
MARANHÃO, 15 de outubro de 2025 – Os estados do Pará, Amapá e Maranhão lideram o ranking nacional de pobreza energética, segundo um levantamento da Oxfam Brasil.
A condição, detalhada no estudo “Encruzilhada Climática – Um Retrato das Desigualdades Brasileiras”, reflete um acesso precário, inseguro e financeiramente inviável à energia para necessidades básicas. Dessa forma, as regiões Norte e Nordeste aparecem como as mais afetadas por essa crise.
O fenômeno da pobreza energética vai além da falta de infraestrutura elétrica e inclui a incapacidade das famílias de arcar com os custos para uma qualidade de vida mínima.
Curiosamente, a Região Norte abriga grandes hidrelétricas, como Belo Monte e Tucuruí, no Pará. No entanto, municípios isolados do Sistema Interligado Nacional enfrentam instabilidade no fornecimento e tarifas elevadas.
Entre famílias com renda de até um salário mínimo, a conservação de alimentos responde por até 39% do consumo de energia. A climatização de ambientes, essencial em regiões de calor extremo, representa apenas 10% do uso. Por outro lado, nas faixas de renda mais altas, o gasto com climatização pode chegar a 30%.
O custo elevado da eletricidade em áreas remotas e a falta de equipamentos eficientes agravam o cenário de exclusão. Consequentemente, famílias vulneráveis destinam uma parcela maior da renda para energia, reduzindo o orçamento para alimentação e saúde.







