta (6) e elevou em 40% a tarifa sobre itens importados do Brasil, aumentando em 50% o valor total das sobretaxas dos EUA aplicadas ao país. Mesmo com 694 isenções, oito estados brasileiros terão entre 95% e 100% de suas vendas aos americanos taxadas. O impacto supera 95% em Tocantins, Alagoas, Acre, Amapá, Ceará, Rondônia, Paraíba e Paraná. Já Mato Grosso do Sul (49,6%), Pará (44%), Rio de Janeiro (32%), Sergipe (24%) e Maranhão (9%) registram percentuais menores.
Trump responde ameaça russa com força de 480 ogivas nucleares

EUA, 1 de agosto de 2025 – O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou em suas redes sociais nesta sexta-feira (1°) o posicionamento de dois submarinos nucleares da classe Ohio “em regiões apropriadas”, em retaliação às ameaças do vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia, Dmitry Medvedev. O ex-presidente russo havia afirmado que a Rússia dispõe de capacidade para lançar um ataque nuclear “de último recurso” contra os EUA, elevando o tom de um já delicado “jogo de ultimatos”. “No caso dessas declarações tolas e inflamatórias serem mais do que apenas isso, ordenei o posicionamento dos submarinos nucleares”, escreveu Trump, ressaltando que palavras podem “levar a consequências indesejadas”. DISPAROS EM MASSA Cada um dos submarinos da classe Ohio transporta 20 mísseis Trident II D5, com capacidade de até 12 ogivas independentes por míssil. Na prática, as duas embarcações podem lançar até 480 ogivas nucleares — cada uma com rendimento entre 90 e 475 quilotons — contra alvos distintos na Rússia. O Trident II D5, míssil de três estágios com alcance superior a 12.000 km, integra a tríade nuclear americana ao lado de bombardeiros estratégicos e silos terrestres. Sua furtividade e a precisão dos MIRV (Múltiplos Veículos de Reentrada Independentemente Direcionáveis) garantem capacidade de segunda retaliação, elemento-chave da dissuasão nuclear. ESCALADA DE TENSÃO Na quinta-feira (31), Medvedev criticou o “jogo de ultimatos” de Trump e advertiu que isso aproxima as duas potências de um confronto direto. Seu alerta motivou o presidente americano a reforçar o dispositivo nuclear como demonstração de força. Os especialistas alertam que a presença dos SSBNs (submarinos de mísseis balísticos) em alto mar cria um risco elevado de escalada — uma vez localizados, eles não podem ser interceptados facilmente, mas também podem ser alvo prioritário em caso de conflito aberto.
STF rejeita carta em apoio a Moraes após sanções dos EUA

BRASÍLIA, 1º de agosto de 2025 – A maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) recusou-se a assinar uma carta de apoio a Alexandre de Moraes após sanções impostas pelos Estados Unidos. A proposta, articulada pelo próprio ministro, buscava uma manifestação institucional da Corte contra as medidas norte-americanas, mas foi rejeitada por falta de consenso. O presidente do STF, Luís Roberto Barroso, divulgou apenas uma nota pessoal em tom moderado. A decisão ocorreu após consulta individual aos ministros na quarta (30), um dia após o anúncio das sanções pela Lei Magnitsky. A maioria considerou inapropriado que o STF se posicionasse formalmente sobre decisão soberana de outro país.
Maranhão deve perder R$ 147 milhões com tarifaço dos EUA

MARANHÃO, 30 de julho de 2025 – O Maranhão poderá perder R$ 147 milhões com o aumento das tarifas aplicadas pelos Estados Unidos aos produtos brasileiros. A estimativa é da Confederação Nacional da Indústria (CNI), com base na participação do estado nas exportações destinadas ao mercado norte-americano. Em 2024, 13,4% das exportações do Maranhão tiveram como destino os Estados Unidos. Segundo a CNI, a presença norte-americana na pauta comercial do estado reforça a dependência de mercados estratégicos, como o norte-americano, para o comércio exterior regional. As novas tarifas entram em vigor no dia 1º de agosto, por determinação do presidente Donald Trump. A CNI projeta uma perda nacional de mais de R$ 19 bilhões, atingindo diretamente setores estratégicos da economia brasileira.
EUA punem ministro Moraes com lei usada contra ditadores

MUNDO, 30 de julho de 2025 – O governo dos Estados Unidos incluiu o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes na lista de sanções da Lei Magnitsky. A medida, anunciada nesta terça (30), bloqueia bens e contas bancárias do magistrado no país, além de cancelar seu visto e proibir sua entrada em território americano. O secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, acusou Moraes de liderar uma “caça às bruxas ilegal” contra cidadãos e empresas brasileiras e norte-americanas. De acordo com Bessent, o ministro promoveu censura, detenções arbitrárias e processos politizados, incluindo ações contra o ex-presidente Jair Bolsonaro. A Lei Magnitsky é aplicada contra indivíduos e entidades envolvidos em crimes financeiros ou violações de direitos humanos.
Retaliação de Lula aos EUA pode cortar 5 milhões de empregos

