
BRASÍLIA, 24 de fevereiro de 2025 – O senador Eduardo Girão (Novo-CE) estuda a possibilidade de protocolar um pedido de impeachment contra o procurador-geral da República, Paulo Gonet. A principal acusação é a suposta inércia de Gonet diante de pressões exercidas durante a delação premiada de Mauro Cid, sem que medidas fossem adotadas para coibir eventuais abusos.
Segundo Girão, a presença do PGR no episódio levanta dúvidas sobre sua postura diante do que ele considera “tortura psicológica” para obter mudanças na versão do depoente. Ele argumenta que houve ameaças de prisão a familiares de Cid, influenciando o teor do depoimento e comprometendo a validade das provas.
A equipe do senador do Novo avalia que a falta de reação de Gonet configura “cumplicidade com abusos judiciais”. O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, também é citado como responsável pela condução do processo.
Além do impeachment do PGR, Girão critica a postura do Senado diante do que classifica como “avanço autoritário” no país. Para ele, a omissão dos parlamentares diante de supostas violações institucionais demonstra conivência com abusos de poder.
O senador também defende a destituição do presidente Lula e do ministro Alexandre de Moraes, alegando que o país enfrenta censura e perseguição política, especialmente contra os presos dos atos de 8 de janeiro de 2023.
Girão convoca a população para protestos no dia 16 de março, destacando a importância da pressão popular para, segundo ele, “restaurar a normalidade democrática” no Brasil.
Ele também alerta para o cenário fiscal crítico, acusando o governo federal de irresponsabilidade econômica e defendendo uma reação imediata sem aguardar as eleições de 2026.