SÃO LUÍS, 26 de novembro de 2024 – Uma pesquisa inédita do Instituto Alana, realizada com dados do MapBiomas e da Fiquem Sabendo, revelou que 55% das escolas de São Luís não possuem áreas verdes, o que representa o segundo pior índice entre as capitais brasileiras.
Além disso, 65,2% das unidades escolares estão localizadas em “ilhas de calor”, onde as temperaturas são, em média, 3,57°C superiores às da cidade.
O estudo analisou 20.635 escolas públicas e particulares de educação infantil e fundamental, evidenciando que cerca de 90% das escolas em áreas de risco estão localizadas em favelas ou em até 500 metros dessas comunidades.
Entre essas, 51% possuem maioria de alunos negros, enquanto nas escolas com maioria de alunos brancos, o percentual cai para apenas 4,7%.
OUTROS DADOS RELEVANTES
- 43,5% das escolas de educação infantil não têm áreas verdes.
- 20% das escolas não possuem praças ou parques próximos.
- Escolas particulares apresentam menos áreas verdes do que as públicas.
IMPACTOS NA SAÚDE E DESENVOLVIMENTO
A ausência de áreas verdes afeta diretamente o bem-estar e o desenvolvimento das crianças. Segundo especialistas, o contato com a natureza é essencial para melhorar a imunidade, memória, sono, sociabilidade, estresse, aprendizado e desenvolvimento motor.
A pesquisa sugere medidas para enfrentar o problema, como:
- Implementação de jardins de chuva e captação de água.
- Restauração da vegetação nativa nas escolas.
- Projetos de compostagem e educação ambiental.
- Inclusão da comunidade escolar nas transformações.