Brasil bate recorde de feminicídios e estupros em 2024

Brasil feminicídio

BRASIL, 24 de julho de 2025 – O Brasil registrou 1.490 feminicídios e 87.540 casos de estupro ao longo de 2024, segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública. Os dados foram divulgados nesta quinta (24), pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública. A média aponta para quatro feminicídios por dia no Brasil e uma vítima de estupro a cada seis minutos. O levantamento revela crescimento de 0,7% nos feminicídios, 0,8% nos estupros e 1% nos estupros de vulneráveis em relação a 2023. Entre as mulheres assassinadas, 70,5% tinham entre 18 e 44 anos. A maioria dos crimes ocorreu dentro de casa, com 64,3% dos casos registrados em residências. Parceiros ou ex-parceiros foram os responsáveis em 79,8% das ocorrências. Quanto ao meio utilizado, armas brancas estiveram presentes em 48,4% dos crimes, e armas de fogo em 23,6%. Mulheres negras representaram 63,6% das vítimas de feminicídio, enquanto mulheres brancas compuseram 35,7% dos casos. A taxa nacional de feminicídios foi de 1,4 por 100 mil mulheres. Quinze estados superaram essa média, com destaque para Mato Grosso (2,5), Mato Grosso do Sul (2,4) e Piauí (2,3). Por outro lado, os menores índices foram registrados no Amapá (0,5), Sergipe (0,8) e Ceará (0,9). Rio de Janeiro e São Paulo apresentaram taxas abaixo da média, com 1,2 e 1,1, respectivamente, mas responderam juntos por 24,1% dos feminicídios do país. ESTUPROS AFETAM PRINCIPALMENTE MENORES DE 14 ANOS O levantamento aponta que 77% dos estupros ocorreram contra menores de 14 anos. Em 66% dos casos, os crimes aconteceram dentro da casa da vítima, e 20,6% foram cometidos por parceiros ou ex-parceiros. Quase metade dos agressores era da própria família. Mulheres negras foram 56% das vítimas de estupro. Os estados de São Paulo, Paraná e Pará concentraram 32,3% dos casos registrados no país em 2024. A média nacional foi de 41,2 estupros por 100 mil habitantes.

Recorde: Brasil tem 77 milhões com nome negativado

Brasil dívida

BRASIL, 23 de julho de 2025 – O Brasil registrou, em maio, o maior número de inadimplentes da série histórica da Serasa: 77 milhões de pessoas. O valor médio da dívida por cidadão é de R$ 6.036, o que representa um total de R$ 465 bilhões em débitos acumulados. A inadimplência pode resultar em nome negativado, restrição de crédito e até perda de bens. Segundo a Serasa, os registros de débito chegaram a 298,5 milhões, também o maior volume da série. Houve aumento de 1% no valor médio das dívidas em relação a abril. A legislação prevê medidas de proteção que visam evitar abusos e garantir equilíbrio nas relações entre consumidores e instituições financeiras.

Brasil fica isolado em negociações comerciais com os EUA

Brasil Brics

BRASIL, 21 de julho de 2025 – O Brasil permanece sem avanços nas negociações comerciais com os Estados Unidos, diferentemente de outros países, inclusive membros do Brics. A Indonésia, Índia, Vietnã e até a China conseguiram progressos recentes com o governo norte-americano, liderado por Donald Trump. O Brasil, porém, ainda aguarda resposta a uma proposta oficial enviada em 16 de maio. O presidente Lula afirmou à CNN Internacional que o vice-presidente Geraldo Alckmin e o chanceler Mauro Vieira participaram de mais de dez reuniões com representantes dos EUA. No entanto, até o momento, o governo norte-americano não respondeu formalmente à proposta brasileira. A Indonésia, na última terça (15), firmou acordo com os Estados Unidos que reduziu tarifas de 32% para 19% sobre seus produtos. O país asiático também se comprometeu a comprar US$ 15 bilhões em energia, US$ 4,5 bilhões em produtos agrícolas e 50 aviões da Boeing, além de eliminar tarifas sobre exportações americanas. Outros países do Sudeste Asiático conseguiram negociações semelhantes, embora com tarifas ainda elevadas: Vietnã (20%), Filipinas (21%), Malásia (25%), Tailândia e Camboja (36%). A Indonésia foi a que obteve a menor taxa tarifária entre os acordos firmados. A Índia também avançou nas tratativas com os EUA. O país já realizou cinco rodadas de negociações presenciais em Washington e discute um acordo provisório com redução tarifária mútua. O presidente Trump mencionou publicamente o progresso dessas negociações. A China, mesmo em clima de tensão estratégica com os EUA, conseguiu um acordo preliminar em 12 de maio. As sobretaxas norte-americanas caíram de 145% para 30% e as chinesas, de 125% para 10%. A disputa, que envolvia exportações de minérios e chips, começou em abril e teve resolução parcial no mês seguinte.

