
MARANHÃO, 11 de abril de 2025 – Enquanto o Brasil registrou aumento de 8% nos investimentos em educação entre 2013 e 2022, o Maranhão aparece entre os estados com o menor gasto por aluno do Nordeste em 2023: apenas R$ 10,2 mil anuais, segundo dados do Anuário Brasileiro da Educação 2024 e divulgados pelo Folha de S. Paulo.
O valor está bem abaixo da média nacional (R$ 12,5 mil) e é um dos mais baixos do país, superando apenas Alagoas (também com R$ 10,2 mil) e Amazonas (R$ 9,9 mil).
Destaques do cenário nacional
- Investimento total em educação básica em 2022: R$ 490 bilhões (4,9% do PIB)
- Queda durante a pandemia: despesas caíram para R$ 391 bilhões em 2020
- Recuperação em 2022, puxada por aumento no Fundeb e arrecadação de ICMS
Enquanto estados como Roraima (R$ 15,4 mil) e São Paulo (R$ 15,3 mil) lideram o gasto por aluno, o Maranhão segue entre os menores investimentos por aluno do país, mesmo com o novo Fundeb – que prevê aumento gradual de repasses federais até 2026.
Para especialistas, o problema vai além do financiamento. “O desafio é garantir que os recursos cheguem às escolas e sejam aplicados com eficiência”, afirma Ursula Peres, pesquisadora do CEM. Crise econômica e Teto de Gastos frearam despesas em todo o país, mas estados com menor capacidade fiscal, como Maranhão, sentiram mais.
Na comparação internacional, o Brasil ainda gasta menos que a média global:
- Brasil: US$ 3,7 mil/ano por aluno (2021)
- México: US$ 2,8 mil | Chile: US$ 7,1 mil
- OCDE: média de US$ 11,9 mil
Com informações do Folha de S. Paulo.