BRASIL, 26 de agosto de 2024 – Leonardo Avalanche, presidente nacional do Partido Renovador Trabalhista Brasileiro (PRTB), está sob acusação de venda de candidaturas, fraudes em filiações e ameaças a ex-dirigentes da legenda. O partido tem como candidatos Pablo Marçal, em São Paulo, e Yglesio Moyses, em São Luís.
As denúncias foram apresentadas ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por Marcos Andrade, secretário-geral do partido, e Rachel de Carvalho, ex-vice-presidente, que alegou ter renunciado após sofrer ameaças de morte.
Os ex-dirigentes solicitaram ao TSE a destituição de Avalanche da liderança do partido. Entretanto, a ministra Cármen Lúcia, presidente do tribunal, negou o pedido liminar para afastamento imediato do líder, afirmando que analisará o caso em detalhes posteriormente.
Rachel de Carvalho destacou que sua renúncia, ocorrida em 3 de abril, foi motivada por coações e ameaças de morte. Além disso, Avalanche é acusado de desfiliar 77 pessoas do PRTB, transferindo-as para outro partido sem o conhecimento delas.
Segundo a Folha de S.Paulo, um áudio sugere que Avalanche mantém ligações com a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), o que ele nega veementemente, afirmando não reconhecer sua voz na gravação.
Em São Luís, o PRTB apresenta Yglesio Moyses como candidato. Em entrevista à Rádio Mirante News FM, Yglésio criticou a existência de partidos no Brasil, afirmando que o país deveria permitir candidaturas independentes para garantir que os mais qualificados governem.
“Acho que partidos no Brasil são coisas que nem deveriam existir. Eu sou favorável a qualquer cidadão ter direito livre a se candidatar. A secretária está indo para quem tem o partido. A cidade que o Yglésio quer é a cidade onde os melhores governam, onde os melhores currículos, onde as pessoas mais apaixonadas pela cidade governam e não aqueles que têm interesse político. Por isso que não tenho problema nenhum”, afirmou.