Brasil volta a ranking mundial de crianças não vacinadas

Brasil vacina

MARANHÃO, 16 de julho de 2025 – O Brasil voltou a integrar o grupo dos 20 países com maior número absoluto de crianças não vacinadas, conforme relatório divulgado na segunda (14) pelo Unicef e pela Organização Mundial da Saúde (OMS). O levantamento revela que 229 mil crianças brasileiras não receberam, em 2024, a primeira dose da vacina DTP, que protege contra difteria, tétano e coqueluche. Esse número mais que dobrou em relação ao registrado em 2023, quando 103 mil crianças ficaram sem a imunização. Dessa forma, o Brasil passou a concentrar 16,8% de toda a população infantil não vacinada na América Latina e no Caribe, ocupando agora a 17ª posição no ranking global. Apesar do aumento no número de crianças não vacinadas, a cobertura da primeira dose da DTP tem apresentado sinais de recuperação. Entre 2000 e 2012, o país mantinha taxas próximas de 99%. No entanto, a partir de 2019, a cobertura caiu para 70%. Durante a pandemia de Covid-19, em 2021, o índice atingiu o ponto mais baixo, com apenas 68% das crianças imunizadas. Em 2024, esse percentual subiu para 91%, indicando uma retomada, ainda que insuficiente diante dos números absolutos de não vacinados. No total, 2,3 milhões de crianças receberam neste ano a primeira dose da vacina pentavalente, versão brasileira que também protege contra hepatite B e haemophilus influenza tipo B. Na América Latina, o México é o único país com número superior ao do Brasil, contabilizando 341 mil crianças sem vacinação. Globalmente, nove países concentram mais da metade das crianças não vacinadas, entre eles Nigéria, Índia e Etiópia. O relatório da OMS e do Unicef mostra que 14,3 milhões de crianças seguem totalmente vulneráveis a doenças preveníveis por vacinas. Outras 5,7 milhões possuem imunização incompleta. Nenhuma das 17 vacinas monitoradas em 2024 atingiu cobertura de 90% ou mais.

Brasil fica atrás de Cuba e se aproxima da Venezuela em ranking

Brasil ranking

BRASIL, 14 de julho de 2025 – Pior do que Cuba e um pouquinho melhor do que a Venezuela, o Brasil está entre os países com pior desempenho no Índice Global da Paz 2025. Segundo o levantamento do Institute for Economics & Peace (IEP), sediado na Austrália, o Brasil ocupa a 130ª posição entre 163 países — uma queda de 27 posições em relação a 2015, quando figurava no 103º lugar. Cuba aparece na 102ª colocação, e a Venezuela, na 139ª. O pior desempenho da América Latina é da Colômbia, que está em 140º lugar. O índice avalia 23 indicadores, divididos em três pilares: nível de segurança social, conflitos internos e externos, e grau de militarização. Juntos, os dados cobrem territórios que representam 99,7% da população mundial. Apesar de o Brasil ter subido uma posição em relação a 2024 — quando estava em 131º lugar —, a tendência de longo prazo é de queda contínua. O desempenho mais crítico do país é na gestão da segurança e dos programas de proteção social, em que ocupa a 149ª colocação. Em relação aos conflitos, o Brasil teve piora em 2025, comparado ao ano anterior. Por outro lado, houve leve melhora nos indicadores de segurança e proteção social e no nível de militarização. Cuba também sofreu uma queda em seu desempenho. O país caiu do 98º lugar em 2024 para a 102ª posição em 2025. Apesar disso, apresenta indicadores mais favoráveis do que o Brasil no quesito segurança e proteção social. A Venezuela, por sua vez, vive uma crise prolongada, marcada por uma paz frágil. Mesmo tendo subido três posições em relação a 2024, passando da 142ª para a 139ª colocação, a melhora não representa avanço real, mas sim um agravamento da situação em outros países.

