Nordeste fica entre regiões com menos liberdade para empreender
BRASIL, 27 de fevereiro de 2024 – Criada para reduzir a burocracia nas atividades econômicas e facilitar a abertura e o funcionamento de empresas, a adoção da Lei de Liberdade Econômica tem avançado mais nas Regiões Sul e Sudeste, enquanto a adoção tem sido lenta no Norte e Nordeste. É o que mostra a versão 2024 do projeto Liberdade para Trabalhar do ILISP (Instituto Liberal de São Paulo) que mapeia, presta consultoria e apoia – sem custos para os cofres públicos – a adoção da lei nos estados e municípios brasileiros. O principal benefício da lei para os empreendedores é a dispensa de alvarás para atividades de baixo risco. A regulação federal prevê que 298 atividades econômicas (os “CNAEs” definidos ao abrir uma empresa) são dispensadas de alvarás, mas estados e municípios também precisam regular a lei para que os alvarás sejam realmente dispensados por todos os órgãos (bombeiros, fazenda, meio ambiente, vigilância sanitária, entre outros). Estados e municípios são livres para dispensar um número maior de atividades do que a regulação federal.
Empreendedorismo Negro: Maranhão se destaca entre estados
MARANHÃO, 16 de novembro de 2023 – O Maranhão é um dos estados com maior número de empreendedores negros, segundo um levantamento feito pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), com base nos dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2022. De acordo com o estudo do Sebrae, no Maranhão, 80% dos empreendedores se autodeclaram negros, o que faz o estado ocupar o quinto lugar em proporções de empreendedorismo negro no Brasil, ficando atrás apenas do Pará, Amapá, Amazonas e Acre. O estudo foi feito a partir de dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD) contínua do IBGE, relativo ao terceiro trimestre de 2022 e aponta também que a renda média é ainda menor quando se trata de mulheres negras à frente de um negócio: 39% abaixo do rendimento de homens brancos. Esta realidade foi tema de debate em um seminário, em São Luís, sobre desenvolvimento, territórios e afro-empreendedorismo no Maranhão, que foi promovido junto com a Secretaria de Estado da Igualdade Racial (Seir) neste mês da consciência negra. O coordenador executivo da Rede Nacional de Afroempreendedores (Reafro Nacional), João Carlos Nogueira, diz que é preciso debater sobre o assunto, já que o Maranhão possui uma grande representatividade com comunidades remanescentes de quilombos, onde desenvolvem iniciativas produtivas. “Nós queremos discutir regionalmente isso na medida que o Maranhão tem duas características. Uma forte presença rural ainda e uma representação de comunidades muito grandes, de comunidades remanescentes de quilombos e esses municípios precisam ser fortalecidos a partir das suas iniciativas produtivas”, afirmou João Carlos Nogueira. O representante da Reafro no MA e empreendedor, José Antônio Carlos, ressalta que é preciso que a população negra no Maranhão reflita sobre sua importância na cadeira do empreendedorismo, já que atualmente ela faz parte de 78% desse quantitativo. “78% de uma população tem que ter uma discussão que reflita esse quantitativo de profissionais, de pessoas que labutam diariamente no empreendedorismo e nós temos em torno de 250 mil, e são números oficiais que se tem”. A secretária-adjunto de Estado da Igualdade Racial, Maria Socorro Guterres, pontua que é de suma importância que a população negra seja consciente de seu valor no mercado de trabalho, para que possa avançar ainda mais no setor do empreendedorismo. “Pra que esta população negra no estado do Maranhão se aproprie. Sejam também empoderadas no sentido de acessar este mercado do empreendedorismo”.
Karla Sarney propõe Prêmio Mulheres Empreendedoras de SL
SÃO LUÍS, 19 de junho de 2023 – A vereadora Karla Sarney (PSD) propôs, na Câmara Municipal da capital maranhense, o Projeto de Resolução “Prêmio Mulheres Empreendedoras de São Luís”, que visa reconhecer mulheres que tenham se destacado em atividades de empreendedorismo. Na oportunidade, a parlamentar falou sobre a relevância da iniciativa, que busca homenagear mulheres à frente de empresas, escolas, cooperativas e associações, nas áreas social, comércio, serviços, indústria e artesanato. “Quando uma mulher empreende e gera renda para si, vira dona de sua própria história e tem muito mais chances de interromper ciclos de violência doméstica. Por isso, fomentar o empreendedorismo feminino é contribuir para que mais mulheres sejam protagonistas da própria vida”, enfatizou. Cada vereador poderá indicar duas mulheres para receber o Prêmio Mulheres Empreendedoras de São Luís, cujas indicações serão avaliadas e definidas pelo Colégio de Líderes do Poder Legislativo Municipal. O reconhecimento deverá ser concedido anualmente, em Sessão Solene, pela Câmara de vereadores, na data em que é comemorado o Dia Internacional da Mulher, em 08 de março.
