
BRASÍLIA, 27 de março de 2025 – O deputado Josimar Maranhãozinho (PL-MA) entrou com recurso no Supremo Tribunal Federal (STF) para tentar reverter a decisão que o tornou réu por corrupção.
Segundo sua defesa, a Procuradoria-Geral da República (PGR) não apresentou provas suficientes de que ele foi o autor das emendas orçamentárias envolvidas no caso. A ação judicial foi revelada pelo jornalista Fábio Serapião, do Metrópoles.
A discussão sobre a autoria das emendas ganha destaque em meio ao debate sobre a opacidade na identificação dos responsáveis por esses repasses. Investigadores apontam que a falta de clareza, somada ao aumento de recursos via emendas de relator e do “pix orçamentário”, facilita desvios de verbas públicas.
No caso de Josimar, ele é acusado de solicitar R$ 1,6 milhão em propina ao ex-prefeito Eudes Sampaio Nunes em troca da liberação de R$ 6,6 milhões em recursos federais para São José de Ribamar (MA).
A Controladoria-Geral da União (CGU), no entanto, não conseguiu confirmar quem indicou três das emendas citadas na denúncia. A defesa do parlamentar argumenta que, sem documentos comprovando sua autoria, a acusação perde fundamento.
“Não há nos autos qualquer prova concreta de que o deputado propôs as emendas em questão”, afirma o advogado.