Governo registra déficit primário de R$ 9 bilhões em julho
BRASIL, 06 de setembro de 2024 – O Governo Central apresentou um déficit primário de R$ 9,283 bilhões em julho, o oitavo maior para o mês desde 1997, segundo dados do Tesouro Nacional. Nos últimos 12 meses até julho, o déficit acumulado atingiu R$ 233,3 bilhões, representando 2,04% do Produto Interno Bruto (PIB). O resultado envolve o Tesouro Nacional, a Previdência Social e o Banco Central, excluindo a dívida pública. Enquanto o Tesouro registrou um superávit de R$ 13,5 bilhões, a Previdência Social e o Banco Central apresentaram déficits de R$ 22,456 bilhões e R$ 327 milhões, respectivamente. Em julho de 2023, o déficit foi de R$ 35,921 bilhões, e o acumulado daquele ano alcançou R$ 230,535 bilhões, equivalente a 2,12% do PIB. Até julho de 2024, o déficit acumulado do governo central é de R$ 77,858 bilhões, com um superávit de R$ 143,416 bilhões do Tesouro Nacional e déficits de R$ 220,678 bilhões da Previdência e R$ 596 milhões do Banco Central. A meta fiscal para o ano é de déficit zero, com uma margem de tolerância de até 0,25% do PIB, ou R$ 28,8 bilhões. As projeções dos ministérios da Fazenda e do Planejamento indicam um déficit de R$ 28,8 bilhões para o fechamento de 2024, considerando os ajustes orçamentários previstos em julho.
A política da inveja
Socialistas e outros esquerdistas apoiam a tributação da renda e da riqueza dos ricos. Eles dizem que querem promover a “igualdade” e a “justiça social”, mas na verdade são motivados pela inveja. Eles querem o que os outros têm. Eles não suportam a ideia de outras pessoas terem mais dinheiro do que eles. Aqui está o que Rob Larson, professor de economia do Tacoma Community College, diz sobre certos apartamentos muito caros: “Além do retorno das mansões na cidade para os ricos e seus carros, Nova York e Londres também viram o crescimento de ‘portas para pobres’. Estas são entradas para novos edifícios de luxo, erguidos com a exigência da cidade de incluir algumas unidades habitacionais acessíveis para trabalhadores regulares, além de unidades de ‘taxa de mercado’ que são vendidas por sete dígitos ou mais. O The Guardian descreve um empreendimento de luxo em Londres, onde a porta principal se abre para revestimentos de mármore de luxo e portas macias, e uma placa na parede informa os moradores que o concierge está disponível. Na parte de trás, a entrada para as casas acessíveis é um corredor creme, decorado apenas com caixas de correio cinza e um cartaz avisando os inquilinos de que eles estão sendo filmados e serão processados se causarem algum dano.” Para mim, esta é uma passagem incrível. No exemplo de Larson, algumas “pessoas que trabalham regularmente” estão alojadas em alguns dos apartamentos mais luxuosos do mundo. Mas Larson ainda se opõe porque essas pessoas não conseguem usar as entradas mais sofisticadas feitas para os super-ricos que pagam taxas de mercado. Ao ler Larson, você pode sentir seu ódio doentio pelos ricos: ele gostaria de ofende-los, só porque eles são capazes de pagar coisas que outros não podem pagar. Ele não oferece nenhuma evidência de que os trabalhadores dos apartamentos estejam insatisfeitos. Se eu tivesse que adivinhar, imagino que eles estejam felizes por estarem recebendo o lucro inesperado que resulta da interferência do governo no livre mercado em seu nome; mas se estou certo no presente contexto não importa. O objetivo é simplesmente expor a emoção de Larson pelo que ela é. Como analogia, considere alguém que se ressente de viagens aéreas de primeira classe, não porque ache a classe econômica desconfortável, mas apenas porque outros viajam em melhores condições do que ele. E o argumento de que a inveja e o ódio estão envolvidos no exemplo de Larson é mais forte do que no caso das viagens aéreas. Exceto pela entrada, os trabalhadores estão recebendo o bem de luxo – mas isso não é suficiente para Larson.
São Luís aumenta superavit pós-pandemia
BRASIL, 19 de agosto de 2024 – As contas públicas de 15 capitais brasileiras deterioraram em 2023 em comparação a 2019, o último ano antes da pandemia e das eleições de 2020. Em oito dessas cidades, superavits se transformaram em deficits. São Paulo teve a maior reversão, acumulando um deficit de R$ 7,97 bilhões no final de 2022. O Rio de Janeiro, que havia registrado um superavit de R$ 1,3 bilhão em 2019, apresentou um saldo negativo de R$ 2,5 bilhões quatro anos depois.
