Julho registra recorde histórico de queimadas no Brasil

AMAZONAS, 1º de agosto de 2024 – O Brasil atingiu um recorde histórico de queimadas em julho, segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Desde o início do monitoramento em 1988, o Pantanal e o cerrado registraram o maior número de focos de incêndio nos últimos 31 dias. Entre janeiro e junho, o Pantanal teve 3.262 focos, um aumento de mais de 22 vezes em relação ao mesmo período do ano anterior. Já na Amazônia, foram detectados 12.696 focos de queimadas, representando um crescimento de 76% em comparação a 2023. O aumento das queimadas em 2024 ocorre após dois anos de queda no desmatamento, segundo a CNN. Especialistas atribuem o crescimento ao impacto da crise climática e à seca severa que afeta a região desde 2023.
Investimento baixo deixa Brasil entre os 20 piores do mundo

BRASIL, 30 de julho de 2024 – Depois de algum respiro nos últimos anos, sobretudo em 2021 e 2022, a taxa de investimento do Brasil a partir de 2024 deve se estabilizar em uma faixa entre 15% e 16% do PIB até 2029, levando o país de volta ao “top 20” das piores taxas entre cerca de 170 nações para as quais o Fundo Monetário Internacional (FMI) tem estimativas. O Fundo Monetário Internacional (FMI) projeta que a taxa de investimento no Brasil se estabilize entre 15% e 16% do Produto Interno Bruto (PIB) a partir de 2024 até 2029, colocando o país entre os 20 piores do mundo. Com o investimento baixo no país, o fundo espera que o país termine o ano na 20ª posição entre os 170 países analisados, com uma taxa de 15,9%. Em 2029, o Brasil deve perder uma posição, com uma taxa de 15,4%. Em 2023, a taxa de investimento do Brasil foi de 16,1%, colocando o país na 24ª pior posição. Nos anos de 2021 e 2022, com a recuperação pós-pandemia, as taxas foram de 19,5% e 18,1%, respectivamente, melhorando temporariamente a posição do Brasil no ranking global. Desde 2010, o melhor desempenho foi em 2011, quando o Brasil ficou em 72º lugar com uma taxa de investimento de quase 22% do PIB. De acordo com Francisco Pessoa Faria, economista sênior da LCA Consultores, em entrevista ao jornal Valor Econômico, apenas 9% dos países analisados pelo FMI teriam uma Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) pior que a do Brasil no médio-longo prazo.
Brasileiros já pagaram R$ 2 trilhões em tributos em 2024

BRASIL, 22 de julho de 2024 – De 1º de janeiro até a manhã de domingo (21), os brasileiros já pagaram mais de R$ 2 trilhões em tributos. A informação é do Impostômetro, ferramenta mantida pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP). Segundo a ACSP, em 2024, a marca de R$ 2 trilhões arrecadados em tributos foi alcançada mais cedo. No ano passado, esse valor só foi atingido em 30 de agosto. Em 2022, último ano do governo de Jair Bolsonaro, o Impostômetro registrou os R$ 2 trilhões no dia 14 de setembro. Se o ritmo de arrecadação continuar, os brasileiros poderão pagar mais de R$ 3 trilhões em tributos neste ano. Em 2023, esse valor foi alcançado em 26 de dezembro, segundo o Impostômetro. ARRECADAÇÃO POR ESTADO Na versão online do Impostômetro, os estados que mais arrecadaram tributos desde o início do ano são: São Paulo: R$ 713,5 bilhõesRio de Janeiro: R$ 272,8 bilhõesMinas Gerais: R$ 147,9 bilhõesDistrito Federal: R$ 124,6 bilhõesRio Grande do Sul: R$ 115,1 bilhõesParaná: R$ 111,6 bilhõesSanta Catarina: R$ 83,7 bilhõesBahia: R$ 64,4 bilhõesPernambuco: R$ 46,8 bilhõesGoiás: R$ 41,7 bilhõesCeará: R$ 37,5 bilhõesEspírito Santo: R$ 31,6 bilhõesPará: R$ 30,5 bilhõesMato Grosso: R$ 29,2 bilhõesAmazonas: R$ 24,7 bilhõesMato Grosso do Sul: R$ 21,4 bilhõesMaranhão: R$ 18,9 bilhõesParaíba: R$ 14,9 bilhõesRio Grande do Norte: R$ 14,3 bilhõesPiauí: R$ 11,1 bilhõesAlagoas: R$ 10,4 bilhõesSergipe: R$ 9,5 bilhõesRondônia: R$ 8,6 bilhõesTocantins: R$ 7,1 bilhõesAcre: R$ 3,2 bilhõesAmapá: R$ 2,6 bilhõesRoraima: R$ 2,5 bilhões MAIOR ARRECADAÇÃO MUNICIPAL Entre as cidades, São Paulo lidera a arrecadação, com um total de R$ 24,9 bilhões em tributos.
Cerca de 155 milhões devem votar nas eleições de 2024

