ATRASO CRÔNICO

Maranhão lidera ranking de obras federais paralisadas

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Maranhão obras
Dados do TCU mostram que o Maranhão acumula 1.225 obras inativas, a maior quantidade do país; setor de educação e saúde é o mais impactado.

MARANHÃO, 31 de julho de 2025 – O Maranhão ocupa a primeira posição no ranking de obras federais paralisadas, segundo levantamento divulgado pelo Tribunal de Contas da União (TCU) na sessão plenária do dia 30 de julho. Os dados integram o Painel de Obras Paralisadas, criado em 2020 para garantir transparência sobre projetos financiados com recursos públicos.

Até abril de 2025, o painel catalogou 22.621 obras, sendo 11.469 paralisadas, o que representa 50,7% do total. O Maranhão lidera a lista com 1.225 obras interrompidas. Na sequência estão Bahia (926), Pará (889) e Minas Gerais (874). Os dados reforçam a urgência de ações para reverter o quadro nos estados mais afetados.

Em valores, as obras paradas representam cerca de R$ 15,9 bilhões de investimentos. O TCU alerta para o risco de desperdício de recursos, já que 22% das obras iniciadas entre abril de 2024 e abril de 2025 também enfrentam interrupções. Cerca de 1.200 projetos novos já estão inativos.

EDUCAÇÃO E SAÚDE LIDERAM PARALISAÇÕES

Os setores de educação e saúde concentram 70% das paralisações, com 8.053 obras inacabadas. O presidente do TCU, ministro Vital do Rêgo, destacou que a ausência de escolas, creches e centros de saúde compromete diretamente a vida da população e o desenvolvimento social.

O Tribunal também reforçou a situação crítica dos quatro estados com mais obras paradas: Maranhão, Bahia, Pará e Minas Gerais. Juntos, eles somam quase quatro mil projetos inacabados, exigindo atenção prioritária das autoridades responsáveis.

TRIBUNAL ADOTA MEDIDAS DE MONITORAMENTO

Para enfrentar o problema, o TCU intensificou ações como auditorias e parcerias institucionais. Um dos focos é o monitoramento do Acórdão 2.134/2023, que determina à Casa Civil a criação de um plano de gestão para as obras federais.

Além disso, o TCU acompanha de perto a política de recuperação de obras na área da educação. O trabalho é feito com o apoio de órgãos de controle, uso de tecnologias e participação da sociedade civil, com o objetivo de destravar projetos prioritários.

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