The Economist: Governo Lula leva Brasil ao caminho do declínio
BRASIL, 22 de julho de 2024 – Um artigo da revista britânica The Economist, publicado na última quinta (18), aponta que o governo Lula leva Brasil ao caminho do declínio. De janeiro até a metade de junho de 2024, o real acumulou uma desvalorização de 17% em relação ao dólar, registrando o pior desempenho entre as principais moedas globais. Além disso, a bolsa de valores caiu 8%, apesar da recuperação em outros mercados emergentes. A publicação atribui esses resultados ao ceticismo dos investidores sobre o compromisso de Lula (PT) com políticas fiscais e monetárias responsáveis e ao seu retorno a uma abordagem de Estado grande. Em resposta, Lula e sua esposa, Janja, têm intensificado o apoio ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para reduzir o déficit fiscal. O mercado reagiu positivamente, com o real valorizando cerca de 5% e o Ibovespa também apresentando alta. No entanto, The Economist observa que a situação continua incerta. O governo Lula é criticado por altos níveis de gasto e por interferências em empresas estatais. Um exemplo é o próximo término do mandato de Roberto Campos Neto como presidente do Banco Central, que, apesar de sua independência desde 2021, pode ter seis dos nove novos membros indicados por Lula. A preocupação imediata gira em torno das finanças públicas. Após dois anos de superávits primários, o Fundo Monetário Internacional (FMI) estima que o Brasil registrou um déficit primário de 2% do PIB em 2023, prevendo uma redução para 0,7% este ano. The Economist aponta que a política fiscal frouxa requer uma política monetária restritiva para controlar a inflação, o que tem ampliado o déficit global para 9,4% do PIB, em comparação com 5,8% no período anterior. A dívida pública, que era de 60% do PIB em 2011, pode atingir 95% em 2029, segundo o FMI. O artigo também ressalta que o aumento dos gastos de Lula não é totalmente oriundo do governo anterior, de Jair Bolsonaro (PL). Os gastos deste ano subiram 13% em termos reais em relação ao ano passado. Lula também ampliou os benefícios sociais, aumentando o salário mínimo acima da inflação, o que elevou os gastos com segurança social em 10% anuais, e introduziu novas políticas industriais que devem custar R$ 1,3 bilhão até 2026. Para conter a dívida, Haddad estabeleceu um novo arcabouço fiscal, que limita o crescimento dos gastos do governo a 2,5% reais por ano e prometeu eliminar o déficit primário neste ano. No entanto, em abril, ele pediu ao Congresso que suavizasse as metas fiscais, gerando temores de que o governo não esteja comprometido com o equilíbrio das contas. A pressão sobre o Banco Central e a dificuldade em reduzir a Selic, atualmente em 10,5%, são fatores adicionais de preocupação. O Partido dos Trabalhadores (PT) moveu uma ação contra Campos Neto para impedir declarações políticas, complicando ainda mais a política monetária. Embora The Economist não preveja uma crise financeira imediata devido às reservas de US$ 360 bilhões do Banco Central, a revista adverte que o Brasil não pode se dar ao luxo de ser complacente. O envelhecimento da população, o aumento dos gastos com a Previdência, a estagnação da produtividade, a deficiência na educação e a infraestrutura deficiente são desafios que permanecem. O artigo conclui que, apesar das expectativas de que preços elevados de matérias-primas e subsídios possam reanimar a economia, há poucas evidências de que essa abordagem seja eficaz.
Mercado financeiro eleva previsão de inflação para 2025
BRASIL, 15 de julho de 2024 – Analistas do mercado financeiro consultados pelo Banco Central (BC) aumentaram suas expectativas para a inflação de 2025, conforme revela o Boletim Focus desta segunda (15). A expectativa para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu para 3,90% em 2025, ante os 3,88% projetados na semana passada. Para 2023, a projeção de inflação caiu de 4,02% para 4%. As previsões para 2026 e 2027 permanecem em 3,60% e 3,50%, respectivamente. As estimativas para a variação dos preços administrados dentro do IPCA aumentaram de 3,96% para 4,11%, possivelmente devido ao recente aumento no preço da gasolina pela Petrobras. As projeções para o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) também subiram este ano, de 3,40% para 3,42%.
Real e Bolsa brasileira têm piores desempenhos globais em 2024
BRASIL, 17 de junho de 2024 – A deterioração da situação fiscal no Brasil fez com que a Bolsa de Valores e o real apresentassem os piores desempenhos entre as principais economias globais em 2024. Este ano, o índice Ibovespa acumula uma queda de mais de 10%, destoando dos índices globais, que em sua maioria mostram valorização. As incertezas econômicas têm sido apontadas como a principal causa desse mau desempenho, conforme relata a Folha de S. Paulo. O impacto negativo não se restringe à Bolsa. O real também sofreu uma desvalorização significativa, caindo cerca de 10% em relação ao dólar em 2024, passando de R$ 4,85 no final de 2023 para R$ 5,38 na sexta (14). Entre as principais moedas, apenas o iene japonês teve um desempenho pior, com uma queda de 10,37%.
Inflação do real foi 7 vezes maior que do dólar em 30 anos
BRASIL, 14 de junho de 2024 – A inflação do real foi 7 vezes maior que do dólar desde o Plano Real, que entrou em vigor em julho de 1994, há quase 30 anos. O IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) acumulou uma variação de 710% no período, enquanto o CPI (Índice de Preços ao Consumidor) teve taxa acumulada de 112% no período. O levantamento foi feito pelo economista-chefe da Austin Rating, Alex Agostini, a pedido do Poder360. Utilizou a base de dados da Ptax –a taxa média de câmbio oficial do Banco Central. Em 1994, US$ 1 era R$ 1. O mesmo US$ 1 de 1994 custa US$ 2,12 hoje ao corrigir o valor somente pela inflação dos Estados Unidos. Neste caso, se a inflação acumulada do Brasil fosse igual ou menor, seria possível esperar que a cotação fosse de mesmo valor (R$ 2,12). Continue lendo…
Argentina tem superávit e queda na inflação em 6 meses de Milei
BUENOS AIRES, 05 de junho de 2024 – Desde que assumiu a presidência em 10 de dezembro de 2023, Javier Milei enfrentou uma inflação anual de mais de 200%. No entanto, seis meses depois, a Argentina registrou seu primeiro superávit trimestral desde 2008 e uma queda na inflação, que em abril foi de 8,8%, a quarta redução consecutiva. Logo após sua posse, Milei implementou cortes de gastos significativos, incluindo a redução de investimentos na indústria e no comércio, a revogação de leis ambientais e a promoção da privatização de estatais. Também foram anunciados cortes nos subsídios para gás, eletricidade, combustíveis e transportes públicos. Essas ações resultaram em um superávit de 275 bilhões de pesos em março.