Deputados divergem sobre situação da educação no Maranhão

MARANHÃO, 14 de maio de 2025 – A educação pública no Maranhão se tornou palco de embate na Assembleia Legislativa, com deputados da base governista e da oposição apresentando visões radicalmente opostas sobre o atual cenário da rede estadual de ensino. De um lado, o deputado Rodrigo Lago denunciou um cenário de abandono, citando obras inacabadas como o caso do Centro Educa Mais Major Érico Gomes Braga, em Nina Rodrigues, onde alunos teriam concluído o Ensino Médio sem nunca ter tido aulas presenciais devido a reformas intermináveis, além de relatar escolas sem cantinas, banheiros inoperantes e problemas de alagamento. Ele criticou especialmente a transferência de gestão de obras da Secretaria de Educação para a Secretaria de Infraestrutura, que, segundo ele, levou a atrasos e paralisações, afirmando que “milhares de alunos maranhenses estão sendo prejudicados e disputarão vestibulares no futuro em condições desiguais”.
Lula critica defasagem no aprendizado de alunos maranhenses

MARANHÃO, 30 de abril de 2025 – O deputado estadual Carlos Lula (PSB) utilizou a tribuna da Assembleia Legislativa nesta semana para chamar atenção ao desempenho dos alunos maranhenses nas avaliações nacionais. Segundo ele, os dados mais recentes do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) confirmam o que muitos já desconfiavam: o domínio dos conteúdos básicos segue sendo um desafio persistente no estado. De acordo com levantamento do Interdisciplinaridade e Evidências no Debate Educacional (Iede), 59% dos estudantes da rede pública estadual do Maranhão não demonstram conhecimento suficiente em Matemática. Em Português, o cenário também inspira cuidados, com 56% dos alunos apresentando desempenho abaixo do esperado. Mesmo com mensalidades e estruturas diferenciadas, as escolas particulares do estado também enfrentam dificuldades. O levantamento indica que 30% dos estudantes da rede privada saem do ensino médio sem domínio dos fundamentos em Matemática — um dado que relativiza a crença de que basta pagar para aprender. “Estamos falando de alunos que têm dificuldade para medir uma área, resolver operações simples de porcentagem ou interpretar um problema matemático. E o mais grave: nem mesmo a rede privada escapa”, apontou Carlos Lula.
Pisos da saúde e educação podem ficar sem recursos em 2027

BRASÍLIA, 24 de abril de 2025 – O governo Lula (PT) indicou que faltará verba no Orçamento para cumprir os pisos de saúde e educação já em 2027, em mais um indício do risco de insustentabilidade do arcabouço fiscal e de apagão nas políticas públicas. As projeções do PLDO (projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias) de 2026 mostram que a reinclusão integral das despesas com sentenças judiciais nas regras fiscais deixaria um espaço de apenas R$ 122,2 bilhões para gastos discricionários (não obrigatórios) em 2027, primeiro ano de gestão do próximo presidente da República. Desse valor, R$ 56,5 bilhões ficariam carimbados para emendas parlamentares. A sobra de R$ 65,7 bilhões, por sua vez, é insuficiente para honrar a complementação necessária para cumprir os pisos, estimada em R$ 76,6 bilhões. O saldo negativo de R$ 10,9 bilhões é um sinalizador da gravidade do quadro, pois só depois de garantir as emendas e as aplicações mínimas em saúde e educação viriam as demais despesas não obrigatórias, como gastos para manter o funcionamento da máquina e investimentos em outras áreas. Não se trata de falta de dinheiro, mas sim de não ter espaço para executar as despesas seguindo as regras incorporadas à legislação para garantir a sustentabilidade fiscal e evitar o endividamento excessivo do país. Hoje, uma parcela das sentenças fica de fora do limite de despesas do arcabouço e da meta fiscal após acordo costurado pelo governo com o STF (Supremo Tribunal Federal), uma forma de regularizar os pagamentos que haviam sido adiados no governo de Jair Bolsonaro (PL). A exceção, porém, tem data para acabar e só vale até o fim de 2026. A partir de 2027, o governo precisa reincluir essas despesas no arcabouço e na meta de resultado primário. Técnicos do governo alertam, porém, que este não é um problema para o próximo presidente da República, mas sim para a atual gestão. Em agosto de 2026, às vésperas da campanha, o Executivo terá que enviar ao Congresso a proposta de Orçamento de 2027.
Othelino Neto ataca trabalho de Camarão na educação

SÃO LUÍS, 3 de abril de 2025 – Dois dias após o ex-prefeito de São Pedro dos Crentes, Lahesio Bonfim (NOVO), criticar a educação pública no Maranhão, foi a vez do deputado estadual Othelino Neto (Solidariedade) também criticar o setor Bonfim e Othelino atingem diretamente o vice-governador, e também pré-candidato ao governo em 2026, Felipe Camarão (PT). O petista foi secretário de educação por cerca de sete anos, ocupando o cargo de março de 2016 a 31 de março de 2022 e de 6 de março de 2023 a julho de 2024.
Estudante do Colégio Militar não passou em 1º lugar no curso de medicina da USP