Morre empresário Francisco Honaiser, uma das estrelas do agronegócio maranhense
Tão carente de empreendedores, o Maranhão perdeu nesta sexta (11 de março) o empresário Francisco Honaiser. Ele era uma das estrelas do pujante agronegócio maranhense que tem retirado o sul do Maranhão do estado calamitoso de miséria que assola o resto do estado. Presidente do Grupo Honaiser, ele foi pioneiro no investimento em diversos segmentos do agronegócio na cidade de Balsas. Além da história, a opinião de pessoas próximas também reforça que Francisco era um homem espirituoso e visionário, muito querido por balsenses e região do Sul do Maranhão. Honaiser deixa a esposa, Eunice, e quatro filhos, Márcio, Lisiane, Deise e Renan.
Rio Poty Hotel & Resort sedia sétima edição da Feira de Calçados e Acessórios do Maranhão
O Rio Poty Hotel & Resort (Ponta d’Areia) sedia, desta terça (24) até a próxima quinta-feira (26), a sétima edição da Feira de Calçados e Acessórios do Maranhão – Fercama, uma das mais importantes das regiões Norte e Nordeste. O evento acontece no Salão Palmeiras, onde foram montados diversos estandes para exposição das principais marcas nacionais e internacionais de moda dedicadas a calçados, bolsas, relógios e acessórios. São mais de 100 marcas envolvidas. A iniciativa, que inclui ainda palestras sobre temas variados, a exemplo de marketing digital, posicionamento de rede e tráfego pago surgiu da necessidade em comum de se estreitar os laços entre indústria e lojistas, segundo o diretor geral, Fernando Mello Orion. “Criando uma ponte para que os bons negócios se concretizassem, bem como fortalecendo e estimulando a economia”, afirma Fernando Mello Orion. De acordo com Fernando Mello Orion, a última edição da Fercama movimentou cerca de R$ 32 milhões. “Nesta sétima edição, um pouco mais compacta, a expectativa é movimentar entre R$ 10 a R$ 15 milhões”, frisa, acrescentando que a feira proporciona propostas de negócios diferenciados e que lojistas de todo o Maranhão estão desembarcando em São Luís para participar.
“Já tem gente copiando”, diz Simplício sobre seu plano de governo
O ex-secretário de Indústria, Comércio e Energia, Simplício Araújo (Solidariedade), alfinetou os demais pré-candidatos ao governo do Maranhão. A fala de Simplício ocorre pelo fato de apenas ele esboçar o que seria um plano de governo e um rompimento com a forma tradicional de gerir estado. Uma de suas principais bandeiras, inclusive, é o incentivo ao empreendedorismo. Por meio de suas redes sociais, Simplicio segue defendendo a bandeira da geração do emprego e da renda para os maranhenses. “Eu tenho um plano de desenvolvimento para o estado, e é tão bom que já tem gente copiando […] Copiar o que eu falo é fácil, difícil é saber fazer. A prática de falar é uma coisa, a de fazer é outra muito diferente. Fiquem de olho em quem aproveita as minhas ideias e depois sai copiando e colando. Pessoas assim só emperram o Maranhão”, alfinetou o suplente de deputado federal e líder do Solidariedade.
Brasil bate recorde histórico na abertura de pequenos negócios
A Secretaria Especial de Comunicação Social da Precisência da República (SecomVc) em parceria com o gabinete do porta-voz do órgão divulgou neste domingo (13) que o Brasil bateu recorde histórico na abertura de novos pequenos negócios em 2021. Segundo informações, a consolidação da figura jurídica do MEI, Lei da Liberdade Econômica, desburocratizações, ampliação de digitalização histórica gerando ganho de tempo e menos gastos para se abrir um negócio foram uns dos principais incentivos para melhoria do ambiente de negócios. No ano passado, houve 19,8% de aumento em relação a 2020; 121,9 mil abriram empresas de pequeno porte e 682,7 mil optaram por microempresas. A SecomVc informou ainda que mais de 3,9 milhões de novos empreendedores iniciaram seus novos negócios em 2021, cujo ano foi encerrou com um total de 17.337.882 pequenas empresas ativas.