BRASIL, 19 de julho de 2024 – O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) divulgou oficialmente a quantidade de eleitores aptos a comparecer às urnas nas eleições municipais de 2024. O Brasil terá 155,9 milhões de eleitores que escolherão prefeitos, vice-prefeitos e vereadores. Este número representa um aumento de cerca de 5% em relação às eleições municipais de 2020.
Brasil gasta mais com fundo eleitoral do que com meio ambiente

BRASIL, 17 de julho de 2024 – O jornal britânico Financial Times publicou uma reportagem nesta quarta (17), em que aponta como “o Brasil está se preparando para realizar as eleições locais mais caras de sua história”. Segundo o veículo, o país vai gastar mais recursos com o fundo eleitoral do que com a proteção do meio ambiente. “Políticos entregaram a si mesmos R$ 4,9 bilhões (US$ 900 milhões) em fundos públicos para pagar por atividades de campanha antes das eleições municipais em outubro”, afirma a publicação. “Os R$ 4,9 bilhões superam o orçamento anual de R$ 3,7 bilhões do Ministério do Meio Ambiente do Brasil, que, entre outras coisas, é responsável por coibir o desmatamento ilegal, a mineração de ouro e a grilagem de terras na Floresta Amazônica.” O Financial Times lembrou como o fundo eleitoral cresceu de R$ 1,7 bilhão em 2018, ano de sua criação, para R$ 4,9 bilhões em 2024.
Quase 10 milhões de brasileiros estão sem saneamento básico

BRASIL, 16 de julho de 2024 – Mesmo com alguns avanços, o Brasil não apresentou uma evolução significativa nos indicadores de saneamento básico. Atualmente, quase 10 milhões de brasileiros ainda esperam atendimento de qualidade em áreas como coleta de lixo, fornecimento de água potável e tratamento de esgoto. Essa conclusão é do Instituto Trata Brasil, que divulgou a terceira edição do estudo “Avanços do Novo Marco Legal do Saneamento Básico no Brasil de 2024”. Os dados mostram que 579 municípios estão enfrentando dificuldades para oferecer saneamento básico a toda a população. A presidente do Trata Brasil, Luana Pretto, destacou que muitas regiões não adotaram um modelo adequado de gestão para garantir o acesso da população aos serviços de saneamento básico. Ela observou que, entre mais de 5.500 municípios do Brasil, 579 não conseguiram comprovar a capacidade econômico-financeira para universalizar o acesso ao saneamento ou sequer apresentaram documentação para isso. Consequentemente, mais de 10 milhões de pessoas nesses municípios estão sem serviços essenciais. “No cenário dos mais de 5.500 mil municípios do Brasil, nós ainda temos 579 municípios que não conseguiram comprovar a capacidade econômico-financeira para universalizar o acesso ao saneamento, ou sequer apresentaram documentação para isso. Então as pessoas, as mais de 10 milhões de pessoas que residem nesses municípios, estão à deriva”, declarou. O estudo revela que mais de 30 milhões de brasileiros vivem sem acesso à água potável e mais de 90 milhões não têm coleta de esgoto.
Junho registra recorde histórico de incêndios no Pantanal

BRASIL, 02 de julho de 2024 – O Pantanal registrou em junho o maior número de focos de incêndios desde o início da série histórica em 1998. De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), foram 2.639 focos de queimada no mês. No ano, os pontos de fogo já totalizam 3.538, com mais de 700 mil hectares consumidos. Até este ano, o pior mês de junho havia sido em 2005, com 435 focos de incêndio. A comparação indica um aumento de 506%. Segundo o Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais (Lasa/UFRJ), a área queimada até agora representa 19,29% do total queimado em 2020, quando 3,6 milhões de hectares foram destruídos.
Amazônia registra maior número de queimadas em 20 anos

BRASIL, 25 de junho de 2024 – Os índices de queimadas no primeiro semestre de 2024 na Amazônia atingiram os níveis mais altos dos últimos 20 anos no Brasil. Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) revelam que, entre 1° de janeiro e 23 de junho, foram registrados 12,6 mil focos de incêndio na região. Somente os anos de 2003 e 2004 tiveram semestres piores, com 4,6 mil e 14,4 mil focos de fogo, respectivamente. Comparado ao mesmo período do ano passado, 2024 apresenta um aumento de 76% no número de incêndios. Esse crescimento acentuado reforça a tendência observada em fevereiro, quando o Brasil registrou 3,1 mil focos de incêndio — o maior número da série histórica iniciada em 1999. Além da Amazônia, outras regiões brasileiras também enfrentam níveis alarmantes de queimadas. O Pantanal e o cerrado registraram o maior número de focos de incêndio no primeiro semestre de 2024 desde o início dos registros do INPE em 1988.