RIO DE JANEIRO, 25 de março de 2024 – Três suspeitos de terem mandado matar a vereadora Marielle Franco, em março de 2018 foram presos na manhã deste domingo (24) numa operação conjunta da Procuradoria Geral da República, Ministério Público do Rio de Janeiro e da Polícia Federal (PF).
Tratam-se do conselheiro de contas do Tribunal de Contas do Estado (TCE/RJ), Domingos Brazão; do deputado federal pelo Rio de Janeiro Chiquinho Brazão; e do ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro, Rivaldo Barbosa.
O Supremo Tribunal Federal (STF) também determinou o cumprimento a 12 mandados de busca e apreensão na sede da Polícia Civil do Rio de Janeiro e no TCE/RJ. Documentos, computadores e pastas foram levados para perícia técnica.
Os investigadores ainda trabalham para definir a motivação do crime. Do que já se sabe, o motivo tem a ver com a expansão territorial da milícia no Rio. Há suspeita também de atuação da vereadora em disputa imobiliária em território valorizado no RJ.
Os investigadores decidiram fazer a operação no início deste domingo para surpreender os suspeitos. Informações da inteligência da polícia indicava que eles já estavam em alerta nos últimos dias, após o STF homologar a delação premiada do ex-policial militar Ronnie Lessa.
Lessa foi quem indicou os três como mandantes do crime e decidiu fazer um acordo com os investigadores e participar da delação premiada.
Ronnie Lessa está preso desde 2019 por ser um dos executores do crime que resultou na morte de Marielle Franco e do seu motorista.
Os mandantes, segundo o ex-PM, integram um grupo político poderoso no Rio com vários interesses em diversos setores do Estado. O ex-PM deu detalhes de encontros com eles e indícios sobre as motivações.
“É um domingo de muita dor, mas também para se fazer justiça”, disse Marinete da Silva, mãe de Marielle, em entrevista à GloboNews.