SÃO LUÍS, 20 de janeiro de 2025 – É inverídica a informação divulgada amplamente no fim de semana que a estudante Ana Theresa Fonseca Carvalhal foi aprovada no 1º lugar no vestibular para o curso de Medicina da Universidade de São Paulo (USP). A estudante divulgou foto com o “1º” pintado na testa, o que causou forte emoção e compartilhamentos. Acontece que uma vista minimamente criteriosa na lista (que deveria ter sido feita pela equipe do governador Carlos Brandão) basta para perceber que o ordenamento dos aprovados foi disposto em ordem alfabética, não classificatória. Além do mais, existem três outras listas com outros três primeiros lugares. Todos começando com a letra A.
Um em cada 5 jovens abandona escola antes do ensino médio

BRASIL, 04 de dezembro de 2024 – Um em cada cinco jovens brasileiros, na faixa etária de 15 a 29 anos, abandonou a escola sem concluir a educação básica em 2023, o equivalente a 9,1 milhões de pessoas. O dado, divulgado nesta quarta (4) pelo IBGE, reflete um índice de evasão escolar de 19%. Embora elevado, o percentual mostra redução gradual ao longo dos anos. Em 2016, início da série histórica, o índice era de 25,3%. Em 2022, caiu para 19,9%. A educação básica no Brasil compreende os níveis infantil, fundamental e médio, segundo o IBGE. PERFIS DO ABANDONO ESCOLAR Entre os jovens que deixaram os estudos, 36,3% chegaram a iniciar o ensino médio, mas não o concluíram. Outros 63,7% não alcançaram esse nível: 39,4% tinham apenas o fundamental incompleto ou nenhuma instrução, enquanto 24,3% concluíram o ensino fundamental. O estudo revelou ainda que 40,1% das pessoas entre 25 e 64 anos no Brasil não completaram a educação básica. Esse índice é mais que o dobro da média de 19,8% dos países da OCDE em 2022.
Governo Lula exibe filme com cenas de sexo para crianças

MACAPÁ, 3 de dezembro de 2024 – Por meio do Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania, o Governo Lula exibiu o filme “Cidade; Campo” na Escola Estadual Barão do Rio Branco, em Macapá (AP), durante a 14ª Mostra de Cinema e Direitos Humanos. O público, formado majoritariamente por crianças, assistiu a cenas de sexo lésbico explícitas classificadas para maiores de 18 anos. Nas redes sociais, vídeos gravados pelos alunos mostraram reações de gritos durante a exibição das cenas. A organização do evento pediu desculpas à comunidade escolar e ao público, reconhecendo que houve inadequação na classificação do filme. A direção da escola, os pais e os alunos participaram de reuniões para tratar do ocorrido. O governador do Amapá, Clécio Luís, afirmou estar “estarrecido” com a situação e classificou como inaceitável o desrespeito à faixa etária do filme. BAIXARIA (SEMPRE) PRESENTE Esta não é a primeira vez que o governo federal financia baixaria e hipersexualização inadequada. Em outubro de 2023, durante o evento “Em Prosa”, realizado Ministério da Saúde, uma performance de dança erótica chamou a atenção e resultou na exoneração do responsável pelo encontro, Andrey Roosewelt Chagas Lemos, então diretor de Prevenção e Promoção da Saúde. A apresentação, ao som da música “Batcu”, foi um dos pontos mais controversos do evento, que custou R$ 1,3 milhão aos cofres públicos. Entre os gastos, destacam-se despesas com passagens aéreas, estrutura física e alimentação, além de apresentações artísticas que somaram R$ 16 mil. A ministra da Saúde, Nísia Trindade, afirmou à época ter sido surpreendida pela inclusão da dança, classificando-a como “imprópria”. A pasta criou uma curadoria de eventos para evitar situações semelhantes.
Educação pode perder R$ 42,3 bi até 2030 com cortes no MEC

BRASIL, 30 de novembro de 2024 – O governo federal anunciou cortes de R$ 42,3 bilhões no orçamento do Ministério da Educação (MEC) até 2030. A medida, liderada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, pode comprometer a expansão do ensino integral, promessa de campanha do presidente Lula. Atualmente, o ensino integral é financiado pelo Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb), cuja contribuição federal é de 19%, com previsão de aumento para 23% em 2026. O governo propõe que 20% dessa contribuição sejam destinados exclusivamente à expansão do ensino integral. Caso aprovada pelo Congresso, essa mudança tornará o Fundeb a única fonte de financiamento para essa modalidade, eliminando o suporte adicional do MEC. O Ministério da Fazenda defende que a medida criará espaço fiscal para outras áreas do MEC. Segundo a pasta, sem a necessidade de aporte do Ministério para escolas em tempo integral, será possível redirecionar recursos para outras demandas educacionais.