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Obama lidera deportações de imigrantes nos EUA no século 21

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Barack Obama deportou mais de 3 milhões de imigrantes, o maior número registrado no século 21, segundo o Departamento de Segurança Interna (DHS).

ESTADOS UNIDOS, 29 de janeiro de 2025 – Os governos de Barack Obama, de 2009 a 2017, registraram o maior número de deportações de imigrantes em situação irregular nos Estados Unidos no século 21.

Dados do Departamento de Segurança Interna (DHS) mostram que mais de 3 milhões de pessoas foram expulsas do país durante os dois mandatos de Obama.

O levantamento do DHS considera anos fiscais. Esse período começa em 1º de outubro do ano anterior e termina em 30 de setembro do ano de referência. Assim, os registros de 2009 abrangem o período de 1º de outubro de 2008 a 30 de setembro de 2009.

A média de deportações durante a gestão de Obama foi de aproximadamente 1,56 milhão por mandato. No governo de George W. Bush, de 2001 a 2009, essa média foi de 1 milhão. No primeiro governo de Donald Trump, de 2016 a 2021, o número chegou a 1,19 milhão de imigrantes removidos.

As autoridades norte-americanas classificam deportação como a retirada forçada de um imigrante sem permissão legal para permanecer no país, realizada por ordem judicial. Esse número não inclui os chamados retornos. Esse caso ocorre quando o próprio imigrante se entrega voluntariamente e sai do território norte-americano.

Também não fazem parte dessa contagem os imigrantes expulsos com base no Título 42. Essa política foi criada no governo Trump e mantida até parte da administração de Joe Biden. A medida permitia a remoção rápida de imigrantes irregulares sob justificativa sanitária durante a pandemia da covid-19.

Entre março de 2020 e maio de 2023, o Título 42 resultou na expulsão de 2,96 milhões de pessoas. A maioria dessas expulsões ocorreu sob a gestão de Biden. Ao reassumir a Presidência, Trump declarou emergência nacional na fronteira sul e endureceu as ações contra a imigração ilegal.

Seu governo intensificou as detenções e autorizou o uso das Forças Armadas para reforçar a fiscalização. Também determinou a construção de barreiras físicas entre os postos de entrada e saída do país.

Em seu discurso de posse, Trump reafirmou sua política anti-imigração e prometeu deportar um número elevado de imigrantes irregulares. Ele defendeu a necessidade dessa ação diante do aumento das travessias ilegais durante o governo anterior.

O republicano anunciou o fim da política de “pegar e soltar” e garantiu que enviaria tropas para a fronteira sul para conter o que chamou de “invasão”.

“Todas as entradas ilegais serão interrompidas e iniciaremos o processo de devolução de milhões e milhões de estrangeiros criminosos aos locais de onde vieram”, disse o presidente norte-americano.

No domingo (26), agentes federais realizaram operações de fiscalização em Chicago. As ações do Serviço de Imigração e Controle de Alfândega dos EUA (ICE) resultaram em 956 prisões. Algumas dessas detenções ocorreram dentro de residências.

Nos primeiros dias de mandato, Trump também apresentou novas restrições à imigração. Entre as medidas, propôs limitar o direito à cidadania para filhos de imigrantes irregulares nascidos nos Estados Unidos.

A iniciativa foi suspensa por um juiz federal depois de uma contestação de Estados governados por democratas.

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