Casos de antissemitismo crescem no Brasil após conflito árabe

Brasil terror

BRASIL, 14 de julho de 2025 – Ataques verbais, agressões físicas e discursos de ódio contra judeus têm se tornado cada vez mais comuns no Brasil desde o conflito entre Israel e Hamas em outubro de 2023. De acordo com a Confederação Israelita do Brasil (Conib), o país registrou um aumento de 1.000% nos casos de antissemitismo no primeiro mês da guerra, comparado ao mesmo período de 2022. Em 2024, foram contabilizadas 1.788 denúncias, um crescimento de 350% em relação a 2022. Em São Paulo, um jovem judeu relatou ter sido ameaçado por manifestantes pró-Palestina na Avenida Paulista em novembro de 2024. No Rio Grande do Sul, a Federação Israelita local foi alvo de protestos com cartazes exaltando o Hamas e gritos de “do rio ao mar, Palestina livre”. Segundo Daniela Russowsky Raad, presidente da entidade, tais atos negam o direito de existência de Israel e ecoam discursos de ódio históricos.

Brasil arrecada R$ 2 trilhões em impostos em 2025

impostos Brasil

MARANHÃO, 04 de julho de 2025 – O painel que contabiliza a carga tributária no Brasil registrou R$ 2 trilhões em arrecadação de impostos nesta quinta (3). O valor é 11,1% superior ao mesmo período de 2024, quando totalizou R$ 1,8 trilhão. A marca foi alcançada pela primeira vez há dez anos, em dezembro de 2015, segundo a Associação Comercial de São Paulo (ACSP). O cálculo inclui impostos federais, estaduais e municipais, além de taxas, multas e contribuições. O site do Impostômetro ilustra o montante com exemplos: R$ 2 trilhões equivalem a 64 milhões de carros populares Fiat Mobi ou 5 milhões de BMW M2. Também seria possível pagar 50 salários mínimos por mais de 3,5 milhões de anos.

Dívida bruta do Brasil deve ultrapassar 100% do PIB até 2030

dívida brasil

BRASIL, 27 de junho de 2025 –  A IFI (Instituição Fiscal Independente) do Senado Federal estima que a DBGG (Dívida Bruta do Governo Geral) passará de 100% do PIB (Produto Interno Bruto) em 2030. A dívida bruta do Brasil foi de 76,2% do PIB em abril, último dado disponível na série histórica do BC (Banco Central). Subiu 4,5 pontos percentuais no governo Lula (PT). Segundo a IFI, a dívida terminará 2025 a 77,6% do PIB. Subirá para 82,4% no fim do governo Lula. A trajetória será de alta até, pelo menos, 2035, quando atingirá 124,9% do PIB. A IFI disse que, em eventual cenário otimista, a dívida pública terminaria 2025 a 76,4% e aumentaria para 79,6% no fim do governo Lula. Teria trajetória de alta até 2035, aos 90,1% do PIB. Por outro lado, no cenário mais pessimista, a DBGG seria maior que 100% do PIB em 2029. Ficaria em 170,3% em 2035. O texto foi o 1º divulgado depois de o governo ter anunciado um congelamento de R$ 31 bilhões nos gastos discricionários e ter feito duas ações para aumentar a arrecadação: O governo pretende arrecadar R$ 31,4 bilhões em 2025 e em 2026 com as medidas. O maior impacto será com a mudança de regra para a compensação tributária na Receita Federal. Dará R$ 20 bilhões até o fim do governo, segundo a equipe econômica.

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