A maioria dos empreendedores é composta de maus empreendedores – eis a sua chance
Recentemente, precisei da ajuda de um encanador para consertar um vazamento na tampa de esgoto em frente à minha casa. Embora eu mesmo talvez pudesse fazer o serviço — graças à gloriosa internet, é possível aprender de tudo e fazer por contra própria —, dificilmente isso seria um uso valioso do meu tempo. Prefiro me concentrar em meus afazeres profissionais — pesquisa e ensino — para então gastar parte da minha receita fazendo outras atividades mais prazerosas. Portanto, decidi recorrer à mão-de-obra especializada fornecida pela divisão do trabalho. Utilizando uma bem conhecida ferramenta de recomendação de serviços para separar o joio do trigo, encontrei um confiável e bem reputado encanador. Consegui marcar o serviço para a manhã seguinte. Para encurtar a história, o encanador apareceu, olhou para a rede, viu que era um hidrante enterrado, disse algo do tipo “ah, é um daqueles“, seguido por um “eu não trouxe as ferramentas para esse tipo de serviço”, entrou na van e voltou para sua base. Quatro horas depois, o vazamento estava consertado. E então ele me apresentou a conta, pagável imediatamente (“dinheiro ou cheque”), cobrando por um total de quatro horas de serviço: duas horas de deslocamento, a maior parte delas por causa da viagem de ida e volta para buscar as ferramentas que ele não havia trazido, e mais duas horas de serviço propriamente dito. Quando então deixei claro que não é minha responsabilidade garantir que o encanador traga as ferramentas adequadas para o trabalho, e que por isso me opunha a ter de pagar o ultrajante valor de $85 por hora para que ele apenas dirigisse seu veículo, ele simplesmente respondeu que estava cobrando pelo seu “tempo”. Para não criar caso (meu tempo é extremamente valioso), acabei pagando a ridícula quantia, metade dela por algo que não me trouxe valor nenhum. Meu ponto aqui nem é o fato de que um mais um encanador licenciado e protegido pelo estado (em minha cidade, só pode exercer legalmente essa profissão regulamentada quem o estado permite via certificado ou registro em órgão profissional) extorquiu mais um consumidor. O ponto é que este encanador não era empregado de uma empresa, mas sim um autônomo — e demonstrou ser totalmente incapaz de entender o que é gerir um negócio. Empreender é sobre criar valor Esta incapacidade de entender o básico sobre o empreendedorismo está, infelizmente, presente em vários empreendedores, e todos nós somos prejudicados por este fato. Nosso padrão de vida fica aquém do que poderia ser. E o problema é que, ainda que eles fossem ganhar muito apenas como consequência de dar um pequeno passo na direção correta, eles não o fazem. Embora não se possa acusá-los de ignorância (empreendedores têm mais o que fazer do que estudar a teoria do empreendedorismo, por exemplo), é triste saber que muitos empreendedores encaram seu negócio como se fosse um emprego. Trata-se de uma ideia totalmente equivocada. Empreendedorismo não é sobre emprego, e rotular proprietários-administradores de pequenas empresas como “empregados por conta própria” é um grande desserviço para a sociedade. Serve apenas para gerar confusão. Emprego é a atribuição de efetuar determinadas tarefas (ou produzir uma série de resultados razoavelmente padronizados) dentro de uma empresa. Quando você é um empregado, seu tempo e seu esforço são meras engrenagens dentro de um amplo e rigidamente coeso processo de produção, o qual é centralmente coordenado. E isso em nada se assemelha a empreender e criar uma empresa própria, a qual não possui um arcabouço já determinado e não possui um processo de produção já pré-estabelecido. A questão do empreendedorismo é: você pode ofertar qualquer serviço que deseje e do jeito que quiser. Já como empregado de uma empresa, você certamente não pode fazer isso. Estas duas funções são, na prática, muito mais distintas entre si do que muitos imaginam. Colocando em termos econômicos, empreendedorismo é sobre criar valor. E, para fazer isso, um empreendedor primeiro tem de descobrir o que os consumidores valorizam e como é possível satisfazer esses desejos. O empreendedor só ganha dinheiro se souber satisfazer, de maneira contínua, os consumidores. E o que é satisfazer? Resolver seus problemas, saciar seus desejos, tornar suas vidas mais confortáveis etc. Se este empreendedor terá sucesso é algo que dependerá completamente dos consumidores (e também daquilo que os empreendedores concorrentes irão oferecer). E não sobre cortar custos Dentro de uma empresa, o valor já está estabelecido. Empresas existentes já descobriram algum tipo de posição de mercado na qual podem ganhar dinheiro — um nicho onde o valor daquilo que oferecem aos consumidores é maior do que os preços que elas cobram (caso contrário, não haveria consumidores comprando voluntariamente). E esses preços, por sua vez, são maiores que seus custos de produção. Assim, a função de um empregado desta empresa é contribuir para o processo de produção desempenhando as tarefas que lhe foram assinaladas, e fazê-las da maneira mais barata e eficaz possível. Sua função, e a função da gerência também, é cortar custos ou mantê-los sob controle. Percebeu a diferença? Ao passo que a função do empregado (ou do gerente) é manter os custos sob controle para que a empresa possa continuar a vender bens e serviços tendo lucro (aos preços de mercado vigentes), a função do empreendedor é descobrir como gerar valor para os consumidores e o quanto eles estão dispostos a pagar por isso. (Veja mais detalhes deste processo aqui). Um empreendedor que se concentra apenas nos custos está, na prática, atuando como um gerente e não como um verdadeiro empreendedor de seu negócio. Concentrar nos custos é algo que funciona apenas se já houver um processo de produção estabelecido, com início e fim, e com os preços já estabelecidos pelo mercado. Por outro lado, se você é um “empregado por conta própria”, você não pode se dar ao luxo de se concentrar em cortar custos (ou mantê-los sob controle) em detrimento da criação de valor. O encanador mencionado na história acima, por exemplo, cobrou pelo seu “tempo” (seu custo) em vez de apenas pelo valor criado (consertar o vazamento). Deixando de