AMAZONAS, 1º de agosto de 2024 – O Brasil atingiu um recorde histórico de queimadas em julho, segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Desde o início do monitoramento em 1988, o Pantanal e o cerrado registraram o maior número de focos de incêndio nos últimos 31 dias.
Entre janeiro e junho, o Pantanal teve 3.262 focos, um aumento de mais de 22 vezes em relação ao mesmo período do ano anterior. Já na Amazônia, foram detectados 12.696 focos de queimadas, representando um crescimento de 76% em comparação a 2023.
O aumento das queimadas em 2024 ocorre após dois anos de queda no desmatamento, segundo a CNN. Especialistas atribuem o crescimento ao impacto da crise climática e à seca severa que afeta a região desde 2023.
Cyntia Santos, analista de Conservação do WWF-Brasil, destacou que diversos fatores contribuem para o aumento das queimadas no Pantanal.
“Alterações climáticas, desmatamento na Amazônia, cerrado e Pantanal, além do fenômeno El Niño, que traz um período mais seco para o Centro-Oeste, são fatores que influenciam o ciclo de chuvas e o acúmulo de água na região”, afirmou à CNN.
O Ministério do Meio Ambiente proibiu as “queimas controladas” temporariamente, criminalizando a prática.
A restrição é válida até 30 de novembro na Amazônia e cerrado, e até 31 de dezembro no Pantanal.