
BRASÍLIA, 04 de abril de 2025 – As defesas dos deputados federais Josimar Cunha Rodrigues (PL-MA), conhecido como Josimar Maranhãozinho, e Gildenemir de Lima Sousa (PL-MA), chamado de Pastor Gil, apresentaram embargos de declaração contra a decisão da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) que os tornou réus.
A acusação da Procuradoria-Geral da República (PGR) aponta o envolvimento dos parlamentares e do ex-deputado João Bosco da Costa (PL-SE), conhecido como Bosco Costa, na cobrança de propina para destinar recursos ao Município de São José de Ribamar (MA) por meio de emendas parlamentares.
O julgamento dos embargos ocorre no plenário virtual do STF a partir desta sexta (4), com sessão prevista para ocorrer entre os dias 4 e 11 de abril.
A Primeira Turma do STF recebeu por unanimidade a denúncia da PGR contra Josimar Maranhãozinho, Pastor Gil e Bosco Costa. O grupo é investigado por corrupção passiva e participação em organização criminosa.
Além dos parlamentares, outras quatro pessoas foram denunciadas por suposta intermediação no recebimento da propina. A decisão foi tomada na sessão virtual finalizada em 11 de março.
VALORES E NEGOCIAÇÕES INVESTIGADOS
De acordo com a PGR, os deputados teriam solicitado R$ 1,6 milhão, equivalente a 25% de um montante de R$ 6,67 milhões, para liberar emendas parlamentares destinadas ao Município de São José de Ribamar (MA) em 2020.
A investigação teve início após uma notícia-crime apresentada pelo então prefeito José Eudes, que negou envolvimento na negociação e relatou supostas cobranças e intimidações.
Segundo a acusação, Josimar Maranhãozinho seria o líder da organização criminosa, com controle sobre a destinação das emendas. A PGR afirma que diálogos entre os investigados e documentos apreendidos demonstram a existência de um esquema voltado à comercialização de emendas parlamentares.
A análise dos embargos será conduzida pelo STF nos próximos dias.