MUNDO, 26 de julho de 2025 – Uma escalada nas retaliações na guerra comercial entre o Brasil e os Estados Unidos pode custar até 6% do PIB brasileiro – pelo menos R$ 667 bilhões – e uma perda de 5 milhões de empregos em um período entre cinco e dez anos. O projeto é da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg). O Brasil enfrenta seu maior dilema comercial em décadas. A tarifa anunciada por Donald Trump, para entrar em vigor em 1.º de agosto, representa muito mais que um entrave comercial. Segundo analistas, a situação pode representar um grande obstáculo ao futuro da economia do país, caso o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) opte pelo caminho da retaliação. No momento, os esforços do governo são direcionados para uma negociação pela via diplomática. “O Ministério das Relações Exteriores precisará ser muito hábil para negociar e, quem sabe, suspender essa tarifa antes de 1.° de agosto”, diz o jurista Ives Gandra da Silva Martins, professor emérito da Universidade Mackenzie. A decisão americana surpreende não apenas pela magnitude, mas também pelo timing e justificativa. Washington classifica o tarifaço como sendo algo “recíproco” e alega buscar “corrigir barreiras impostas pelo Brasil”. No entanto, os analistas enxergam motivações que vão além do comércio. Eles defendem um componente político na decisão, com divergências sobre o tratamento dispensado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) ao ex-presidente Jair Bolsonaro e debates atualizados sobre a regulação das redes sociais no Brasil como pano de fundo para a instrumentalização do comércio bilateral. O custo da retaliação: por que responder seria pior? A entidade empresarial mineira aponta que na eventualidade de o Brasil responder com uma tarifa de 50% sobre os produtos americanos, como Lula cogitou na semana passada, os efeitos seriam substanciais. O PIB nacional sofreria uma contração de 2,21%, equivalente a R$ 259 bilhões em valores atuais. A retração significaria a eliminação de 1,9 milhão de postos de trabalho, entre empregos formais e informais, com uma redução de R$ 36,2 bilhões no total dos rendimentos dos brasileiros.
Brasil fica isolado em negociações comerciais com os EUA

BRASIL, 21 de julho de 2025 – O Brasil permanece sem avanços nas negociações comerciais com os Estados Unidos, diferentemente de outros países, inclusive membros do Brics. A Indonésia, Índia, Vietnã e até a China conseguiram progressos recentes com o governo norte-americano, liderado por Donald Trump. O Brasil, porém, ainda aguarda resposta a uma proposta oficial enviada em 16 de maio. O presidente Lula afirmou à CNN Internacional que o vice-presidente Geraldo Alckmin e o chanceler Mauro Vieira participaram de mais de dez reuniões com representantes dos EUA. No entanto, até o momento, o governo norte-americano não respondeu formalmente à proposta brasileira. A Indonésia, na última terça (15), firmou acordo com os Estados Unidos que reduziu tarifas de 32% para 19% sobre seus produtos. O país asiático também se comprometeu a comprar US$ 15 bilhões em energia, US$ 4,5 bilhões em produtos agrícolas e 50 aviões da Boeing, além de eliminar tarifas sobre exportações americanas. Outros países do Sudeste Asiático conseguiram negociações semelhantes, embora com tarifas ainda elevadas: Vietnã (20%), Filipinas (21%), Malásia (25%), Tailândia e Camboja (36%). A Indonésia foi a que obteve a menor taxa tarifária entre os acordos firmados. A Índia também avançou nas tratativas com os EUA. O país já realizou cinco rodadas de negociações presenciais em Washington e discute um acordo provisório com redução tarifária mútua. O presidente Trump mencionou publicamente o progresso dessas negociações. A China, mesmo em clima de tensão estratégica com os EUA, conseguiu um acordo preliminar em 12 de maio. As sobretaxas norte-americanas caíram de 145% para 30% e as chinesas, de 125% para 10%. A disputa, que envolvia exportações de minérios e chips, começou em abril e teve resolução parcial no mês seguinte.
SSP troca carabinas por fuzis de fabricante dos EUA

MARANHÃO, 03 de junho de 2025 – A Secretaria de Segurança Pública (SSP) do Maranhão promoveu uma alteração qualitativa no contrato firmado com a empresa norte-americana Sig Sauer, sediada em New Hampshire, para aquisição de armamentos. O aditivo contratual, datado de 12 de maio, substitui as carabinas calibre 7,62x51mm por fuzis semiautomáticos de precisão calibre .308. A mudança ocorre no âmbito do contrato assinado em 23 de agosto de 2024, e indica um redirecionamento estratégico da SSP, atualmente sob o comando do delegado Maurício Martins. O novo armamento visa aprimorar a atuação das forças policiais no combate à criminalidade em todo o estado.